O autoconceito e motivação em adolescentes do 3º ciclo
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Publication Date: | 2018 |
Other Authors: | , |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.15/2137 |
Summary: | O presente estudo quantitativo tem por objetivo aferir a existência de melhorias no que diz respeito ao autoconceito e motivação em adolescentes do 3º ciclo do ensino básico em duas escolas portuguesas no ano letivo 2016/17. Foi considerada uma amostra com 86 alunos sendo assegurada a confidencialidade e o anonimato dos participantes. O sexo masculino foi predominante (51,2%) e verificou-se que 29,1% dos inquiridos são repetentes. Foram utilizados para essa finalidade dois instrumentos distintos adaptados à população portuguesa: Self-Description Questionnaire -SDQ1 de Marsh (Faria & Fontaine, 1990) e o Questionário de Motivação Escolar - QME (Cordeiro, 2010). Os questionários foram ministrados a dois grupos em dois momentos distintos. Os grupos considerados foram: um grupo experimental constituído por estudantes submetidos ao Programa para o Desenvolvimento Motivacional de Autorrealização P-DMAR (Fonseca, Galinha e Loureiro, 2017) e um grupo controlo, com características análogas ao grupo anterior exceto no que diz respeito à participação no programa. Os horizontes temporais considerados foram: antes e após a participação no P-DMAR. De forma sintética, o P-DMAR procura, relativamente aos alunos, a estimulação de competências pessoais e sociais no dominio das dinâmicas identitárias e motivacionais para a redução de indisciplina e aumento do sucesso académico. A literatura revisitada aponta para a importância do estudo do autoconceito na competência dos alunos nos seguintes domínios: matemática, verbal, assuntos escolares, relacionamento com os pares e pais, aparência e física. Estes domínios consubstanciam a construção da identidade dos adolescentes com influência no seu desenvolvimento bio-psico-social. Simões e Vaz Serra (1987) e Simões (1997) referem a influência do autoconceito no desempenho escolar. A pertinência destes domínios por si só justifica o estudo agora em apreço. Por outro lado, a consciencialização da relevância e interligação do autoconceito com a motivação tem conduzido a inúmeros estudos (Fonseca, Galinha & Loureiro, 2017) com o objetivo de descobrir como envolver os alunos nas tarefas escolares de forma voluntária e consciente das suas potencialidades e importância para o seu futuro. O segundo instrumento utilizado, QME, avalia a dinâmica motivacional no contexto de aprendizagem, seus processos e estratégias, em particular nos alunos do ensino básico. Nele, destacam-se seis dimensões: estratégias, objetivos extrínsecos do professor, objetivos extrínsecos do aluno com regulação externa, objetivos intrínsecos do professor, objetivos extrínsecos do aluno com regulação interna e objetivos intrínsecos do aluno. Considerando que as perceções pessoais conduzem a um comportamento motivado Cabanach, Arias, Pérez & González-Pienda, 1996) é relevante estudar a motivação e sua interligação com o autoconceito dos alunos. A metodologia estatística recaiu nos testes de hipótese para amostras emparelhadas, nomeadamente: o teste T-Pares (paramétrico) e nos testes de Wilcoxon e dos Sinais (não-paramétricos). Foi fixado um nível designificância α=5%. Os resultados foram: (i) no SDQ1 verificou-se um aumento estatisticamente significativo do autoconceito no grupo experimental nas diversas competências em análise; (ii) verificou-se uma melhoria estatisticamente significativa nas seis dimensões avaliadas no QME no grupo experimental em oposição ao grupo controlo (valores p<0.01). |
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