Intoxicação pelo paraquat. Casuística dum serviço de Medicina Interna
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Publication Date: | 1996 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | https://hdl.handle.net/10316/11853 |
Summary: | Os autores apresentam uma análise retrospectiva dos casos de intoxicação por paraquat internados num serviço de Medicina Interna dum hospital central. O estudo engloba um período de 7,5 anos, incluindo 26 casos, 16 homens e 10 mulheres, com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos. O tempo médio decorrido entre a ingestão do tóxico e a prestação dos primeiros cuidados médicos foi, nos doentes que recorreram nas primeiras 24 horas, de 1,8 horas, havendo 3 que só mais tarde recorreram ao hospital. As quantidades de tóxico ingeridas foram calculadas segundo os dados fornecidos pelos doentes e mostraram uma grande dispersão, tendo, no entanto, a maior parte deles ingerido entre 20 e 100 ml. Durante o internamento, faleceram 13 doentes (50%), que tiveram uma sobrevivência média de 7 dias. Os restantes 13 doentes tiveram alta hospitalar, tendo uma sobrevivência média conhecida de 10 meses. Foram comparados entre si os grupos dos doentes falecidos e dos sobreviventes, concluindo-se que o factor decisivo para a mortalidade foi a quantidade de tóxico ingerida. O aparecimento de dispneia, oligúria ou icterícia foi indicador de mau prognóstico, enquanto os valores laboratoriais, à entrada no Serviço de Urgência, de LDH, TGO e pCO2 estavam significativamente mais alterados nos doentes que vieram a falecer. Quando a dose ingerida foi elevada, as medidas terapêuticas, mesmo as mais agressivas, não alteraram o curso da doença. Finalmente, os autores discutem os resultados encontrados, comparando-os com os de outros estudos. |
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Intoxicação pelo paraquat. Casuística dum serviço de Medicina InternaParaquat poisoning in amedical wardParaquatIntoxicaçãoOs autores apresentam uma análise retrospectiva dos casos de intoxicação por paraquat internados num serviço de Medicina Interna dum hospital central. O estudo engloba um período de 7,5 anos, incluindo 26 casos, 16 homens e 10 mulheres, com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos. O tempo médio decorrido entre a ingestão do tóxico e a prestação dos primeiros cuidados médicos foi, nos doentes que recorreram nas primeiras 24 horas, de 1,8 horas, havendo 3 que só mais tarde recorreram ao hospital. As quantidades de tóxico ingeridas foram calculadas segundo os dados fornecidos pelos doentes e mostraram uma grande dispersão, tendo, no entanto, a maior parte deles ingerido entre 20 e 100 ml. Durante o internamento, faleceram 13 doentes (50%), que tiveram uma sobrevivência média de 7 dias. Os restantes 13 doentes tiveram alta hospitalar, tendo uma sobrevivência média conhecida de 10 meses. Foram comparados entre si os grupos dos doentes falecidos e dos sobreviventes, concluindo-se que o factor decisivo para a mortalidade foi a quantidade de tóxico ingerida. O aparecimento de dispneia, oligúria ou icterícia foi indicador de mau prognóstico, enquanto os valores laboratoriais, à entrada no Serviço de Urgência, de LDH, TGO e pCO2 estavam significativamente mais alterados nos doentes que vieram a falecer. Quando a dose ingerida foi elevada, as medidas terapêuticas, mesmo as mais agressivas, não alteraram o curso da doença. Finalmente, os autores discutem os resultados encontrados, comparando-os com os de outros estudos.The authors present a retrospective study of paraquat poisoning cases admitted at an Internal Medicine department of a central hospitaL This analysis includes a 7.5 years period, involving 26 cases, with male sex predominance (16 patients) and ages between 16 and 74 years old. The mean time elapsed between the toxic ingestion andfirst health care was 1,8 hours ifthey were admiUed in the first 24 hours; three patients arrived later to the hospitaL The quantities of poison ingested were variable, but more frequently between 20 and 100 mL Thirteen in-patients were death while the other 13 were discharged from hospital with good health (known middle survivai time of 10 months). The 2 groups were compared and the single prognostic factor was the ingested quantity ofparaquat. Dyspnea, oliguria andjaundice were the clinical manifestations with prognostic value, while values of LDH, AST and p02 (at admission on Urgency Room) were also prognostic indicators. Any medical measure seemed to modify the disease course when a high dose was ingested.Sociedade Portuguesa de Medicina Interna1996-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://hdl.handle.net/10316/11853https://hdl.handle.net/10316/11853porMedicina Interna. 3:2 (1996) 74-800872-671XSantos, José ManuelSantos, ArsénioSimão, AdéliaAlmiro, EuricoSevero, FranciscoPorto, Armandoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2021-05-25T07:35:56Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/11853Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T04:54:59.577633Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Os autores apresentam uma análise retrospectiva dos casos de intoxicação por paraquat internados num serviço de Medicina Interna dum hospital central. O estudo engloba um período de 7,5 anos, incluindo 26 casos, 16 homens e 10 mulheres, com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos. O tempo médio decorrido entre a ingestão do tóxico e a prestação dos primeiros cuidados médicos foi, nos doentes que recorreram nas primeiras 24 horas, de 1,8 horas, havendo 3 que só mais tarde recorreram ao hospital. As quantidades de tóxico ingeridas foram calculadas segundo os dados fornecidos pelos doentes e mostraram uma grande dispersão, tendo, no entanto, a maior parte deles ingerido entre 20 e 100 ml. Durante o internamento, faleceram 13 doentes (50%), que tiveram uma sobrevivência média de 7 dias. Os restantes 13 doentes tiveram alta hospitalar, tendo uma sobrevivência média conhecida de 10 meses. Foram comparados entre si os grupos dos doentes falecidos e dos sobreviventes, concluindo-se que o factor decisivo para a mortalidade foi a quantidade de tóxico ingerida. O aparecimento de dispneia, oligúria ou icterícia foi indicador de mau prognóstico, enquanto os valores laboratoriais, à entrada no Serviço de Urgência, de LDH, TGO e pCO2 estavam significativamente mais alterados nos doentes que vieram a falecer. Quando a dose ingerida foi elevada, as medidas terapêuticas, mesmo as mais agressivas, não alteraram o curso da doença. Finalmente, os autores discutem os resultados encontrados, comparando-os com os de outros estudos. |
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