Deus e o Diabo no Grande Sertão: Veredas: Uma Leitura Antimaniqueísta
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Publication Date: | 2014 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.19/2700 |
Summary: | O presente trabalho, vinculando literatura e filosofia, objetiva analisar a relação dualista existente entre Deus e o Diabo no Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, procurando contrastar uma interpretação maniqueísta que comumente se faz, haja vista não estarem bem definidos e delimitados esses dois signos na narrativa em questão. Por meio de repetições contraditórias, Riobaldo, o narrador-protagonista, questiona a existência e a atuação/operância dessas forças que perpassam as mesmas veredas. Deus existe, porém é muito passivo, deixando quase todo o protagonismo para o ser humano, detentor da liberdade. E o Diabo, paradoxalmente, amedronta, mas não existe: a despeito de sugerir uma dimensão metafísico-ontológica, surge como algo demasiado humano, representação das más ações humanas. Inconformado, Riobaldo insiste em reclamar uma justa separação entre o que é bom e o que é mau, mas não consegue, pois está tudo muito misturado. Assim, pretendemos demonstrar que não há maniqueísmo nessa tessitura porque não há um dualismo radical na concepção do Bem e do Mal; não se constituem como absolutamente distinto-antagônicos. |
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O presente trabalho, vinculando literatura e filosofia, objetiva analisar a relação dualista existente entre Deus e o Diabo no Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, procurando contrastar uma interpretação maniqueísta que comumente se faz, haja vista não estarem bem definidos e delimitados esses dois signos na narrativa em questão. Por meio de repetições contraditórias, Riobaldo, o narrador-protagonista, questiona a existência e a atuação/operância dessas forças que perpassam as mesmas veredas. Deus existe, porém é muito passivo, deixando quase todo o protagonismo para o ser humano, detentor da liberdade. E o Diabo, paradoxalmente, amedronta, mas não existe: a despeito de sugerir uma dimensão metafísico-ontológica, surge como algo demasiado humano, representação das más ações humanas. Inconformado, Riobaldo insiste em reclamar uma justa separação entre o que é bom e o que é mau, mas não consegue, pois está tudo muito misturado. Assim, pretendemos demonstrar que não há maniqueísmo nessa tessitura porque não há um dualismo radical na concepção do Bem e do Mal; não se constituem como absolutamente distinto-antagônicos. |
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