Aculturação alimentar da comunidade chinesa imigrante em Portugal
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Publication Date: | 2023 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.21/16746 |
Summary: | Introdução: Os indivíduos chineses que imigram para um país ocidental tendem a alterar os padrões e comportamentos alimentares de acordo com o tempo de residência no país anfitrião, processo intitulado de aculturação alimentar, o qual poderá ter um impacto positivo ou negativo sobre os hábitos alimentares. Objetivo: Caracterizar os hábitos alimentares da comunidade chinesa imigrante em Portugal e identificar a existência de uma mudança em direção a uma aculturação ocidentalizada desta população. Metodologia: A amostra é constituída por 213 imigrantes chineses instalados na região da Grande Lisboa, com idade entre os 18 e os 64 anos. Os participantes foram recrutados através de estabelecimentos comerciais, instituições comunitárias e educacionais. Foi aplicado um questionário sob a forma de entrevista, recolhendo informações sobre os dados sociodemográficos, as escolhas alimentares e o padrão das refeições e a aculturação alimentar. Procedeu-se também à avaliação da ingestão alimentar através do 24h recall. Os dados foram recolhidos entre 10 de Abril de 2022 a 1 de Junho de 2022 Resultados/Conclusão: Este estudo afirma que os imigrantes chineses experienciam o processo de aculturação alimentar após a chegada a Portugal, onde 28,6% dos participantes apresentaram um nível de aculturação ocidental moderado e 71,4% um nível de aculturação elevado. Observou-se que quanto maior o nível de aculturação alimentar nestes participantes, maior a densidade energética e de ingestão de gordura na dieta (p<0,05). Os principais fatores que afetaram os hábitos e as escolhas alimentares nesta população foram o gosto/preferência pessoal, a relação qualidade/preço e a segurança dos alimentos. O padrão das refeições pré e pós imigração foi mantido sendo o pequenoalmoço a refeição onde se identificou marcadamente a ocidentalização dos hábitos alimentares. Adicionalmente, os participantes do presente estudo aparentam experienciar uma transição nutricional negativa do padrão alimentar. Os cereais e os pratos com baixo teor de gordura foram substituídos por uma dieta ocidentalizada rica em gordura e baixa em hidratos de carbono, resultando numa ingestão insuficiente de grãos e cereais, laticínios, legumes e frutas e um consumo excessivo de gordura e sal. Devem ser feitos esforços a fim de incentivar os imigrantes chineses a fazerem uma transição alimentar positiva durante a aculturação para esta população. |
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Introdução: Os indivíduos chineses que imigram para um país ocidental tendem a alterar os padrões e comportamentos alimentares de acordo com o tempo de residência no país anfitrião, processo intitulado de aculturação alimentar, o qual poderá ter um impacto positivo ou negativo sobre os hábitos alimentares. Objetivo: Caracterizar os hábitos alimentares da comunidade chinesa imigrante em Portugal e identificar a existência de uma mudança em direção a uma aculturação ocidentalizada desta população. Metodologia: A amostra é constituída por 213 imigrantes chineses instalados na região da Grande Lisboa, com idade entre os 18 e os 64 anos. Os participantes foram recrutados através de estabelecimentos comerciais, instituições comunitárias e educacionais. Foi aplicado um questionário sob a forma de entrevista, recolhendo informações sobre os dados sociodemográficos, as escolhas alimentares e o padrão das refeições e a aculturação alimentar. Procedeu-se também à avaliação da ingestão alimentar através do 24h recall. Os dados foram recolhidos entre 10 de Abril de 2022 a 1 de Junho de 2022 Resultados/Conclusão: Este estudo afirma que os imigrantes chineses experienciam o processo de aculturação alimentar após a chegada a Portugal, onde 28,6% dos participantes apresentaram um nível de aculturação ocidental moderado e 71,4% um nível de aculturação elevado. Observou-se que quanto maior o nível de aculturação alimentar nestes participantes, maior a densidade energética e de ingestão de gordura na dieta (p<0,05). Os principais fatores que afetaram os hábitos e as escolhas alimentares nesta população foram o gosto/preferência pessoal, a relação qualidade/preço e a segurança dos alimentos. O padrão das refeições pré e pós imigração foi mantido sendo o pequenoalmoço a refeição onde se identificou marcadamente a ocidentalização dos hábitos alimentares. Adicionalmente, os participantes do presente estudo aparentam experienciar uma transição nutricional negativa do padrão alimentar. Os cereais e os pratos com baixo teor de gordura foram substituídos por uma dieta ocidentalizada rica em gordura e baixa em hidratos de carbono, resultando numa ingestão insuficiente de grãos e cereais, laticínios, legumes e frutas e um consumo excessivo de gordura e sal. Devem ser feitos esforços a fim de incentivar os imigrantes chineses a fazerem uma transição alimentar positiva durante a aculturação para esta população. |
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