Biorremediação de solos contaminados com produtos petrolíferos
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Publication Date: | 2010 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.22/2380 |
Summary: | O objectivo principal deste trabalho consistiu no estudo da eficiência da biorremediação de solos contaminados separadamente com benzeno, tolueno e etilbenzeno, utilizando exclusivamente os microrganismos nativos do solo. Nesse sentido foi estudada a influência de alguns parâmetros, tais como a concentração dos contaminantes no solo e o teor de matéria orgânica (MO). Outros objectivos mais específicos, tidos em conta no desenvolvimento deste tema, foram: i) o desenvolvimento de uma metodologia que permita identificar o ponto em que se pode considerar que o solo está descontaminado; ii) determinar o tempo de biorremediação de solos contaminados com esses poluentes. O trabalho apresentado surge na sequência de um projecto que visava a remediação de solos contaminados com compostos orgânicos voláteis através da extracção de vapor (EV). Neste estudo a EV mostrou-se, em alguns solos, incapaz de atingir os limites legais para cada um dos contaminantes utilizados. No desenvolvimento deste trabalho, realizaram-se ensaios com benzeno, tolueno e etilbenzeno, utilizando os microrganismos nativos do solo, como as bactérias e os fungos, para degradar biologicamente os contaminantes remanescentes no solo após a EV. Estes ensaios envolveram solos com dois teores de MO (14 e 24%). Nos ensaios com benzeno experimentaram-se níveis de contaminação entre 70 e 120 mg kg-1 no solo com teor de MO de 14%, e concentrações entre 96 e 170 mg kg-1 no solo com 24% de MO. Os ensaios com tolueno foram efectuados exclusivamente no solo com teor de MO de 24%, com níveis de contaminação entre 319 e 392 mg kg-1. No caso do etilbenzeno, foi testada a biorremediação no solo com um teor de MO igual a 14% com níveis de contaminação de 235 e 335 mg kg-1 e no solo com teor de MO de 24% com níveis de contaminação entre 154 e 744 mg kg-1. O trabalho permitiu concluir que: i) dentro de determinados níveis de contaminação no solo, os microrganismos nativos do solo mostraram a capacidade de degradar o benzeno, tolueno e etilbenzeno (concentrações de etilbenzeno no solo acima de 154 mg kg-1 tornaram-se tóxicas para os microrganismos os quais, possivelmente ficaram inibidos de degradar o contaminante); ii) os ensaios realizados com o solo com 24% de MO apresentaram tempos de biorremediação mais curtos pois, nestes solos, o número de microrganismos é superior o que aumenta a capacidade degradativa do solo; iii) o tempo de biorremediação é directamente proporcional à concentração de contaminante no solo; e iv) a técnica de biorremediação, demonstrou ser eficiente na degradação dos contaminantes e por isso, será uma boa técnica para complementar a EV. |
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O objectivo principal deste trabalho consistiu no estudo da eficiência da biorremediação de solos contaminados separadamente com benzeno, tolueno e etilbenzeno, utilizando exclusivamente os microrganismos nativos do solo. Nesse sentido foi estudada a influência de alguns parâmetros, tais como a concentração dos contaminantes no solo e o teor de matéria orgânica (MO). Outros objectivos mais específicos, tidos em conta no desenvolvimento deste tema, foram: i) o desenvolvimento de uma metodologia que permita identificar o ponto em que se pode considerar que o solo está descontaminado; ii) determinar o tempo de biorremediação de solos contaminados com esses poluentes. O trabalho apresentado surge na sequência de um projecto que visava a remediação de solos contaminados com compostos orgânicos voláteis através da extracção de vapor (EV). Neste estudo a EV mostrou-se, em alguns solos, incapaz de atingir os limites legais para cada um dos contaminantes utilizados. No desenvolvimento deste trabalho, realizaram-se ensaios com benzeno, tolueno e etilbenzeno, utilizando os microrganismos nativos do solo, como as bactérias e os fungos, para degradar biologicamente os contaminantes remanescentes no solo após a EV. Estes ensaios envolveram solos com dois teores de MO (14 e 24%). Nos ensaios com benzeno experimentaram-se níveis de contaminação entre 70 e 120 mg kg-1 no solo com teor de MO de 14%, e concentrações entre 96 e 170 mg kg-1 no solo com 24% de MO. Os ensaios com tolueno foram efectuados exclusivamente no solo com teor de MO de 24%, com níveis de contaminação entre 319 e 392 mg kg-1. No caso do etilbenzeno, foi testada a biorremediação no solo com um teor de MO igual a 14% com níveis de contaminação de 235 e 335 mg kg-1 e no solo com teor de MO de 24% com níveis de contaminação entre 154 e 744 mg kg-1. O trabalho permitiu concluir que: i) dentro de determinados níveis de contaminação no solo, os microrganismos nativos do solo mostraram a capacidade de degradar o benzeno, tolueno e etilbenzeno (concentrações de etilbenzeno no solo acima de 154 mg kg-1 tornaram-se tóxicas para os microrganismos os quais, possivelmente ficaram inibidos de degradar o contaminante); ii) os ensaios realizados com o solo com 24% de MO apresentaram tempos de biorremediação mais curtos pois, nestes solos, o número de microrganismos é superior o que aumenta a capacidade degradativa do solo; iii) o tempo de biorremediação é directamente proporcional à concentração de contaminante no solo; e iv) a técnica de biorremediação, demonstrou ser eficiente na degradação dos contaminantes e por isso, será uma boa técnica para complementar a EV. |
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