Sobrecarga e estratégias de coping em cuidadores informais de idosos dependentes

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Main Author: Rodrigues, Deolinda Carmo Coelho Pinto Costa
Publication Date: 2012
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.19/1627
Summary: Introdução: Apesar das alterações estruturais e funcionais que a família tem sofrido nos últimos anos, continua a verificar-se que são, na maioria dos casos, os familiares diretos que apoiam estes idosos, assumindo o papel de cuidadores informais, o que lhes acarreta uma sobrecarga, que interfere nas várias áreas da sua vida pessoal, social e profissional. Neste contexto, este estudo procura investigar sobre a sobrecarga e estratégias de coping em cuidadores informais de idosos dependentes. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 71 cuidadores informais de idosos dependentes, residentes no concelho de Lamego, na sua maioria do sexo feminino (76,06%) e com uma média de idades de 54,20 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, aferidos e validados para a população portuguesa: Escala de Apgar Familiar, Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI) e o Questionário Estratégias de Coping do Cuidador Informal (CAMI). Foi também utilizada uma ficha sociodemográfica e clínica. Resultados: Concluiu-se que, na generalidade se aceitam as hipóteses formuladas e que houve uma relação direta entre a sobrecarga e as estratégias avaliadas pelas escalas QASCI e CAMI, sugerindo que quanto mais os participantes recorrem a estratégias de coping, menor é a sobrecarga que os mesmos sentem ao cuidar do seu idoso dependente. Alguns cuidadores sentem uma grande sobrecarga causada pelo desempenho de tal papel, apresentando maior sobrecarga os do sexo feminino (essencialmente filhas), estando estas em representação mais significativa na amostra em estudo; os que prestam cuidados ao seu cônjuge; aqueles que assumiram esta função entre 6 e 18 meses, ainda que a maioria tenha admitido que o fazem por iniciativa própria; os que têm um nível de funcionalidade familiar mais baixa; aqueles que vivem em vilas; os sujeitos com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos; os participantes com menor rendimento mensal. Houve participantes a revelarem sentimentos positivos, ou seja, nas dimensões que correspondem a forças positivas da escala obtiveram médias elevadas, denotando integrar aspetos que os capacitam ou facilitam continuar a enfrentar os problemas decorrentes do desempenho desse papel; presença do reconhecimento e do apoio da família perante acontecimentos provocados pela situação de doença e de adaptação do familiar, bem como sentimentos e emoções positivas decorrentes do desempenho do papel de cuidador e da relação afetiva estabelecida entre ambos. Conclusões: Perante a importância que os cuidadores informais assumem na prestação de cuidados ao idoso dependente, estes devem ser alvo de atenção de modo a promover a sua qualidade de vida e dos cuidados prestados ao idoso. Por isso, urge cuidar de quem cuida. Palavras-chave: Sobrecarga; estratégias de coping; cuidadores informais; idosos dependentes.
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