Paralisia Facial Periférica

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Main Author: Cunha, Sandra Catarina Neto da
Publication Date: 2018
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.6/8359
Summary: A Paralisia Facial Periférica (PFP), resultante da disfunção do nervo facial (NF), é a patologia mais comum associada a lesão dos nervos cranianos. Esta pode ser primária ou secundária a outras patologias subjacentes, como é o caso de doenças infeciosas (varicela zoster e doença de Lyme), tumores e traumatismos. A etiologia mais comum é a primária (correspondendo a cerca de 75% dos casos), sendo o exemplo mais emblemático a paralisia idiopática, também conhecida como paralisia de Bell (PB). A PFP, na sua forma mais comum, é mais incidente entre os 30 e os 50 anos, apresentando um segundo pico entre 60 e os 70 anos. Manifesta-se em ambos os sexos e não se verifica um predomínio na hemiface afetada. O início pode ser abrupto ou progressivo. As manifestações clínicas são bastante variadas, destacando-se a fraqueza ou paralisia muscular (que pode ser uni ou bilateral), desvio da comissura labial, apagamento do sulco nasolabial e das pregas da testa, incapacidade de fechar completamente um dos olhos, fenómeno de Bell, perda do paladar nos 2/3 anteriores da língua, hiperacusia e diminuição da produção das glândulas salivares e da glândula lacrimal. O diagnóstico é essencialmente baseado na história clínica, na sintomatologia e no exame físico. Quando há dúvidas no estabelecimento do diagnóstico, mais comuns quando a etiologia é secundária a outras causas subjacentes, recorre-se aos meios complementares, como os testes eletrofisiológicos, os exames de imagem e outros testes que se considerem úteis, tendo em conta a patologia subjacente. Apesar de a maioria dos casos (cerca de 80-85%) serem benignos e resolverem-se completa e espontaneamente ao fim de algum tempo, existe uma pequena percentagem de casos que necessitam de tratamento. Este ainda é controverso e existem várias terapias, cuja eficácia precisa de mais estudos. Contudo, é consensual o recurso à fisioterapia e à corticoterapia sistémica que, no caso das infeções virais, deve-se associar-se aos agentes antivirais. Quando estas terapias falham pode haver a necessidade de recorrer à toxina botulínica ou à cirurgia. Cerca de 15 a 20% dos pacientes ficam com sequelas e em 5% dos casos elas são graves.
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As manifestações clínicas são bastante variadas, destacando-se a fraqueza ou paralisia muscular (que pode ser uni ou bilateral), desvio da comissura labial, apagamento do sulco nasolabial e das pregas da testa, incapacidade de fechar completamente um dos olhos, fenómeno de Bell, perda do paladar nos 2/3 anteriores da língua, hiperacusia e diminuição da produção das glândulas salivares e da glândula lacrimal. O diagnóstico é essencialmente baseado na história clínica, na sintomatologia e no exame físico. Quando há dúvidas no estabelecimento do diagnóstico, mais comuns quando a etiologia é secundária a outras causas subjacentes, recorre-se aos meios complementares, como os testes eletrofisiológicos, os exames de imagem e outros testes que se considerem úteis, tendo em conta a patologia subjacente. Apesar de a maioria dos casos (cerca de 80-85%) serem benignos e resolverem-se completa e espontaneamente ao fim de algum tempo, existe uma pequena percentagem de casos que necessitam de tratamento. Este ainda é controverso e existem várias terapias, cuja eficácia precisa de mais estudos. Contudo, é consensual o recurso à fisioterapia e à corticoterapia sistémica que, no caso das infeções virais, deve-se associar-se aos agentes antivirais. Quando estas terapias falham pode haver a necessidade de recorrer à toxina botulínica ou à cirurgia. Cerca de 15 a 20% dos pacientes ficam com sequelas e em 5% dos casos elas são graves.Peripheral Facial Paralysis (PFP), resulting from facial nerve (NF) dysfunction, is the most common pathology associated with cranial nerve injury. This may be primary or secondary to other underlying conditions, such as infectious diseases (varicella zoster and Lyme disease), tumors and trauma. The most common etiology is primary (corresponding to about 75% of cases), the most emblematic example being idiopathic paralysis, also known as Bell's palsy (PB). Peripheral facial paralysis, in its most common form, is more frequent between 30 and 50 years, presenting a second peak between 60 and 70 years. It manifests in both sexes and there is no predominance in the hemiface affected The onset tends to be abrupt or progressive. The clinical manifestations are quite varied, such as muscle weakness or paralysis (which can be unilateral or bilateral), deviation of the labial commissure, elimination of the nasolabial sulcus and forehead folds, inability to completely close one eye, Bell's phenomenon , loss of taste in the anterior 2/3 of the tongue, hyperacusis, and decreased production of the salivary glands and lacrimal gland. The diagnosis is essentially based on clinical history, symptomatology and physical examination. When more diagnostic doubts arise when the etiology is secondary to other underlying causes, complementary means such as electrophysiological tests, imaging and imaging tests are considered useful in view of the underlying pathology. Although most cases (about 80-85%) are benign and resolve spontaneously after some time, there is a percentage of cases that need treatment. This is still controversial and there are several therapies, whose effectiveness needs more studies. However, it is consensual to physiotherapy and systemic corticosteroid therapy that in the case of viral infections, antiviral agents must be added. When these therapies fail there may be a need to resort to botulinum toxin or surgery. About 15-20% of patients have sequelae and in 5% of cases they are severe.Álvarez Pérez, Francisco JoséuBibliorumCunha, Sandra Catarina Neto da2020-01-15T17:06:18Z2018-03-82018-05-072018-05-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8359urn:tid:202363015porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-11T15:44:21Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8359Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:28:41.204996Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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