Cumprir Marrocos em Portugal: a comunidade mourisca de Setúbal no século XVI

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Main Author: Barros, Maria Filomena Lopes de
Publication Date: 2020
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10174/27910
https://doi.org/10.4000/books.cidehus.12483
Summary: Entre 1556 e 1558 uma onda de repressão abate-se sobre a comunidade mourisca de Setúbal, levando ao aprisionamento e posterior julgamento no Tribunal do Santo Ofício de Lisboa, de um conjunto significativo de indivíduos, que, em alguns casos abrange, mesmo, estruturas familiares. Embora os percursos de vida sejam, naturalmente, distintos, o grupo apresenta uma homogeneidade em muitos aspetos da sua vivência: o facto de ser constituído maioritariamente por elementos da primeira geração fixada no reino, estendendo-se a perseguição inquisitorial depois à segunda, já nascida em Portugal; um percurso que, do cativeiro, transitou para a liberdade (com algumas exceções); uma origem comum, em que predominam o que parecem ser berberes marroquinos, que, identitariamente, acaba por assimilar outros elementos alógenos; um espaço de trabalho centrado na Ribeira de Setúbal, envolvendo tanto mulheres como homens; enfim, uma vontade de fazer comunidade, que se manifesta em reuniões e cerimónias públicas, nomeadamente funerárias, e no fenómeno dos casamentos dentro do grupo, alianças que necessariamente consolidam a relação entre os seus membros.
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