Próteses da anca: revisão cirúrgica.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Judas, F
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Moura, DL, Santos, S, Mariano, C, Lucas, F
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.4/1831
Resumo: A artroplastia total da anca representa um dos procedimentos cirúrgicos de maior sucesso em Ortopedia. Na maioria das situações é possível registar excelentes resultados na eliminação da dor e na recuperação precoce da função articular, bem como na reintegração profissional e sociocultural do paciente. Todavia, as próteses da anca não resistem à prova do tempo, a longo prazo assiste-se a uma falência mecânica dos implantes que leva a uma nova intervenção cirúrgica, com a intenção de restabelecer a estabilidade mecânica, procurando reconstituir o capital ósseo e o centro da rotação da anca, corrigindo a dismetria, entre outros. O número de artroplastias totais da anca com indicação para revisão cirúrgica por descolamento assético continua a aumentar, a esperança média de vida tem vindo a aumentar, a implantação de uma prótese da anca tornou-se uma prática cirúrgica de rotina, e a idade jovem dos doentes deixou de ser um forte fator limitativo, devido aos avanços registados na técnica cirúrgica e na melhoria dos biomateriais constituintes das próteses. Seja como for, ao descolamento assético das próteses associam-se as osteólises tanto a nível do acetábulo, quanto a nível do fémur, que se torna necessário tratar. A etiologia das perdas do capital ósseo é multifatorial, incluindo as partículas de desgastes dos biomateriais que podem estar na origem de extensas osteólises, a infeção periprotética, as reintervenções cirúrgicas e, no caso particular do fémur, a atrofia óssea de desuso. Para além disso, os doentes podem sofrer de osteoporose fator que vai criar, ainda, mais dificuldades na reposição de uma nova prótese em condições de estabilidade mecânica. Por seu turno, as avaliações das dimensões das perdas ósseas e das variações específicas da anatomia acetabular e femoral, podem ser conseguidas na reconstrução tridimensional das imagens da TAC com subtração dos artefactos metálicos, informações de incontornável importância para a eleição da técnica mais recomendada para a reconstrução das lises ósseas. Neste contexto, um leque alargado de técnicas cirúrgicas tem vindo a ser descrito para o tratamento dos descolamentos/desprendimentos das prótese da anca incluindo cúpulas acetabulares não cimentadas de grandes dimensões, cúpulas revestidas com biocerâmicos ou com uma superfície em metal trabecular (tântalo), anéis metálicos de reforço acetabular, armaduras acetabulares antiprotusivas, cúpulas oblongas não cimentadas, cúpulas e hastes cimentadas sobre aloenxertos esponjosos granulados impactados, hastes cónicas de revisão de fixação distal, hastes longas cimentadas ou não cimentadas com aparafusamento distal, hastes modulares, aloenxertos ósseos esponjosos granulados ou estruturais e, ainda, uma variada associação destas técnicas. Seja como for, nem todas as técnicas contribuem para a reposição do capital ósseo, etapa que consideramos da maior importância para se poder alcançar o melhor resultado. Nesse sentido, a aplicação de aloenxertos ósseos é uma prática corrente, mormente em doentes menos idosos, porque provaram a sua eficácia clínica a médio e a longo prazo, uma vez que promovem a regeneração do osso novo. O objetivo central deste trabalho é mostrar, de uma forma global, a estratégia que tem vindo a ser seguida pelo Serviço de Ortopedia do CHUC/HUC, na cirurgia de recolocações de próteses da anca recorrendo, para isso, a diapositivos elucidativos.
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