A presença da obra de Rogério de Azevedo na fotografia de Teófilo Rego
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Publication Date: | 2015 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/10428 |
Summary: | Quando em 1953 Carlos Ramos organiza a exposição de homenagem a Marques da Silva, procurava fixar uma genealogia da ESBAP, uma filiação entre diversas gerações, tanto pedagógica como arquitectónica. Tal exposição reunindo obras do Mestre e de 30 dos seus discípulos continha 120 fotografias realizadas por Teófilo Rego (1914-1993). Rogério de Azevedo fez-se representar por nove obras expressivamente representativas do seu trabalho desde o final dos anos 20 até meados da década de 40. Entre as várias fotografias expostas, as dos Edifícios do Jornal e da Garagem O Comércio do Porto revelam um (re)enquadramento centrado nos edifícios enquanto o céu dramatiza as imagens e a luz modela de forma clarificadora a composições dos alçados. São fotos com pouco chão mas com presença humana. Estão mais próximas do instantâneo que da foto de composição calculada e limpa. O mesmo se pode dizer das várias fotos realizados do Edifício Maurício Rialto ou do Hotel Infante de Sagres. Teófilo Rego interessa-se pelo espaço público, explora diferentes pontos de vista, diferentes lentes e até novos enquadramentos sobre os negativos realizados. Ao contrário de Domingos Alvão (1872-1946) e de Marques Abreu (1879-1958), representante de uma corrente naturalista/pictoralista que não manipulava negativos ou positivos, em Teófilo Rego a manipulação dos negativos e positivos e as impressões não respeitando a integralidade dos originais era praticada. O seu especial entendimento da volumetria e dos espaços, a atenção aos detalhes, sem no entanto estar confinado à preocupação de uma fotografia de ordem documental conducente aos estudos da arte é uma constante do seu trabalho. Não se esgota nas fotos realizadas para a exposição o encontro de Teófilo Rego com a obra de Rogério de Azevedo. No entanto, a exposição constitui o único momento em que talvez seja possível identificar uma relação profissional, se a houve, entre os dois. |
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