Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé

Bibliographic Details
Main Author: Borges, Rita
Publication Date: 2018
Other Authors: Fernandes, Conceição, Marques, Celeste, Matos, Carlos, Vilela, Alice, Nunes, Fernando, Cosme, Fernanda
Language: eng
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10348/8656
Summary: Para evitar a formação de precipitados de sais tartáricos no vinho, como o hidrogenotartarato de potássio (KHT) e o tartarato neutro de cálcio (CaT), vários tratamentos podem ser utilizados. Estes precipitados, apesar de não prejudicarem a saúde, levam a uma diminuição na aceitação do consumidor e, como consequência, a uma diminuição no valor comercial do vinho. Na estabilização tartárica de vinhos, para além do tratamento com produtos enológicos, como o ácido metatartárico e carboximetilceluloses (CMC´s), as resinas de troca iónica são um método aceite pelo OIV, conforme Resolução 43/2000 [1]. Apesar disso, são praticamente inexistentes os estudos sobre as potencialidades das resinas de troca iónica em vinhos Rosé. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi comparar o impacto de resinas de troca iónica versus aditivos enológicos, como CMC´s, com diferentes características estruturais [2], e ácido metatartárico, na estabilização tartárica e qualidade do vinho Rosé. Para isso, foram efetuados ensaios de estabilidade num vinho Rosé da região Demarcada do Douro, da vindima de 2015, quanto à sua estabilização tartárica, características físico-químicas e sensoriais. Tanto as resinas de troca iónica, como os aditivos enológicos, estabilizaram o vinho, porém, o pH mais baixo foi observado para o tratamento com resinas de troca iónica e concomitantemente um aumento aproximadamente de 1g/L da acidez total do vinho. Os valores dos catiões cálcio, magnésio e potássio foram também os mais baixos. De um modo geral, não se observaram diferenças entre tratamentos nos compostos fenólicos totais, flavonóides e não flavonóides e antocianinas totais. Verificou-se uma diminuição na intensidade da cor do vinho que também foi observada na análise sensorial. Apesar disso, o vinho tratado com as resinas de troca iónica foi o mais pontuado na análise sensorial para os atributos geralmente mais apreciados pelos consumidores, como a limpidez e o aroma frutado e menos pontuado na adstringência. Os resultados deste estudo preliminar sugerem que as resinas de troca iónica podem ser uma alternativa eficaz para a estabilização tartárica do vinho Rosé.
id RCAP_e4626baa4edf756a29e35ff51fd5440b
oai_identifier_str oai:repositorio.utad.pt:10348/8656
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosésais tartáricosestabilização tartáricaresinas de troca iónicaaditivos enológicosPara evitar a formação de precipitados de sais tartáricos no vinho, como o hidrogenotartarato de potássio (KHT) e o tartarato neutro de cálcio (CaT), vários tratamentos podem ser utilizados. Estes precipitados, apesar de não prejudicarem a saúde, levam a uma diminuição na aceitação do consumidor e, como consequência, a uma diminuição no valor comercial do vinho. Na estabilização tartárica de vinhos, para além do tratamento com produtos enológicos, como o ácido metatartárico e carboximetilceluloses (CMC´s), as resinas de troca iónica são um método aceite pelo OIV, conforme Resolução 43/2000 [1]. Apesar disso, são praticamente inexistentes os estudos sobre as potencialidades das resinas de troca iónica em vinhos Rosé. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi comparar o impacto de resinas de troca iónica versus aditivos enológicos, como CMC´s, com diferentes características estruturais [2], e ácido metatartárico, na estabilização tartárica e qualidade do vinho Rosé. Para isso, foram efetuados ensaios de estabilidade num vinho Rosé da região Demarcada do Douro, da vindima de 2015, quanto à sua estabilização tartárica, características físico-químicas e sensoriais. Tanto as resinas de troca iónica, como os aditivos enológicos, estabilizaram o vinho, porém, o pH mais baixo foi observado para o tratamento com resinas de troca iónica e concomitantemente um aumento aproximadamente de 1g/L da acidez total do vinho. Os valores dos catiões cálcio, magnésio e potássio foram também os mais baixos. De um modo geral, não se observaram diferenças entre tratamentos nos compostos fenólicos totais, flavonóides e não flavonóides e antocianinas totais. Verificou-se uma diminuição na intensidade da cor do vinho que também foi observada na análise sensorial. Apesar disso, o vinho tratado com as resinas de troca iónica foi o mais pontuado na análise sensorial para os atributos geralmente mais apreciados pelos consumidores, como a limpidez e o aroma frutado e menos pontuado na adstringência. Os resultados deste estudo preliminar sugerem que as resinas de troca iónica podem ser uma alternativa eficaz para a estabilização tartárica do vinho Rosé.Vinideas2018-08-27T10:40:20Z2018-05-23T00:00:00Z2018-05-23conference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/8656engBorges, RitaFernandes, ConceiçãoMarques, CelesteMatos, CarlosVilela, AliceNunes, FernandoCosme, Fernandainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-01-12T02:02:52Zoai:repositorio.utad.pt:10348/8656Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T12:35:28.181882Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
title Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
spellingShingle Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
Borges, Rita
sais tartáricos
estabilização tartárica
resinas de troca iónica
aditivos enológicos
title_short Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
title_full Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
title_fullStr Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
title_full_unstemmed Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
title_sort Resinas de troca iónica para estabilização tartárica: Impacto na qualidade do vinho Rosé
author Borges, Rita
author_facet Borges, Rita
Fernandes, Conceição
Marques, Celeste
Matos, Carlos
Vilela, Alice
Nunes, Fernando
Cosme, Fernanda
author_role author
author2 Fernandes, Conceição
Marques, Celeste
Matos, Carlos
Vilela, Alice
Nunes, Fernando
Cosme, Fernanda
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Borges, Rita
Fernandes, Conceição
Marques, Celeste
Matos, Carlos
Vilela, Alice
Nunes, Fernando
Cosme, Fernanda
dc.subject.por.fl_str_mv sais tartáricos
estabilização tartárica
resinas de troca iónica
aditivos enológicos
topic sais tartáricos
estabilização tartárica
resinas de troca iónica
aditivos enológicos
description Para evitar a formação de precipitados de sais tartáricos no vinho, como o hidrogenotartarato de potássio (KHT) e o tartarato neutro de cálcio (CaT), vários tratamentos podem ser utilizados. Estes precipitados, apesar de não prejudicarem a saúde, levam a uma diminuição na aceitação do consumidor e, como consequência, a uma diminuição no valor comercial do vinho. Na estabilização tartárica de vinhos, para além do tratamento com produtos enológicos, como o ácido metatartárico e carboximetilceluloses (CMC´s), as resinas de troca iónica são um método aceite pelo OIV, conforme Resolução 43/2000 [1]. Apesar disso, são praticamente inexistentes os estudos sobre as potencialidades das resinas de troca iónica em vinhos Rosé. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi comparar o impacto de resinas de troca iónica versus aditivos enológicos, como CMC´s, com diferentes características estruturais [2], e ácido metatartárico, na estabilização tartárica e qualidade do vinho Rosé. Para isso, foram efetuados ensaios de estabilidade num vinho Rosé da região Demarcada do Douro, da vindima de 2015, quanto à sua estabilização tartárica, características físico-químicas e sensoriais. Tanto as resinas de troca iónica, como os aditivos enológicos, estabilizaram o vinho, porém, o pH mais baixo foi observado para o tratamento com resinas de troca iónica e concomitantemente um aumento aproximadamente de 1g/L da acidez total do vinho. Os valores dos catiões cálcio, magnésio e potássio foram também os mais baixos. De um modo geral, não se observaram diferenças entre tratamentos nos compostos fenólicos totais, flavonóides e não flavonóides e antocianinas totais. Verificou-se uma diminuição na intensidade da cor do vinho que também foi observada na análise sensorial. Apesar disso, o vinho tratado com as resinas de troca iónica foi o mais pontuado na análise sensorial para os atributos geralmente mais apreciados pelos consumidores, como a limpidez e o aroma frutado e menos pontuado na adstringência. Os resultados deste estudo preliminar sugerem que as resinas de troca iónica podem ser uma alternativa eficaz para a estabilização tartárica do vinho Rosé.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-08-27T10:40:20Z
2018-05-23T00:00:00Z
2018-05-23
dc.type.driver.fl_str_mv conference object
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10348/8656
url http://hdl.handle.net/10348/8656
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Vinideas
publisher.none.fl_str_mv Vinideas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833592950873915392