Morte Cerebral e Doação de órgãos

Bibliographic Details
Main Author: Azevedo, Sónia
Publication Date: 2017
Other Authors: Lopes, Sandra Ilda Morais
Format: Other
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
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Summary: Introdução: O reconhecimento e a manutenção dos potenciais dadores em morte cerebral constituem um dos grandes desafios enfrentados pelas equipas que trabalham em cuidados intensivos. O sucesso da transplantação está relacionado com os cuidados de manutenção do potencial dador. As intervenções dos enfermeiros na manutenção do potencial dador de órgãos são complexas e exigem conhecimentos, experiência e perícia quer nos Cuidados ao Doente quer no Cuidar da Família. Objetivos: Identificar o conhecimento atual sobre a Morte Cerebral e Doação em Pediatria. Apresentar casuística da Morte Cerebral e Doação no serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital Pediátrico de Coimbra. Descrever as intervenções de enfermagem implementadas a estas crianças e famílias. Metodologia: Realizou-se uma revisão da literatura tendo sido efetuadas pesquisas bibliográficas online através dos motores de busca EBSCO e B-on, em bases de dados com critérios de inclusão e descritores predefinidos. Complementarmente foram identificadas as intervenções de enfermagem a estas crianças e famílias, tendo em conta o protocolo instituído no Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos e foram apresentados os resultados do serviço no período compreendido entre Janeiro de 2012 e Dezembro de 2016. Resultados: Perante um doente em morte cerebral, e após a realização de um primeiro teste que confirme esta situação, é necessário identificar se reúne ou não os critérios para ser dador de órgãos e posteriormente iniciar um processo de doação de órgãos. Durante todo o processo, a manutenção do potencial dador deve implicar a estabilidade hemodinâmica, a manutenção da temperatura, da função respiratória e endócrina, entre outras medidas que garantam a viabilidade e a qualidade dos órgãos e tecidos passíveis de utilização. No período em estudo, verificou-se que os casos de morte cerebral oscilaram entre um máximo de 6 nos anos de 2012 e 2014 e um mínimo de 1 em 2016. Quanto ao número de dadores variou entre um máximo de 4 no ano de 2012 e um mínimo de 1 em 2015 e 2016. A experiência do serviço demonstrou que em 50% dos casos de MC a causa deveu-se a trauma (acidente viação, atropelamento, queda), 35% a paragem cardio-respiratória (secundária a obstrução via aérea, convulsões, cardiomiopatias) e 15% por coma metabólico. Conclusões: A maioria dos casos de morte cerebral ocorre de forma trágica e inesperada. Os potenciais dadores em morte cerebral são alvo de cuidados de saúde altamente diferenciados, apresentando um risco elevado de complicações. Neste processo o papel do enfermeiro é crucial na manutenção do dador em morte cerebral e no cuidar da família. Referências bibliográficas: Cavalcante, L.; Ramos, I.; Araújo, M.; Alves, M.; Braga, V. (2014). Nursing care to patients in brain death and potential organ donors. Acta Paul Enferm. 2014; 27(6):567-72. Faraco, R.; Carvalho, P. (2017). Morte encefálica em Pediatria. Boletim Científico de Pediatria. 6(1), 19-24. Vesco, N.; Nogueira, C.; Lima, R. et al. (2016). Conhecimento do enfermeiro na manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos para transplante. Revista de Enfermagem UFPE, Recife, 10(5); 1615-24. Virginio, B.; Escudeiro, C.; Christovam, B.; Silvino, Z.; Guimarães, T.; Oroski, G. (2014). Death and organ donation from the point of view of nurses: a descriptive study. Journal nursing; 13 (1): 92-101
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