Caracterização dos níveis de atividade física em mulheres sobreviventes do cancro da mama
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Publication Date: | 2023 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.21/17136 |
Summary: | Introdução: Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento crescente do número de sobreviventes de cancro da mama o que implica uma vivência com as complicações crónicas resultantes do tratamento. Complicações essas que têm um impacto negativo na função, na participação e na qualidade de vida desta população. O desenvolvimento de linfedema (LE) é uma das principais complicações e preocupações que advêm do tratamento do cancro da mama e como tal, torna-se fulcral perceber qual a melhor forma de prevenir e tratar o desenvolvimento do mesmo. A prática de atividade física (AF) desencadeia uma série de benefícios clínicos, tendo sido demonstrado eficácia, segurança e viabilidade no controle das complicações subsequentes aos tratamentos do cancro da mama e na melhoria da função e qualidade de vida da população em estudo. Objetivo: Caracterizar os níveis de atividade física em mulheres sobreviventes do cancro da mama. Métodos: Foi realizado um estudo transversal analítico e foram selecionadas mulheres sobreviventes de cancro da mama, com 1 e 5 anos de pós-operatório. Foi aplicado um questionário de caracterização, foi medido o volume de LE dos membros superiores através da perimetria, foi avaliada a força de preensão palmar com o dinamómetro JAMAR, foi aplicado o questionário IPAQ-SF e foi colocado o acelerómetro Actigraph®. Resultados: A amostra é constituída por 46 mulheres com média de 37.5±14.1 meses de cirurgia mamária. Verificou-se que 50% da amostra apresentava excesso de peso e 28.3% obesidade. Verificou-se uma média de 1.2±0.1 METs, 8.3±1.8 horas por dia em atividade sedentária, despendendo em uma média 61% do tempo acordados em atividade sedentária. Foram encontradas correlações significativas entre a força de preensão do lado afetado e a diferença de volume entre os MS (rp=-0.303, p=0.041), bem como entre o índice de massa corporal (IMC) e a diferença de volume entre os MS (rp=0.34; p=0.02). Adicionalmente, foi encontrada uma correlação significativa entre o IMC e o volume do MS afetado (rp=0.85, p=.000). Conclusões: Embora a AF não possa prevenir diretamente a LE, pode desempenhar um papel importante na prevenção indireta do seu desenvolvimento, ajudando a controlar o IMC e promovendo níveis mais altos de força de preensão. |
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Introdução: Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento crescente do número de sobreviventes de cancro da mama o que implica uma vivência com as complicações crónicas resultantes do tratamento. Complicações essas que têm um impacto negativo na função, na participação e na qualidade de vida desta população. O desenvolvimento de linfedema (LE) é uma das principais complicações e preocupações que advêm do tratamento do cancro da mama e como tal, torna-se fulcral perceber qual a melhor forma de prevenir e tratar o desenvolvimento do mesmo. A prática de atividade física (AF) desencadeia uma série de benefícios clínicos, tendo sido demonstrado eficácia, segurança e viabilidade no controle das complicações subsequentes aos tratamentos do cancro da mama e na melhoria da função e qualidade de vida da população em estudo. Objetivo: Caracterizar os níveis de atividade física em mulheres sobreviventes do cancro da mama. Métodos: Foi realizado um estudo transversal analítico e foram selecionadas mulheres sobreviventes de cancro da mama, com 1 e 5 anos de pós-operatório. Foi aplicado um questionário de caracterização, foi medido o volume de LE dos membros superiores através da perimetria, foi avaliada a força de preensão palmar com o dinamómetro JAMAR, foi aplicado o questionário IPAQ-SF e foi colocado o acelerómetro Actigraph®. Resultados: A amostra é constituída por 46 mulheres com média de 37.5±14.1 meses de cirurgia mamária. Verificou-se que 50% da amostra apresentava excesso de peso e 28.3% obesidade. Verificou-se uma média de 1.2±0.1 METs, 8.3±1.8 horas por dia em atividade sedentária, despendendo em uma média 61% do tempo acordados em atividade sedentária. Foram encontradas correlações significativas entre a força de preensão do lado afetado e a diferença de volume entre os MS (rp=-0.303, p=0.041), bem como entre o índice de massa corporal (IMC) e a diferença de volume entre os MS (rp=0.34; p=0.02). Adicionalmente, foi encontrada uma correlação significativa entre o IMC e o volume do MS afetado (rp=0.85, p=.000). Conclusões: Embora a AF não possa prevenir diretamente a LE, pode desempenhar um papel importante na prevenção indireta do seu desenvolvimento, ajudando a controlar o IMC e promovendo níveis mais altos de força de preensão. |
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