Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2011 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10451/6965 |
Summary: | Tese de mestrado, História e Cultura das Religiões, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012 |
id |
RCAP_e506e3fdc6f7c38cfb47ddcbcffdd5f5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ulisboa.pt:10451/6965 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicasCisterenses - Vida espiritualArquitectura cisterense - Idade MédiaSimbolismo na arquitecturaVida religiosa e monástica - Idade MédiaTeses de mestrado - 2012Tese de mestrado, História e Cultura das Religiões, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012O trabalho que se apresenta enquadra a investigação levada a cabo no âmbito da História e Cultura das Religiões, com o objectivo de estruturar um modelo de interpretação que contribua para a compreensão da representação simbólica do mosteiro cisterciense como metáfora da Jerusalém celeste. O mosteiro cisterciense é paradigma de uma interpretação da vida monástica que só pode ser vivida num determinado espaço, que tem a função de antecipar o Reino de Deus. Porque o Reino de Deus não é deste mundo, a ele apenas os mortos acedem. Esta verdade do dogma cristão conduz à interpretação do mosteiro como sepulcro de homens-vivos, que se voluntariaram para nele entrar através de um processo que é o da morte mística. A investigação, cujos resultados agora se apresentam, centrou-se na identificação dos marcadores que, na longa duração do processo histórico, contribuíram e estruturaram esta concepção de monaquismo. No Capítulo I, apresenta-se a filiação desta concepção numa determinada antropologia da morte, de cariz profundamente mediterrânico, estruturada sobre as mesmas categorias conceptuais que, independentemente do tempo e dos lugares, identificam a relação do homem com a morte e com o sagrado, desde a Pré-História até ao Cristianismo. É aqui que se estruturam e definem os marcadores fundamentais que a síntese cristã universalizará numa versão que é a da glorificação da morte. O Capítulo II apresenta o Túmulo e o Templo como os dois edifícios conceptuais que o homem ergueu para, na sua relação com a divindade, enfrentar o mistério da (Não)Morte, e que, na sua representação esquemática, estabeleceram o arquétipo da representação simbólica da arquitectura sagrada, que culminou com o mosteiro ideal segundo a planta de Saint Gall. No Capítulo III, o mosteiro estrutura-se finalmente como edifício espiritual, construído sobre a teologia do deserto que é a teologia da morte para o mundo. Bernardo de Claraval é, sobre uma vastíssima pleíade de pensadores, o teólogo da versão medieval desta teologia que, aplicada no seu mosteiro de Claraval, faz dele a segunda Jerusalém de que falam REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS DO MOSTEIRO CISTERCIENSE MEDIEVAL Teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas Ezequiel e o Apocalipse de João. Segundo esta concepção bernardina, Claraval é, verdadeiramente, o Reino de Deus, o seu monte santo, a que só os vivos que experimentaram a morte podem aceder. É a cidade das doze portas que guarda as fontes da regeneração e da vida. Morrer, encerrado no mosteiro cisterciense, é viver, ressuscitado, na metáfora do Reino dos Céus.Abstract: The present work is the frame of a investigation carried out in the area of History and Culture of Religions. Its purpose is to embody an interpretative model that may contribute to the understanding of the symbolic representation of the Cistercian monastery as a metaphor of celestial Jerusalem. The Cistercian monastery is the epitome of an interpretation of the monastic life that can only be lived within a specific space, which supposedly anticipates the Kingdom of God. And since the Kingdom of God is not of this world, only the dead have access to it. This truth of the Christian dogma lead to the interpretation of the monastery as the grave of living men that volunteered to enter it through a process of mystic death. This investigation, as shown in the findings hereafter, focused on the identification of markers that, throughout the historical process, contributed and structured this concept of monasticism. Chapter I presents the connection of this concept to a certain, deeply Mediterraneanrooted, anthropology of death structured around the same conceptual categories that have identified the relationship of man with death and the sacred, regardless of time and location, since pre-historic times till Christianism. Here, the critical markers – made universal as a version of death glorification by the Christian synthesis – acquire their structure and definition. Chapter II explores the Grave and the Temple as the two conceptual buildings that Man has erected to face the mystery of (non) Death within his relationship with the divinity. The schematic representation of those buildings established the archetype of symbolic representation of sacred architecture, embodied as the ideal monastery according to the plan of Saint Gall. In Chapter III, the monastery acquires its REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS DO MOSTEIRO CISTERCIENSE MEDIEVAL Teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas structure as a spiritual building, build on the desert theology that is the theology of dying to the world. Above an immense plethora of thinkers, Saint Bernard is the theologian of the medieval version of this theology; applied to monastery of Clairvaux turns it into the second Jerusalem mentioned by Ezekiel and The Apocalipse of John. According to this concept of Saint Bernard, Clairvaux is truly the Kingdom of God, His sanctified mound, to which only the living that experienced death may gain access. It is the city of the twelve doors that guards the fountains of regeneration and life. To die walled within the Cistercian monastery is to live resuscitated within the metaphor of the Kingdom of Heaven.Ramos, José Augusto,1942-Barbosa, Pedro Gomes,1951-Repositório da Universidade de LisboaCosteira, Maria Isabel Guimarães2012-09-24T11:22:19Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/6965porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-17T12:54:49Zoai:repositorio.ulisboa.pt:10451/6965Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T02:30:58.687031Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas |
title |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas |
spellingShingle |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas Costeira, Maria Isabel Guimarães Cisterenses - Vida espiritual Arquitectura cisterense - Idade Média Simbolismo na arquitectura Vida religiosa e monástica - Idade Média Teses de mestrado - 2012 |
title_short |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas |
title_full |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas |
title_fullStr |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas |
title_full_unstemmed |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas |
title_sort |
Representações simbólicas do mosteiro cisterciense medieval: teologias bíblicas e antropologias mediterrânicas |
author |
Costeira, Maria Isabel Guimarães |
author_facet |
Costeira, Maria Isabel Guimarães |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Ramos, José Augusto,1942- Barbosa, Pedro Gomes,1951- Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costeira, Maria Isabel Guimarães |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cisterenses - Vida espiritual Arquitectura cisterense - Idade Média Simbolismo na arquitectura Vida religiosa e monástica - Idade Média Teses de mestrado - 2012 |
topic |
Cisterenses - Vida espiritual Arquitectura cisterense - Idade Média Simbolismo na arquitectura Vida religiosa e monástica - Idade Média Teses de mestrado - 2012 |
description |
Tese de mestrado, História e Cultura das Religiões, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012 |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011 2011-01-01T00:00:00Z 2012-09-24T11:22:19Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/6965 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/6965 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833601390147010560 |