Passado, presente e futuro: o contributo da educação para uma mudança comportamental em contexto prisional

• Main Author: Vieira, Catarina Fonseca
• Publication Date: 2024
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: https://hdl.handle.net/10348/12766
• topic: Educação de Adultos. Educação nas Prisões. Reinserção Social

Durante muito tempo, o sistema prisional privilegiava a punição à reabilitação dos reclusos, sendo as condições nos estabelecimentos prisionais precárias e o sistema de educação era por vezes negligenciado como parte do processo de reabilitação. Atualmente em Portugal, o ensino em meio prisional tem como base um princípio: o recluso não deve perder o direito de aprender. A presente investigação surge da necessidade de dar resposta a algumas questões que colocam em causa o processo de reclusão e explora de que forma a educação pode ajudar a solucionar essas questões. Além disso, tem como objetivo ajudar os reclusos a fazerem uma introspeção, em diferentes fases temporais, onde são abordados os comportamentos desviantes e perspetivado o futuro em liberdade. Os reclusos ao narrarem sobre o trajeto de vida, conseguiram refletir o que é que os levou aos comportamentos desviantes no passado, de que forma é que a atual reclusão influencia o futuro e como é que eles o perspetivam. Dessa forma, é possível compreender qual o contributo da educação para uma mudança comportamental dos reclusos. Através do uso da técnica de entrevista, regida por uma metodologia de carater qualitativo, esta desenvolve-se num estabelecimento prisional situado na Região Norte de Portugal, em conjunto com um grupo de três reclusos. A educação fornece aos reclusos competências e habilidades fundamentais para o seu próprio desenvolvimento. A educação nas prisões possui uma relação direta com a reinserção social, visto que prepara a vida quotidiana quando libertos. As competências adquiridas ajudam o recluso a reintegrar-se na sociedade de forma produtiva, auxiliando-o na integração no mercado de trabalho. Apesar das conclusões apresentadas, não é possível partir do prossuposto que é a realidade vivida em todos os estabelecimentos prisionais, impedindo assim generalizar os dados obtidos.