A relação entre a reserva cognitiva e as funções executivas no envelhecimento saudável

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serafim, Filipa Alexandra Rodrigues Pereira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/28288
Resumo: Fundamentação Teórica: O declínio cognitivo é um fenómeno que acompanha o envelhecimento mesmo na ausência de doença neurológica. O modelo de Reserva Cognitiva postula que diferenças individuais ao nível do processamento cognitivo e da capacidade de restruturação neuronal levam a que algumas pessoas consigam lidar melhor com o processo de envelhecimento do que outras. O Cognitive Reserve Índex questionnaire (CRIq) propõe avaliar a Reserva Cognitiva de forma objectiva utilizando três dos domínios usados na conceptualização da reserva: o nível de escolaridade, a ocupação profissional e as actividades de tempo livre. No presente estudo, pretendemos estudar a relação entre os domínios do trabalho e do tempo livre da Reserva Cognitiva e os mecanismos do funcionamento executivo, bem como estudar a contribuição do CRIq para a avaliação da Reserva Cognitiva. Metodologia: A amostra por conveniência deste estudo transversal foi composta por 45 participantes cognitivamente saudáveis, com idades compreendidas entre os 50 e os 81 anos e sem antecedentes pessoais relevantes. Após uma entrevista clínica breve foram administrados alguns instrumentos que permitem avaliar domínios do funcionamento executivo: o Digit-Symbol substituto test, o Digit-Span, o Stroop Test, o Trail Making Test e o CRIq. Resultados: Verificamos que as pontuações brutas do CRI-Escola, CRITrabalho e CRI-Tempo Livre não se correlacionam com os mecanismos do funcionamento executivo, quando controlado o efeito do nível de escolaridade e da idade. Considerando os resultados obtidos não foi possível verificar se o CRITrabalho e o CRI-Tempo Livre permitiam prever o desempenho dos participantes nas provas de funções executivas. Conclusão: Na literatura tem sido demonstrado que os sujeitos que acumulam experiências de vida mais estimulantes parecem apresentar um melhor desempenho cognitivo numa idade mais avançada. Porém, os resultados do presente estudo não corroboram a literatura, demonstraram sim que as medidas de Reserva Cognitiva poderão ser suportadas sobretudo pelo nível de escolaridade e pela idade, que quando controlados não apresentam nenhuma correlação com as provas administradas. Por fim, a validação e adaptação cultural do CRIq para a população portuguesa parece ser bastante relevante.
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