Efeito da aplicação de glicina e betaína na atividade fotossintética da oliveira em regime de sequeiro

• Main Author: Martins, Sandra
• Publication Date: 2017
• Other Authors: Silva, Ermelinda, Gonçalves, Alexandre, Brito, Cátia, Rocha, Luís, Pinto, Luís, Pavia, Ivo, Ferreira, Helena, Dinis, Lia Tânia, Luzio, Ana, Rodrigues, M.A., Moutinho-Pereira, José, Correia, Carlos M.
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/10198/15541
• topic: Fisiologia oliveira; Bioestimulantes; Défice hídrico; Fotossíntese; Olea europaea; Trocas gasosas

A oliveira [Olea europaea L.) é uma espécie que frequentemente se encontra sujeita a longos períodos de seca e altas temperaturas, o que afeta a sua atividade fisiológica e, consequentemente, a sua produtividade. A glicina betaína é um importante soluto orgânico que apresenta um papel crucial na tolerância das plantas a alguns tipos de stresse/ incluindo o défice hídrico, por estar envolvido em processos como ajustamento osmótico, destoxificação de espécies reativas de oxigénio e proteção de macromoléculas, sendo também reserva de carbono e fonte de azoto. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da aplicação foliar de glicina betaína (25 mM) na atividade fotossintética de oliveiras (cv. Cobrançosa) em plena produção, cultivadas em regime de sequeiro na Terra Quente Transmontana (Suçães, Mirandela). A aplicação do bioestimulante foi efetuada no início do verão e a atividade fisiológica, centrada nas trocas gasosas e no estado hídrico, foi avaliada ao longo dos 3 meses seguintes. A aplicação de glicina betaína conduziu, em julho, a um aumento da taxa de fotossíntese e da eficiência intrínseca do uso da água durante o período da manha, e da condutância estomática durante a tarde. Por outro lado, as plantas tratadas com bioestimulante apresentaram aumento do conteúdo relativo em água no mês de agosto. Os resultados sugerem que a aplicação de glicina betaína provocou um aumento da atividade fisiológica a curto prazo, verificando-se perda de efeito a o longo do tempo. Justifíca-se a necessidade de estudos futuros no sentido de otimizar a concentração e o número de aplicações deste metabolito para obter uma melhor performance da oliveira em condições de sequeiro.