Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/26641 |
Resumo: | Com este estudo, procurou-se avaliar a ensilabilidade da gramínea tropical ‘Splenda’ (Setaria sphacelata var. sericea x S. sphacelata var. splendida) e o efeito de vários tratamentos nas características e qualidade da silagem obtida. A ‘Splenda’ utilizada foi irrigada e cortada 10 semanas após o corte de limpeza, quando cerca de 50% das plantas já tinham florido. Parte da forragem foi sujeita a pré-fenagem (24 h). A forragem verde (FV) e a pré-fenada (FPF) foram fraccionadas (± 4 cm) e retiradas amostras para análise. Os aditivos foram adicionados imediatamente antes da ensilagem. Para cada tratamento foram utilizados 5 silos laboratoriais de 10 kg, armazenados durante 90 dias: o tratamento 1 (T1) consistiu em FV ensilada; o tratamento 2 (T2) em FPF ensilada; o tratamento 3 (T3) em FV ensilada com ácido fórmico (4 ml ADD-F®/kg MV); e o tratamento 4 (T4) em FV ensilada com Ecosyl® (7.5 mg/kg MV). Os resultados obtidos foram sujeitos a análise de variância e as diferenças estatísticas entre tratamentos (Quadro 1) mostraram que o T4 apresentou melhores resultados, originando silagens de média qualidade. Os T1, T2 e T3 apresentaram resultados inferiores, com valores mais elevados de pH, N-NH3 e ADF e valores mais baixos de lactato e digestibilidade in vitro da MS (DIVMS). Levando em conta a percentagem de plantas que tinham florido e a composição química e valores de digestibilidade, pode-se concluir que a ‘Splenda’ foi cortada num avançado estado de maturidade, originando silagens de fraca a média qualidade. Os números relativamente baixos de bactérias produtoras de ácido láctico (BPAL) epifíticas, provavelmente resultado da altura de corte (± 10 cm) e das condições assépticas em que a forragem foi manuseada, podem ter influenciado o processo fermentativo e levado à sub-utilização dos glúcidos solúveis (GS) da planta. A restrição do processo fermentativo é evidente no T2, onde o pH e o conteúdo em GS da silagem foram os mais elevados e o conteúdo em lactato o mais baixo de todos os tratamentos. Esta situação parece ter sido superada até certo nível no T4, onde um aditivo com Lactobacillus plantarum foi adicionado à forragem ensilada. |
id |
RCAP_bdce08c3e1967660e970cc811e6a19d4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/26641 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Ensilabilidade da gramínea tropical SplendaSilagemSlendaGramíneas tropicaisCom este estudo, procurou-se avaliar a ensilabilidade da gramínea tropical ‘Splenda’ (Setaria sphacelata var. sericea x S. sphacelata var. splendida) e o efeito de vários tratamentos nas características e qualidade da silagem obtida. A ‘Splenda’ utilizada foi irrigada e cortada 10 semanas após o corte de limpeza, quando cerca de 50% das plantas já tinham florido. Parte da forragem foi sujeita a pré-fenagem (24 h). A forragem verde (FV) e a pré-fenada (FPF) foram fraccionadas (± 4 cm) e retiradas amostras para análise. Os aditivos foram adicionados imediatamente antes da ensilagem. Para cada tratamento foram utilizados 5 silos laboratoriais de 10 kg, armazenados durante 90 dias: o tratamento 1 (T1) consistiu em FV ensilada; o tratamento 2 (T2) em FPF ensilada; o tratamento 3 (T3) em FV ensilada com ácido fórmico (4 ml ADD-F®/kg MV); e o tratamento 4 (T4) em FV ensilada com Ecosyl® (7.5 mg/kg MV). Os resultados obtidos foram sujeitos a análise de variância e as diferenças estatísticas entre tratamentos (Quadro 1) mostraram que o T4 apresentou melhores resultados, originando silagens de média qualidade. Os T1, T2 e T3 apresentaram resultados inferiores, com valores mais elevados de pH, N-NH3 e ADF e valores mais baixos de lactato e digestibilidade in vitro da MS (DIVMS). Levando em conta a percentagem de plantas que tinham florido e a composição química e valores de digestibilidade, pode-se concluir que a ‘Splenda’ foi cortada num avançado estado de maturidade, originando silagens de fraca a média qualidade. Os números relativamente baixos de bactérias produtoras de ácido láctico (BPAL) epifíticas, provavelmente resultado da altura de corte (± 10 cm) e das condições assépticas em que a forragem foi manuseada, podem ter influenciado o processo fermentativo e levado à sub-utilização dos glúcidos solúveis (GS) da planta. A restrição do processo fermentativo é evidente no T2, onde o pH e o conteúdo em GS da silagem foram os mais elevados e o conteúdo em lactato o mais baixo de todos os tratamentos. Esta situação parece ter sido superada até certo nível no T4, onde um aditivo com Lactobacillus plantarum foi adicionado à forragem ensilada.2020-01-24T14:01:32Z2020-01-241996-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/26641http://hdl.handle.net/10174/26641porMartins, J.M. (1996). Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda. In: VII Congresso Internacional de Medicina Veterinária em Língua Portuguesa, Maputo, Moçambique, pp. 62-64.Departamento de Zootecniajmartins@uevora.pt207Martins, J.M.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-01-03T19:21:18Zoai:dspace.uevora.pt:10174/26641Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T12:20:12.714025Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda |
title |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda |
spellingShingle |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda Martins, J.M. Silagem Slenda Gramíneas tropicais |
title_short |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda |
title_full |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda |
title_fullStr |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda |
title_full_unstemmed |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda |
title_sort |
Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda |
author |
Martins, J.M. |
author_facet |
Martins, J.M. |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Martins, J.M. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Silagem Slenda Gramíneas tropicais |
topic |
Silagem Slenda Gramíneas tropicais |
description |
Com este estudo, procurou-se avaliar a ensilabilidade da gramínea tropical ‘Splenda’ (Setaria sphacelata var. sericea x S. sphacelata var. splendida) e o efeito de vários tratamentos nas características e qualidade da silagem obtida. A ‘Splenda’ utilizada foi irrigada e cortada 10 semanas após o corte de limpeza, quando cerca de 50% das plantas já tinham florido. Parte da forragem foi sujeita a pré-fenagem (24 h). A forragem verde (FV) e a pré-fenada (FPF) foram fraccionadas (± 4 cm) e retiradas amostras para análise. Os aditivos foram adicionados imediatamente antes da ensilagem. Para cada tratamento foram utilizados 5 silos laboratoriais de 10 kg, armazenados durante 90 dias: o tratamento 1 (T1) consistiu em FV ensilada; o tratamento 2 (T2) em FPF ensilada; o tratamento 3 (T3) em FV ensilada com ácido fórmico (4 ml ADD-F®/kg MV); e o tratamento 4 (T4) em FV ensilada com Ecosyl® (7.5 mg/kg MV). Os resultados obtidos foram sujeitos a análise de variância e as diferenças estatísticas entre tratamentos (Quadro 1) mostraram que o T4 apresentou melhores resultados, originando silagens de média qualidade. Os T1, T2 e T3 apresentaram resultados inferiores, com valores mais elevados de pH, N-NH3 e ADF e valores mais baixos de lactato e digestibilidade in vitro da MS (DIVMS). Levando em conta a percentagem de plantas que tinham florido e a composição química e valores de digestibilidade, pode-se concluir que a ‘Splenda’ foi cortada num avançado estado de maturidade, originando silagens de fraca a média qualidade. Os números relativamente baixos de bactérias produtoras de ácido láctico (BPAL) epifíticas, provavelmente resultado da altura de corte (± 10 cm) e das condições assépticas em que a forragem foi manuseada, podem ter influenciado o processo fermentativo e levado à sub-utilização dos glúcidos solúveis (GS) da planta. A restrição do processo fermentativo é evidente no T2, onde o pH e o conteúdo em GS da silagem foram os mais elevados e o conteúdo em lactato o mais baixo de todos os tratamentos. Esta situação parece ter sido superada até certo nível no T4, onde um aditivo com Lactobacillus plantarum foi adicionado à forragem ensilada. |
publishDate |
1996 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1996-01-01T00:00:00Z 2020-01-24T14:01:32Z 2020-01-24 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/26641 http://hdl.handle.net/10174/26641 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/26641 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Martins, J.M. (1996). Ensilabilidade da gramínea tropical Splenda. In: VII Congresso Internacional de Medicina Veterinária em Língua Portuguesa, Maputo, Moçambique, pp. 62-64. Departamento de Zootecnia jmartins@uevora.pt 207 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833592739393961984 |