Equipamentos culturais como mediadores na intervenção comunitária. A Biblioteca Humana e a Biblioteca de Marvila em relação por uma comunidade
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Publication Date: | 2018 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.21/9659 |
Summary: | O presente projeto de intervenção comunitária pretende unir os propósitos de duas bibliotecas: Biblioteca âncora de Marvila1 e Biblioteca Humana validando a hipótese de que os equipamentos culturais podem ser mediadores na intervenção comunitária em territórios de vulnerabilidade social. Confluentes em objetivos, os slogans das bibliotecas em referência: “As pessoas fazem as bibliotecas” (Biblioteca de Marvila) e “Pessoas Reais, Histórias Reais” (The Human Library ™), revelam a (re)construção social, o pulsar de uma comunidade, sujeito de uma certa invisibilidade, que é um espaço in between: uma zona da cidade de Lisboa, que agora transita entre dinâmicas de tudo-nada,2 novo-antigo, memória-requalificação. Permeada pelo simbolismo próprio da biblioteca e da relação de aproximação e recuo entre livros e leitores num enquadramento convencional, num virar de páginas contínuo, a Biblioteca Humana permitiu estabelecer fluxos de comunicação, por vezes imprevisíveis, entre pessoas (sem vínculo prévio), com o objetivo claro de redefinição de relações interpessoais em que comportamentos discriminatórios como o preconceito, o estereótipo e o estigma são postos em jogo num ambiente controlado e que se pretende saudável. Joga-se o jogo do conhecimento: Quem sou eu?; Quem é você?; Quem somos nós? Marvila, enquanto território do presente projeto de intervenção, é atualmente palco e motor de mudança; alavanca de transformação social. Neste ambiente propício e estimulante, duas bibliotecas dialogam por esta comunidade: um equipamento cultural (Biblioteca de Marvila) e uma metodologia de intervenção inovadora (Biblioteca Humana). A confluência de objetivos é competente para oferecer à comunidade circundante, esta ação pensada com as sensibilidades auscultadas no território. Livros humanos e leitores (também humanos) foram protagonistas desta metodologia, implementada a favor da vivência da alteridade e reconhecimento do outro como fonte de conhecimento e pertença a uma comunidade que se descobre humanizada. Deste encontro, nasceram sensações e “estranhamentos”; certezas e dúvidas, mas essencialmente a ideia que esta metodologia faz o que se dispõe a fazer: desconstruir comportamentos discriminatórios. Os resultados destes encontros indicam-nos que a validação da hipótese de partida é possível: equipamentos culturais são mediadores de intervenção comunitária em territórios de vulnerabilidade social. Recomenda-se que, a partir desta comprovação, a comunidade seja entendida não só como receptora, mas também como coautora das dinâmicas propostas pelos equipamentos culturais – orgânicos e destinados à melhoria da vida das pessoas que os escolhem e frequentam. |
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