A influência dos estilos de pensamento no julgamento moral

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Main Author: Quadros, Erik Medeiros de
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.1/13718
Summary: Os estudos sobre julgamento moral, com recurso a dilemas morais, classificam as decisões em utilitárias ou deontológicas. A partir de um modelo dual de processamento de informação alguns teóricos associam às decisões utilitárias à uma maior deliberação (sistema lento, racional e consciente), enquanto as decisões deontológicas são associadas a respostas intuitivas e emocionais, baseadas em heurísticas (sistema rápido, sem esforço e inconsciente). No entanto, esta associação não é consensual, havendo estudos que procuram entender o processo de tomada de decisão a partir de diferenças individuais (traços de personalidade ou estilos de pensamento) e nos dilemas morais. Nesse contexto, o nosso principal objetivo foi avaliar a influência dos estilos de pensamento, racional e intuitivo na tomada de decisão moral. Para o efeito, foram avaliados 43 estudantes universitários, com idades compreendidas entre os 18 e 40 anos de idade (Média = 20.57 anos DP = 3.69). Numa primeira tarefa foram aplicados dois inventários de estilos de pensamento e um conjunto de vinte dilemas morais diversificados, de acordo com as categorias originalmente propostas por Christensen e colaboradores (2014) e traduzidas por Faísca, Inácio, Gamboa, Garcia e Martins (2017). Num segundo momento, recorreu-se ao método thinking-aloud com o objetivo de aceder às deliberações desenvolvidas pelos participantes durante o processo de decisão face a outros cinco dilemas morais. Os resultados sugerem que os estilos de pensamento não se associam às decisões morais e que sujeitos intuitivos, apesar de refletirem menos, não tendem a decidir deontologicamente. Através da análise das verbalizações produzidas durante o thinking-aloud, percebeu-se que o tipo de decisão moral é variável conforme os elementos presentes nos dilemas que sejam considerados mais ou menos relevantes para o sujeito (e.g., aspetos da vítima), e depende em parte da aplicação de regras morais, que tendem a nortear a reflexão (e.g., “salvar o máximo de pessoas”).
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