Doença Coronária e SAOS O que esperar e como lidar

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Main Author: Bento, Micaela do Carmo
Publication Date: 2021
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.6/11293
Summary: Em Portugal, as doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte! Um dos seus fatores de risco é a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. Esta aumenta a morbilidade, mortalidade, incapacidade e tempos de internamento. Contudo, especificamente no enfarte agudo do miocárdio, promove o desenvolvimento e recorrência deste, mas parece reduzir a mortalidade. Esta investigação pretende avaliar o perfil dos doentes com enfarte agudo do miocárdio e diagnóstico prévio de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e compará-los com o conhecimento científico atual. Assim, recolheram-se os dados dos doentes internados com enfarte agudo do miocárdio em 2016 (população 1) e dos internados na cardiologia, pelo mesmo motivo, em 2017 (população 2) no Hospital Pêro da Covilhã. Estas populações foram divididas em 2 grupos. Um com os indivíduos diagnosticados com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (grupo SAOS) e o outro constituído por indivíduos sem este diagnostico prévio (grupo SEM SAOS). Recorreu-se ao software Excel para fazer as devidas análises. Na população 1 a prevalência de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono foi de 4%, pertencendo todos os indivíduos do grupo SAOS ao género masculino. Neste, a média de idades foi inferior ao do grupo contrastante, os dias médios de internamento foram superiores, mas a mediana dos mesmos foi exatamente igual. A mortalidade e a recorrência de enfarte foram inferiores no grupo SAOS. Na população 2 a prevalência de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono foi de 5,9%, também com afetação predominante do género masculino. Relativamente à média de idades, dias médios de internamento e mortalidade os resultados foram semelhantes aos da população 1. Contudo, a mediana dos dias de internamento na população 2 foi superior no grupo SAOS. A recorrência de enfarte foi nula para ambos os grupos. Alguns dados estão de acordo com o espectável, nomeadamente, o género dos indivíduos, a idade média de ocorrência de enfarte, a média dos dias de internamento e a mortalidade. Contudo, é importante salientar que um subdiagnóstico da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono ou uma má/insuficiente recolha de dados pelo Hospital pode ter criado um viés na interpretação dos resultados, pois os grupos SAOS, de ambos os anos estudados, foram compostos por apenas 3 indivíduos cada um. Concluindo, aconselha-se uma investigação mais extensa que clarifique as questões acima colocadas e a monitorização do sono e da oximetria noturna dos internados por enfarte do miocárdio.
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Um com os indivíduos diagnosticados com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (grupo SAOS) e o outro constituído por indivíduos sem este diagnostico prévio (grupo SEM SAOS). Recorreu-se ao software Excel para fazer as devidas análises. Na população 1 a prevalência de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono foi de 4%, pertencendo todos os indivíduos do grupo SAOS ao género masculino. Neste, a média de idades foi inferior ao do grupo contrastante, os dias médios de internamento foram superiores, mas a mediana dos mesmos foi exatamente igual. A mortalidade e a recorrência de enfarte foram inferiores no grupo SAOS. Na população 2 a prevalência de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono foi de 5,9%, também com afetação predominante do género masculino. Relativamente à média de idades, dias médios de internamento e mortalidade os resultados foram semelhantes aos da população 1. Contudo, a mediana dos dias de internamento na população 2 foi superior no grupo SAOS. A recorrência de enfarte foi nula para ambos os grupos. Alguns dados estão de acordo com o espectável, nomeadamente, o género dos indivíduos, a idade média de ocorrência de enfarte, a média dos dias de internamento e a mortalidade. Contudo, é importante salientar que um subdiagnóstico da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono ou uma má/insuficiente recolha de dados pelo Hospital pode ter criado um viés na interpretação dos resultados, pois os grupos SAOS, de ambos os anos estudados, foram compostos por apenas 3 indivíduos cada um. Concluindo, aconselha-se uma investigação mais extensa que clarifique as questões acima colocadas e a monitorização do sono e da oximetria noturna dos internados por enfarte do miocárdio.In Portugal, cardiovascular diseases are the main cause of death! One of its risk factors is Obstructive Sleep Apnea Syndrome. This desease increases morbidity, mortality, disability and days of hospitalization. However, in acute myocardial infarction, Sleep Apnea promotes its development and recurrence, but reduce mortality. This investigation aims to evaluate the profile of patients with acute myocardial infarction and previous diagnosis of Obstructive Sleep Apnea Syndrome and to compare them with current scientific knowledge. Thus, data were collected from patients hospitalized for acute myocardial infarction in 2016 (population 1) and patients hospitalized in cardiology, for the same reason, in 2017 (population 2) at Hospital Pêro da Covilhã. Populations 1 and 2 were divided into 2 groups. SAOS group (individuals diagnosed with Obstructive Sleep Apnea Syndrome) and SEM SAOS group (individuals without previous diagnosis of Obstructive Sleep Apnea Syndrome. Excel software was used to make the necessary analyzes. In population 1, the prevalence of Obstructive Sleep Apnea Syndrome was 4% and all individuals in the SAOS group were male. In this group, average age was lower, average days of hospitalization were higher, but their median was exactly the same and mortality and recurrence were lower. In population 2, the prevalence of Obstructive Sleep Apnea Syndrome was 5.9%, also with a predominant male gender. Regarding average age, average days of hospitalization and mortality, the results were similar to those of population 1. However, the median of days of hospitalization in population 2 was higher in the SAOS group. The acute myocardial infarction recurrence was null for both groups. Some data are in agreement with what is expected, like gender of the individuals, average age of infarction, average days of hospitalization and mortality. However, it is important to point out that an underdiagnosis of Obstructive Sleep Apnea Syndrome or a poor / insufficient data collection by the Hospital may have created a bias in the interpretation of the results, since the SAOS groups, of both years studied, were composed of only 3 individuals each. In conclusion, it is advisable to carry out more extensive investigations to clarify the issues pointed above and monitoring of sleep and night oximetry of hospitalized patients for myocardial infarction.Rodrigues, Manuel de CarvalhouBibliorumBento, Micaela do Carmo2021-11-18T11:34:25Z2021-07-212021-04-222021-07-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11293urn:tid:202789721porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-11T14:40:38Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11293Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:20:02.253100Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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