Infra-estruturas ecológicas e limitação natural dos inimigos das culturas fruteiras

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Main Author: Franco, José Carlos
Publication Date: 2010
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.5/15051
Summary: O fomento da limitação natural dos inimigos das culturas constitui uma táctica de protecção biológica de conservação e envolve a manipulação do ambiente, de forma a conservar e potenciar a actividade dos inimigos naturais, podendo ser direccionado tanto no sentido de mitigar as condições desfavoráveis (e.g., reduzindo a mortalidade, fornecendo recursos suplementares, limitando os inimigos secundários, como hiperparasitóides, ou manipulando os hospedeiros vegetais), como de incrementar as que são favoráveis para a sua sobrevivência, fecundidade, longevidade e comportamento (Bugg & Pickett 1998, Landis et al. 2000, Jonsson et al. 2008). O aumento da disponibilidade dos recursos necessários a um bom desempenho dos organismos auxiliares, como agentes de limitação natural, pode ser conseguido instalando, expandindo, mantendo ou manipulando habitats importantes, no interior ou na vizinhança das culturas (Landis & Menalled 1998, Landis et al. 2000, Boller et al. 2004b). Deste modo, ao proporcionar a adequada diversidade vegetal, através da manutenção e criação, em quantidade e qualidade, de infra‐estruturas ecológicas, no interior da exploração e seus limítrofes (num raio de cerca de 100 a 200 m), criam‐se condições mais favoráveis a uma efectiva limitação natural. As regras de produção integrada da Organização Internacional de Luta Biológica e Protecção Integrada – Secção Regional Oeste Paleártica (OILBsrop) (Boller et al. 2004a) recomendam o fomento da biodiversidade, por ser considerada elemento importante da sustentabilidade da agricultura. A diversidade biológica, ao nível genético, das espécies e do ecossistema, é perspectivada como a base da estabilidade do ecossistema, dos factores de regulação e da qualidade da paisagem. Em protecção integrada, a substituição dos pesticidas por factores de regulação natural depende da existência de adequada diversidade biológica. Nesse sentido, a biodiversidade funcional deve ser incrementada activamente, através da manutenção e instalação de infraestruturas ecológicas, que, em termos óptimos, deverão ocupar cerca de 15% da área da exploração, com um mínimo de 5% (Boller et al. 2004b)
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