Porque concorrem as mulheres à PSP e que desafios pensam enfrentar? fatores motivacionais de ingresso na carreira e perceção dos desafios futuros no exercício de funções na carreira de Agente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diogo, Sandra Isabel Maurício
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/54397
Resumo: A Polícia de Segurança Pública (PSP) apresenta baixos níveis de representatividade de mulheres na carreira de Agente de Polícia. Não obstante a PSP ter sido a primeira Força de Segurança a integrar mulheres nas suas fileiras, nomeadamente em 1972 com o ingresso de 273 mulheres (Rodrigues, 2018), a sua representatividade atual face ao total dos efetivos é ainda substancialmente baixa, situando-se em 9,2% o total de mulheres na carreira de Agente de Polícia, de acordo com os dados do Balanço Social da PSP de 2023 (PSP, 2024). No mais recente Curso de Formação de Agentes (19º CFA), que iniciou em novembro de 2023 na Escola Prática de Polícia (EPP), o grupo de alunos do sexo feminino correspondeu a 16% do total de formandos. Esta baixa representatividade não encontra paralelo na população portuguesa, já que as mulheres representam 52,4% da população, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE, 2024)1 . Para perceber as razões por detrás deste desequilíbrio, estudámos as principais motivações das mulheres que concorreram mais recentemente à PSP, em concreto deste 19º CFA, dado que aí poderá residir a explicação para a baixa atratividade desta carreira para as mulheres. Para alcançar este objetivo, aplicámos um inquérito por questionário aos alunos do 19º CFA, de modo a obtermos dados atuais, com possibilidade de comparar as respostas entre alunos do sexo feminino e masculino, relativamente ao que as poderá ter levado a concorrer à PSP, bem como relativamente às perceções que possuem relativamente aos desafios do exercício futuro em funções policiais, enquanto ainda potenciais candidatas a integrar a carreira de Agente, em concreto acerca: da sua aceitação interna, progressão na carreira, satisfação pessoal e conciliação vida familiar/trabalho. Foram colocadas também questões acerca dos aspetos que identificam como mais favoráveis e mais desfavoráveis na carreira de Agente de Polícia, que irão integrar. Os resultados observados indicaram que as mulheres concorrem à Polícia pelo desejo de ajudar os outros e servir a comunidade. No que respeita aos desafios que percecionam para o futuro prendem-se com a falta de respeito e aceitação dos pares masculinos, bem como com a falta de oportunidades de progressão na carreira, sobretudo após a maternidade. Indicaram também que a possibilidade de ajudar o outro, o trabalho em equipa e a diversidade funcional são os aspetos que visualizam como mais favoráveis desta carreira para as mulheres, e nos aspetos mais negativos apontaram a falta de respeito da sociedade, o baixo salário, o perigo e o stress do trabalho policial, bem como e as dificuldades de conciliação com a vida familiar.
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