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Otite média aguda em lactentes até aos três meses de idade

Bibliographic Details
Main Author: Rodrigues, Vera
Publication Date: 2012
Other Authors: Maia, Raquel, Pedrosa, Cristina, Brito, Maria João, Ferreira, Gonçalo Cordeiro
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.25754/pjp.2012.638
Summary: Introdução: A otite média aguda (OMA) é uma das patologias infecciosas bacterianas mais comuns na infância, mas rara abaixo dos três meses de idade e ainda pouco estudada neste grupo etário. Objectivos: Caracterizar a OMA em lactentes com idade inferior a três meses e avaliar eventuais factores de risco. Material e Métodos: Estudo descritivo de lactentes com menos de três meses internados por OMA entre 2005 e 2009; analisaram-se idade, sexo, eventuais factores de risco, clínica, terapêutica e evolução. Estudo caso-controlo para comparação dos factores de risco para desenvolvimento de OMA. Resultados: Registaram-se 58 casos (18 recém-nascidos) com mediana de idades de 30 dias. Todos form sujeios a antibioticoterapia endovenosa (mediana de sete dias), mas não se registou nenhum caso de doença invasiva. Registou-se em 86,2% dos casos pelo menos um factor de risco: leite para lactentes (31), agregado familiar com pelo menos um irmão (31), uso de chupeta (18), atopia familiar (catorze), pai fumador (doze), regurgitação frequente (onze), mãe fumadora (dez), refluxo gastroesofágico (cinco), baixo peso (cinco) e prematuridade (quatro), mas os factores de risco para o desenvolvimento de OMA (análise multivariada) foram prematuridade (p<0,009;OR=1,047;IC95%), agregado familiar com pelo menos um irmão (p<0,00;OR=0,033;IC95%) e mãe fumadora (p<0,019;OR=0,125;IC95%).Registaram-se otites recorrentes em 15/30 (50%) crianças, mais frequentemente no sexo masculino (43,3% vs 6,7%, p=0,03). Conclusões: Em lactentes com idade inferior a três meses a prematuridade, a presença de um agregado familiar com pelo menos um irmão e mãe fumadora constituem factores de risco para a ocorrência de OMA, sendo a sua recorrência mais frequente no sexo masculino.
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