Alexitimia e avaliação da valência e arousal de expressões emocionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedro, Tânia Margarida Jesus
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/12764
Resumo: A alexitimia foi inicialmente definida por Sifneos em 1975, na qual o indivíduo apresenta dificuldades na identificação e descrição de sentimentos, assim como um pensamento direcionado para o exterior (Sifneos, 1975, pg. 67, cit. por Grynberg et al., 2012). Este estudo tem como objetivo avaliar a influência de níveis de alexitimia na identificação e avaliação de expressões faciais de emoção. Deste modo foi utilizado um modelo categorial de emoções básicas (identificação de emoções) e um modelo dimensional – Modelo Circumplexo do Afeto (utilização das dimensões de valência e arousal). Neste estudo participaram 84 estudantes da Universidade de Aveiro, tendo sido utilizadas como medidas de autorrelato a TAS-20, a EARCDE e o QRE. Os resultados parecem indicar que indivíduos com características de alexitimia apresentam dificuldades na identificação de, nomeadamente, emoções de medo, surpresa, raiva e faces neutras e de raiva, parecendo também existir uma influência negativa quando os pensamentos são direcionados para o ambiente externo. Importa referir que foram visíveis diferenças significativas entre participantes com baixos e elevados níveis na TAS-20 na identificação incorreta de faces neutras e de raiva como sendo de medo. Quanto aos resultados obtidos com a EARCDE, estes não foram ao encontro do esperado, contudo sugere-se que estes poderão ter sido negativamente afetados pelos erros gerados na identificação das emoções. Relativamente à capacidade do indivíduo em regular as próprias emoções, verificou-se uma relação positiva com a percentagem de acertos das emoções, pressupondo-se que indivíduos com características de alexitimia poderão apresentar dificuldades a este nível, uma vez que evidenciaram dificuldades em identificar emoções. Por último, não se verificaram diferenças entre indivíduos com baixos e elevados níveis de alexitimia na TAS-20, relativamente à avaliação das emoções nas dimensões de valência e arousal, o que poderá indicar que alexitimicos apresentam, principalmente um défice a nível categorial. Este estudo contribui para uma melhor compreensão da influência das capacidades de diferenciação e regulação emocional na avaliação de faces, assim como um maior conhecimento das dificuldades de estudantes universitários com características de alexitimia.
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Os resultados parecem indicar que indivíduos com características de alexitimia apresentam dificuldades na identificação de, nomeadamente, emoções de medo, surpresa, raiva e faces neutras e de raiva, parecendo também existir uma influência negativa quando os pensamentos são direcionados para o ambiente externo. Importa referir que foram visíveis diferenças significativas entre participantes com baixos e elevados níveis na TAS-20 na identificação incorreta de faces neutras e de raiva como sendo de medo. Quanto aos resultados obtidos com a EARCDE, estes não foram ao encontro do esperado, contudo sugere-se que estes poderão ter sido negativamente afetados pelos erros gerados na identificação das emoções. Relativamente à capacidade do indivíduo em regular as próprias emoções, verificou-se uma relação positiva com a percentagem de acertos das emoções, pressupondo-se que indivíduos com características de alexitimia poderão apresentar dificuldades a este nível, uma vez que evidenciaram dificuldades em identificar emoções. Por último, não se verificaram diferenças entre indivíduos com baixos e elevados níveis de alexitimia na TAS-20, relativamente à avaliação das emoções nas dimensões de valência e arousal, o que poderá indicar que alexitimicos apresentam, principalmente um défice a nível categorial. Este estudo contribui para uma melhor compreensão da influência das capacidades de diferenciação e regulação emocional na avaliação de faces, assim como um maior conhecimento das dificuldades de estudantes universitários com características de alexitimia.Alexithymia was originally defined by Sifneos in 1975, in which the individual with characteristics of alexithymia has difficulty in identifying and describing feelings, as well as an outwardly directed thoughts (Sifneos, 1975, pg. 67, cit. por Grynberg et al., 2012). This study aims to evaluate the influence of levels of alexithymia in the identification and evaluation of facial expressions of emotion. This way a categorical model of basic emotions (identifying emotions) and a dimensional model was used - Circumplex model of Affection (using the dimensions valence and arousal). This study involved 84 students of the University of Aveiro, having been used as self-report measures of the TAS- 20, the EARCDE and QRE. The results seem to indicate that individuals with characteristics of alexithymia have difficulty identifying in particular the emotions of fear, surprise, anger, and neutral faces and rage, appearing also be a negative influence when thoughts are directed to the external environment. It should be noted that significant differences were visible between participants with low and high levels in the TAS- 20 in the incorrect identification of neutral faces as being angry and afraid. As for the results obtained from the EARCDE, these did not meet expectations, however it is suggested that these may have been negatively affected by the errors generated in the identification of emotions. Regarding individual's capacity to regulate their own emotions, there was a positive relationship with the percentage of correct emotions, assuming that individuals with characteristics of alexithymia may be difficult at this level, since it showed difficulties in identifying emotions. Finally, no differences were found between individuals with low and high levels of alexithymia in the TAS- 20, regarding the assessment of emotions in the dimensions of valence and arousal, which may indicate that alexithymic feature, especially a deficit categorical level. This study contributes to a better understanding of the influence of the capacity for differentiation and emotion regulation in the evaluation of faces, as well as a greater understanding of the difficulties of college students with characteristics of alexithymia.Universidade de Aveiro2014-11-05T15:19:02Z2013-01-01T00:00:00Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/12764TID:201595133porPedro, Tânia Margarida Jesusinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-05-06T03:51:27Zoai:ria.ua.pt:10773/12764Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T13:48:47.849909Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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