DOENÇA DE SORO-LIKE – A PROPÓSITO DE 3 CASOS
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9646 |
Resumo: | Introdução: A doença soro-like é uma patologia rara, cuja fisiopatologia ainda não se encontra estabelecida e que ocorre mais frequentemente em idade pediátrica. O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo determinado pela relação temporal entre a ingestão do fármaco e o aparecimento da sintomatologia (1-3 semanas), classicamente composta por febre, lesões cutâneas e artralgias. Geralmente o estudo laboratorial plasmático e urinário não apresentam alterações. Para o seu diagnóstico devem ser excluídas outras patologias, por exemplo a doença de Kawasaki, o lúpus eritematoso sistémico e a vasculite urticariforme. Descrição dos casos: Apresentam-se 3 casos de crianças com idades compreendidas entre os 15 meses e os 3 anos. Após 6-8 dias de terapêutica com amoxicilina ou amoxicilina/ácido clavulânico desenvolveram um quadro de exantema eritematoso urticariforme pruriginoso, associado a edema das pequenas articulações, com ou sem febre. O tratamento efetuado incluiu a suspensão do fármaco, corticoterapia e anti-histamínicos, verificando- se resolução clínica entre 3 a 10 dias. Nos 3 casos, o estudo da IgE específica para antibióticos β-lactâmicos foi negativo, tendo sido programada a prova de provocação oral (PPO). Discussão: As reações a fármacos são raras e relacionam-se, na sua maioria, com as suas ações farmacológicas. Em idade pediátrica, a prevalência de exantemas de etiologia vírica é elevada, sendo, por isso, difícil estabelecer um diagnóstico perante uma criança sob antibioterapia que se apresente com clínica de alterações cutâneas e/ou articulares. Nos casos apresentados, a hipótese de doença de soro-like é considerada a mais provável devido à relação temporal entre a ingestão do fármaco e o aparecimento da clínica, que por si só é também sugestiva. A negatividade para a IgE específica vem reforçar o diagnóstico. Contudo, é necessária a realização de PPO para um diagnóstico. Nestes doentes, um diagnóstico definitivo é essencial, por um lado para assegurar a segurança da criança e, por outro, para tranquilizar os cuidadores e evitar o uso de antibioterapia de largo espectro de forma desnecessária, caso seja negativa a prova. |
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DOENÇA DE SORO-LIKE – A PROPÓSITO DE 3 CASOSResumo dos postersIntrodução: A doença soro-like é uma patologia rara, cuja fisiopatologia ainda não se encontra estabelecida e que ocorre mais frequentemente em idade pediátrica. O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo determinado pela relação temporal entre a ingestão do fármaco e o aparecimento da sintomatologia (1-3 semanas), classicamente composta por febre, lesões cutâneas e artralgias. Geralmente o estudo laboratorial plasmático e urinário não apresentam alterações. Para o seu diagnóstico devem ser excluídas outras patologias, por exemplo a doença de Kawasaki, o lúpus eritematoso sistémico e a vasculite urticariforme. Descrição dos casos: Apresentam-se 3 casos de crianças com idades compreendidas entre os 15 meses e os 3 anos. Após 6-8 dias de terapêutica com amoxicilina ou amoxicilina/ácido clavulânico desenvolveram um quadro de exantema eritematoso urticariforme pruriginoso, associado a edema das pequenas articulações, com ou sem febre. O tratamento efetuado incluiu a suspensão do fármaco, corticoterapia e anti-histamínicos, verificando- se resolução clínica entre 3 a 10 dias. Nos 3 casos, o estudo da IgE específica para antibióticos β-lactâmicos foi negativo, tendo sido programada a prova de provocação oral (PPO). Discussão: As reações a fármacos são raras e relacionam-se, na sua maioria, com as suas ações farmacológicas. Em idade pediátrica, a prevalência de exantemas de etiologia vírica é elevada, sendo, por isso, difícil estabelecer um diagnóstico perante uma criança sob antibioterapia que se apresente com clínica de alterações cutâneas e/ou articulares. Nos casos apresentados, a hipótese de doença de soro-like é considerada a mais provável devido à relação temporal entre a ingestão do fármaco e o aparecimento da clínica, que por si só é também sugestiva. A negatividade para a IgE específica vem reforçar o diagnóstico. Contudo, é necessária a realização de PPO para um diagnóstico. Nestes doentes, um diagnóstico definitivo é essencial, por um lado para assegurar a segurança da criança e, por outro, para tranquilizar os cuidadores e evitar o uso de antibioterapia de largo espectro de forma desnecessária, caso seja negativa a prova.Unidade Local de Saúde de Santo António2015-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9646por2183-9417Lorenzo, JoanaLeite, SaraTeixeira, FernandaReis, GuilherminaGomes, Evainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-05-07T09:39:49Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/9646Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T14:39:26.061519Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Introdução: A doença soro-like é uma patologia rara, cuja fisiopatologia ainda não se encontra estabelecida e que ocorre mais frequentemente em idade pediátrica. O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo determinado pela relação temporal entre a ingestão do fármaco e o aparecimento da sintomatologia (1-3 semanas), classicamente composta por febre, lesões cutâneas e artralgias. Geralmente o estudo laboratorial plasmático e urinário não apresentam alterações. Para o seu diagnóstico devem ser excluídas outras patologias, por exemplo a doença de Kawasaki, o lúpus eritematoso sistémico e a vasculite urticariforme. Descrição dos casos: Apresentam-se 3 casos de crianças com idades compreendidas entre os 15 meses e os 3 anos. Após 6-8 dias de terapêutica com amoxicilina ou amoxicilina/ácido clavulânico desenvolveram um quadro de exantema eritematoso urticariforme pruriginoso, associado a edema das pequenas articulações, com ou sem febre. O tratamento efetuado incluiu a suspensão do fármaco, corticoterapia e anti-histamínicos, verificando- se resolução clínica entre 3 a 10 dias. Nos 3 casos, o estudo da IgE específica para antibióticos β-lactâmicos foi negativo, tendo sido programada a prova de provocação oral (PPO). Discussão: As reações a fármacos são raras e relacionam-se, na sua maioria, com as suas ações farmacológicas. Em idade pediátrica, a prevalência de exantemas de etiologia vírica é elevada, sendo, por isso, difícil estabelecer um diagnóstico perante uma criança sob antibioterapia que se apresente com clínica de alterações cutâneas e/ou articulares. Nos casos apresentados, a hipótese de doença de soro-like é considerada a mais provável devido à relação temporal entre a ingestão do fármaco e o aparecimento da clínica, que por si só é também sugestiva. A negatividade para a IgE específica vem reforçar o diagnóstico. Contudo, é necessária a realização de PPO para um diagnóstico. Nestes doentes, um diagnóstico definitivo é essencial, por um lado para assegurar a segurança da criança e, por outro, para tranquilizar os cuidadores e evitar o uso de antibioterapia de largo espectro de forma desnecessária, caso seja negativa a prova. |
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