Criatividade, equação simbólica e objecto transicional na obra de Munch
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Publication Date: | 2015 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.12/3971 |
Summary: | Analisámos a relação que Munch estabeleceu com as suas obras que representavam a mãe e a irmã, através das teorizações do luto patológico, na acepção de Bowlby, e da simbolização, hipotetizando que aquela relação poderá ser integrada no conceito de equação simbólica desenvolvida por Segal, podendo aquelas obras ser demonstrativas de uma regressão para a posição esquizo-paranóide, dado que a separação dos objectos, a ambivalência, a culpa e a perda não puderem ser toleradas. Também a identificação projectiva, utilizada como defesa contra a ansiedade, foi restaurada, tendo levado a que os símbolos já formados, e que desempenhavam apenas a função de símbolo, tenham revertido para equações simbólicas, negando assim a falta do objecto ideal. Hipotetizámos ainda, que na sequência de uma retirada esquizóide, na relação que Munch estabeleceu com os seus quadros, ao invés de com pessoas, terá encontrado forma de se proteger das relações com o mundo exterior que considerava ameaçantes, defendendo-se deste isolamento criando relações com as suas obras, que poderiam ser enquadradas no conceito de objecto transicional de Winnicott. Concluímos que Munch, pese embora todas as perdas de objectos significantes que sofreu, o luto patológico que toda a vida o acompanhou, os insucessos amorosos, e as dificuldades nas relações com o outro, conseguiu manter um certo grau de homeostasia psíquica, através da sua arte, tendo a criatividade e as obras que Munch criou, fortemente expressivas do seu sofrimento, contribuindo grandemente para evitar a total desintegração do seu aparelho psíquico |
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