Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.

Bibliographic Details
Main Author: Monteiro, Maria Filomena
Publication Date: 2013
Other Authors: Tereno, Maria do Céu Simões, Pereira, Marízia Clara
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10174/10155
Summary: Resumo Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção data da Baixa Idade Média. A área amuralhada, maioritariamente urbana desde finais do século XV, integrou nos anos 40 do século XX o primeiro Plano de Urbanização desta cidade. Nele, assim como nos planos que se lhe seguiram, tem sido proposta constante a estruturação do referido espaço através de eixos urbanos: ou a reforçar através do seu alargamento e introdução de novas funções dinamizadoras, no caso dos eixos pré existentes, ou da criação de novos eixos, neste último caso através de drásticas demolições incidindo sobre o já consolidado, e muitas vezes, denso tecido urbano. A localização de novos núcleos de equipamentos públicos, posicionados junto às principais portas da muralha medieva, tem sido outra das propostas mais constantes ao longo dos sucessivos planos. Mercados, escolas, hospitais e mais recentemente unidades hoteleiras procuraram tais locais estratégicos devido não só aos mais fáceis acesos e capacidade da construção de bolsas de estacionamento exterior à muralha mas também devido à possibilidade de tais equipamentos serem usufruídos por um maior número de utentes vindos da área urbana periférica à urbe amuralhada medieval. Atualmente, e após a densificação progressiva de toda a malha urbana interior à cintura medieva de muralhas, as intervenções urbanísticas planeadas que se têm realizado têm incidido sobre os limitados e escassos espaços livres ainda existentes. Tais espaços encontram-se concentrados essencialmente em três tipologias de áreas distintas: - Nas antigas cercas monástico-conventuais. No presente caso, não raras vezes, as intervenções projetadas e posteriormente concretizadas abarcam não só a construção dos espaços livres mas também a reformulação maioritariamente drástica das antigas estruturas pertencentes ao complexo religioso já desativado. Para além da eliminação dos espaços verdes que compunham a antiga cerca, suprimindo espécies específicas a tais áreas, muito do historial do local desaparece também definitivamente. A reformulação volumétrica e reorganização interior das construções, adaptando-as às atuais e novas exigências funcionais, fazem com que as demolições sejam correntes em tais situações. Nessas demolições para além da organização espacial inerente à vida monástico-conventual a qual se perde definitivamente desaparecem também, por exemplo, a maioria dos elementos decorativos. Neste caso ou são levados, conjuntamente com o entulho das obras, para o vazadouro público, ou em casos mais raros introduzidos nas novas construções erigidas no local, descontextualizados contudo, ou mesmo até em construções distantes pertencentes á mesma firma de construção. São casos de estudo, por exemplo os Conventos de S. Francisco e de S. Domingos assim como do Mosteiro de Santa Mónica cujas fundações remontam ao século XII, do Mosteiro do Paraízo fundado no século XV e do Mosteiro de Santa Catarina, este último com origem já no século XVI. - Nas áreas livres sobrantes, situadas entre a muralha medieval e o tecido urbano interior já consolidado. Tais espaços constituindo anteriormente zonas de circulação indispensáveis à defesa da cidade eram utilizadas não só para a circulação de armamento e homens, em tempo de guerra, mas também, em tempo de paz, serviam como áreas de pastoreio para o gado que permanecia no interior da urbe. Grande parte de tais áreas, até devido ao seu estatuto comunitário, foram permanecendo ao longo dos séculos livre de edificações ou arvoredo elementos esses que poderiam de algum modo contribuir para uma pior situação de defesa, por parte da população, diminuindo também o perigo de incêndios provocados através do arremesso de objetos incendiários. Atualmente com a inexistência das suas principais funcionalidades e a escassez de terrenos livres de construção no interior do Centro Histórico essencialmente após 1986, ano da classificação pela UNESCO da cidade de Évora como Património da Humanidade, resultou uma sequente sobrevalorização desmedida do metro quadrado de terreno. Assim quase todos esses espaços sobrantes têm vindo progressivamente a ser construídos. São exemplos os casos de estudo referentes aos espaços compreendidos entre a Porta de Alconchel e a Porta do Raimundo, entre a Porta de Alconchel e da Lago e por último entre a Porta da Lagoa e a Porta de Avis. - Nos antigos quintalões de casas senhoriais seculares, que devido à sua amplitude de área livre de construção têm permitido, através da aplicação dos respetivos regulamentos dos Planos de Urbanização, a aprovação e sequente construção de novas áreas de construção quase sempre exageradas. A eliminação dos jardins de época, respetivas hortas assim como todas as construções de apoio a elas associadas foram seguramente aspetos negativos nas intervenções que deveriam ter sido mais cuidadosamente salvaguardados. O vetusto Palácio dos Sepúlvedas que remonta ao século XVI e o imponente Palácio Barahona já do século XIX são exemplos de antigas construções com amplos espaços livres privados hoje, contudo, já quase inexistentes. Os três referidos conjuntos tipológicos de espaços permitiram, devido à sua abundancia e distribuição na cidade de Évora, intervenções urbanísticas e arquitetónicas marcantes, realizadas essencialmente entre os séculos XIX e XXI. Tais intervenções embora anulando muita da história dos respetivos locais facultam-nos atualmente uma amostragem de intervenções diversificadas, de realce, embora por vezes de qualidade questionável. A diminuição substancial das manchas verdes que constituíam verdadeiros pulmões para a urbe servindo igualmente de abrigo a espécies animais, a diminuição de áreas de absorção de água para o subsolo foram contudo aspetos questionáveis resultantes de tais tipos de intervenções na cidade.
id RCAP_e49fec5b38ae210fb4556c21b5274f1d
oai_identifier_str oai:dspace.uevora.pt:10174/10155
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.Planeamento, Urbanismo, Évora, Centro Histórico, PatrimónioResumo Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção data da Baixa Idade Média. A área amuralhada, maioritariamente urbana desde finais do século XV, integrou nos anos 40 do século XX o primeiro Plano de Urbanização desta cidade. Nele, assim como nos planos que se lhe seguiram, tem sido proposta constante a estruturação do referido espaço através de eixos urbanos: ou a reforçar através do seu alargamento e introdução de novas funções dinamizadoras, no caso dos eixos pré existentes, ou da criação de novos eixos, neste último caso através de drásticas demolições incidindo sobre o já consolidado, e muitas vezes, denso tecido urbano. A localização de novos núcleos de equipamentos públicos, posicionados junto às principais portas da muralha medieva, tem sido outra das propostas mais constantes ao longo dos sucessivos planos. Mercados, escolas, hospitais e mais recentemente unidades hoteleiras procuraram tais locais estratégicos devido não só aos mais fáceis acesos e capacidade da construção de bolsas de estacionamento exterior à muralha mas também devido à possibilidade de tais equipamentos serem usufruídos por um maior número de utentes vindos da área urbana periférica à urbe amuralhada medieval. Atualmente, e após a densificação progressiva de toda a malha urbana interior à cintura medieva de muralhas, as intervenções urbanísticas planeadas que se têm realizado têm incidido sobre os limitados e escassos espaços livres ainda existentes. Tais espaços encontram-se concentrados essencialmente em três tipologias de áreas distintas: - Nas antigas cercas monástico-conventuais. No presente caso, não raras vezes, as intervenções projetadas e posteriormente concretizadas abarcam não só a construção dos espaços livres mas também a reformulação maioritariamente drástica das antigas estruturas pertencentes ao complexo religioso já desativado. Para além da eliminação dos espaços verdes que compunham a antiga cerca, suprimindo espécies específicas a tais áreas, muito do historial do local desaparece também definitivamente. A reformulação volumétrica e reorganização interior das construções, adaptando-as às atuais e novas exigências funcionais, fazem com que as demolições sejam correntes em tais situações. Nessas demolições para além da organização espacial inerente à vida monástico-conventual a qual se perde definitivamente desaparecem também, por exemplo, a maioria dos elementos decorativos. Neste caso ou são levados, conjuntamente com o entulho das obras, para o vazadouro público, ou em casos mais raros introduzidos nas novas construções erigidas no local, descontextualizados contudo, ou mesmo até em construções distantes pertencentes á mesma firma de construção. São casos de estudo, por exemplo os Conventos de S. Francisco e de S. Domingos assim como do Mosteiro de Santa Mónica cujas fundações remontam ao século XII, do Mosteiro do Paraízo fundado no século XV e do Mosteiro de Santa Catarina, este último com origem já no século XVI. - Nas áreas livres sobrantes, situadas entre a muralha medieval e o tecido urbano interior já consolidado. Tais espaços constituindo anteriormente zonas de circulação indispensáveis à defesa da cidade eram utilizadas não só para a circulação de armamento e homens, em tempo de guerra, mas também, em tempo de paz, serviam como áreas de pastoreio para o gado que permanecia no interior da urbe. Grande parte de tais áreas, até devido ao seu estatuto comunitário, foram permanecendo ao longo dos séculos livre de edificações ou arvoredo elementos esses que poderiam de algum modo contribuir para uma pior situação de defesa, por parte da população, diminuindo também o perigo de incêndios provocados através do arremesso de objetos incendiários. Atualmente com a inexistência das suas principais funcionalidades e a escassez de terrenos livres de construção no interior do Centro Histórico essencialmente após 1986, ano da classificação pela UNESCO da cidade de Évora como Património da Humanidade, resultou uma sequente sobrevalorização desmedida do metro quadrado de terreno. Assim quase todos esses espaços sobrantes têm vindo progressivamente a ser construídos. São exemplos os casos de estudo referentes aos espaços compreendidos entre a Porta de Alconchel e a Porta do Raimundo, entre a Porta de Alconchel e da Lago e por último entre a Porta da Lagoa e a Porta de Avis. - Nos antigos quintalões de casas senhoriais seculares, que devido à sua amplitude de área livre de construção têm permitido, através da aplicação dos respetivos regulamentos dos Planos de Urbanização, a aprovação e sequente construção de novas áreas de construção quase sempre exageradas. A eliminação dos jardins de época, respetivas hortas assim como todas as construções de apoio a elas associadas foram seguramente aspetos negativos nas intervenções que deveriam ter sido mais cuidadosamente salvaguardados. O vetusto Palácio dos Sepúlvedas que remonta ao século XVI e o imponente Palácio Barahona já do século XIX são exemplos de antigas construções com amplos espaços livres privados hoje, contudo, já quase inexistentes. Os três referidos conjuntos tipológicos de espaços permitiram, devido à sua abundancia e distribuição na cidade de Évora, intervenções urbanísticas e arquitetónicas marcantes, realizadas essencialmente entre os séculos XIX e XXI. Tais intervenções embora anulando muita da história dos respetivos locais facultam-nos atualmente uma amostragem de intervenções diversificadas, de realce, embora por vezes de qualidade questionável. A diminuição substancial das manchas verdes que constituíam verdadeiros pulmões para a urbe servindo igualmente de abrigo a espécies animais, a diminuição de áreas de absorção de água para o subsolo foram contudo aspetos questionáveis resultantes de tais tipos de intervenções na cidade.PNUM 20132014-01-28T12:08:51Z2014-01-282013-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/10155http://hdl.handle.net/10174/10155porISBN 978-989-98435-1-6fmonteiro@cm-evora.ptmcst@uevora.ptmarizia@uevora.pt201Monteiro, Maria FilomenaTereno, Maria do Céu SimõesPereira, Marízia Clarainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-01-03T18:52:15Zoai:dspace.uevora.pt:10174/10155Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T12:00:09.899116Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
title Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
spellingShingle Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
Monteiro, Maria Filomena
Planeamento, Urbanismo, Évora, Centro Histórico, Património
title_short Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
title_full Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
title_fullStr Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
title_full_unstemmed Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
title_sort Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.
author Monteiro, Maria Filomena
author_facet Monteiro, Maria Filomena
Tereno, Maria do Céu Simões
Pereira, Marízia Clara
author_role author
author2 Tereno, Maria do Céu Simões
Pereira, Marízia Clara
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Monteiro, Maria Filomena
Tereno, Maria do Céu Simões
Pereira, Marízia Clara
dc.subject.por.fl_str_mv Planeamento, Urbanismo, Évora, Centro Histórico, Património
topic Planeamento, Urbanismo, Évora, Centro Histórico, Património
description Resumo Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção data da Baixa Idade Média. A área amuralhada, maioritariamente urbana desde finais do século XV, integrou nos anos 40 do século XX o primeiro Plano de Urbanização desta cidade. Nele, assim como nos planos que se lhe seguiram, tem sido proposta constante a estruturação do referido espaço através de eixos urbanos: ou a reforçar através do seu alargamento e introdução de novas funções dinamizadoras, no caso dos eixos pré existentes, ou da criação de novos eixos, neste último caso através de drásticas demolições incidindo sobre o já consolidado, e muitas vezes, denso tecido urbano. A localização de novos núcleos de equipamentos públicos, posicionados junto às principais portas da muralha medieva, tem sido outra das propostas mais constantes ao longo dos sucessivos planos. Mercados, escolas, hospitais e mais recentemente unidades hoteleiras procuraram tais locais estratégicos devido não só aos mais fáceis acesos e capacidade da construção de bolsas de estacionamento exterior à muralha mas também devido à possibilidade de tais equipamentos serem usufruídos por um maior número de utentes vindos da área urbana periférica à urbe amuralhada medieval. Atualmente, e após a densificação progressiva de toda a malha urbana interior à cintura medieva de muralhas, as intervenções urbanísticas planeadas que se têm realizado têm incidido sobre os limitados e escassos espaços livres ainda existentes. Tais espaços encontram-se concentrados essencialmente em três tipologias de áreas distintas: - Nas antigas cercas monástico-conventuais. No presente caso, não raras vezes, as intervenções projetadas e posteriormente concretizadas abarcam não só a construção dos espaços livres mas também a reformulação maioritariamente drástica das antigas estruturas pertencentes ao complexo religioso já desativado. Para além da eliminação dos espaços verdes que compunham a antiga cerca, suprimindo espécies específicas a tais áreas, muito do historial do local desaparece também definitivamente. A reformulação volumétrica e reorganização interior das construções, adaptando-as às atuais e novas exigências funcionais, fazem com que as demolições sejam correntes em tais situações. Nessas demolições para além da organização espacial inerente à vida monástico-conventual a qual se perde definitivamente desaparecem também, por exemplo, a maioria dos elementos decorativos. Neste caso ou são levados, conjuntamente com o entulho das obras, para o vazadouro público, ou em casos mais raros introduzidos nas novas construções erigidas no local, descontextualizados contudo, ou mesmo até em construções distantes pertencentes á mesma firma de construção. São casos de estudo, por exemplo os Conventos de S. Francisco e de S. Domingos assim como do Mosteiro de Santa Mónica cujas fundações remontam ao século XII, do Mosteiro do Paraízo fundado no século XV e do Mosteiro de Santa Catarina, este último com origem já no século XVI. - Nas áreas livres sobrantes, situadas entre a muralha medieval e o tecido urbano interior já consolidado. Tais espaços constituindo anteriormente zonas de circulação indispensáveis à defesa da cidade eram utilizadas não só para a circulação de armamento e homens, em tempo de guerra, mas também, em tempo de paz, serviam como áreas de pastoreio para o gado que permanecia no interior da urbe. Grande parte de tais áreas, até devido ao seu estatuto comunitário, foram permanecendo ao longo dos séculos livre de edificações ou arvoredo elementos esses que poderiam de algum modo contribuir para uma pior situação de defesa, por parte da população, diminuindo também o perigo de incêndios provocados através do arremesso de objetos incendiários. Atualmente com a inexistência das suas principais funcionalidades e a escassez de terrenos livres de construção no interior do Centro Histórico essencialmente após 1986, ano da classificação pela UNESCO da cidade de Évora como Património da Humanidade, resultou uma sequente sobrevalorização desmedida do metro quadrado de terreno. Assim quase todos esses espaços sobrantes têm vindo progressivamente a ser construídos. São exemplos os casos de estudo referentes aos espaços compreendidos entre a Porta de Alconchel e a Porta do Raimundo, entre a Porta de Alconchel e da Lago e por último entre a Porta da Lagoa e a Porta de Avis. - Nos antigos quintalões de casas senhoriais seculares, que devido à sua amplitude de área livre de construção têm permitido, através da aplicação dos respetivos regulamentos dos Planos de Urbanização, a aprovação e sequente construção de novas áreas de construção quase sempre exageradas. A eliminação dos jardins de época, respetivas hortas assim como todas as construções de apoio a elas associadas foram seguramente aspetos negativos nas intervenções que deveriam ter sido mais cuidadosamente salvaguardados. O vetusto Palácio dos Sepúlvedas que remonta ao século XVI e o imponente Palácio Barahona já do século XIX são exemplos de antigas construções com amplos espaços livres privados hoje, contudo, já quase inexistentes. Os três referidos conjuntos tipológicos de espaços permitiram, devido à sua abundancia e distribuição na cidade de Évora, intervenções urbanísticas e arquitetónicas marcantes, realizadas essencialmente entre os séculos XIX e XXI. Tais intervenções embora anulando muita da história dos respetivos locais facultam-nos atualmente uma amostragem de intervenções diversificadas, de realce, embora por vezes de qualidade questionável. A diminuição substancial das manchas verdes que constituíam verdadeiros pulmões para a urbe servindo igualmente de abrigo a espécies animais, a diminuição de áreas de absorção de água para o subsolo foram contudo aspetos questionáveis resultantes de tais tipos de intervenções na cidade.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-06-01T00:00:00Z
2014-01-28T12:08:51Z
2014-01-28
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10174/10155
http://hdl.handle.net/10174/10155
url http://hdl.handle.net/10174/10155
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv ISBN 978-989-98435-1-6
fmonteiro@cm-evora.pt
mcst@uevora.pt
marizia@uevora.pt
201
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PNUM 2013
publisher.none.fl_str_mv PNUM 2013
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833592429117177856