Aquisição  de  competências  relacionais     pelos  estudantes  de   enfermagem

• Main Author: Zangão, Otília
• Publication Date: 2014
• Other Authors: Mendes, Felismina
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/10174/17642
• topic: Competências relacionais; estudantes de enfermagem

O desenvolvimento de competências relacionais é antes de mais um “processo de transformação individual na tripla dimensão do saber (conhecimentos), saber-fazer (habilidades) e do saber-ser (atitudes e valores éticos) ”(Dias, 2006: 14). Lopes (2011) salienta no seu estudo que a relação é especialmente importante, nomeadamente porque são os enfermeiros os que permanecem em contacto mais tempo com os utentes e por outro lado este contacto adquire em diversas circunstâncias um grau de intimidade inquietante. Portanto a relação estudante/utente não implica necessariamente uma presença constante, mas sim uma presença atenta durante todo o processo de cuidar. Refletir sobre o processo de aquisição de competências relacionais na preservação da intimidade, pelos estudantes do 1º ciclo de enfermagem. Metodológicamente foi realizada a combinação simultânea de métodos de investigação de natureza quantitativa e qualitativa, “porque acontece que os tipos de conhecimento que eles permitem adquirir se completam” (Fortin, 2009: 34), Questionário (estudantes); ICRA (estudantes); Observação não-participante (estudantes) e Entrevista semiestruturada (docentes). As suas respostas foram analisadas com recurso ao Software IBM® SPSS® Statistic (Statistical Package for Social Sciences) e da técnica de análise de conteúdo com recurso ao Software webQDA Software de Apoio à Análise Qualitativa versão 1.4.3 e ao Software Alceste 2010 (Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensenble de Segments de Texte). No decurso deste estudo, obtivemos dados que nos permitiram entender a influência do processo de ensino-aprendizagem do estudante na aquisição e desenvolvimento das competências relacionais e na preservação da intimidade durante o processo de cuidar, articulando diferentes ambientes de recolha de dados, assim como diferentes abordagens de tratamento dos dados. É nossa convicção que a formação de enfermeiros assenta num modelo de desenvolvimento humano e parece-nos que ao propormos um modelo de bases teórico-metodológicas nesta dimensão das competências permite um ensino contextualizado numa realidade atual junto dos utentes a quem prestamos cuidados humanizados.