Valores endógenos de GHB em amostras biológicas post-mortem – determinação analítica e avaliação estatística

Bibliographic Details
Main Author: Castro, André Lobo
Publication Date: 2014
Other Authors: Tarelho, Sónia, Franco, João Miguel, Reis, Flávio, Teixeira, Helena
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/46386
Summary: O Ácido gama-hidroxibutírico (GHB) é um composto endógeno com um historial de utilização clínica desde os anos 1960’s. No entanto, devido aos seus efeitos secundários, foi classificado como uma substância controlada. É uma substância associada ao consumo ilícito para fins recreativos, para induzir o aumento da massa muscular por parte de praticantes de culturismo e ainda ao abuso sexual facilitado por substâncias. No entanto, a interpretação médico-legal de um resultado positivo para GHB está dependente do seu contexto endógeno e do comportamento post-mortem do composto. Neste pressuposto, serão apresentados os valores de GHB determinados num conjunto de amostras post-mortem de sangue e cabelo, provenientes de casos sem qualquer suspeita de consumo de GHB. Estes valores foram estatisticamente analisados e comparados no sentido de se averiguar eventuais tendências de comportamento do composto em contexto post-mortem. Os resultados apresentados foram baseados no sexo dos indivíduos, faixa etária, diagnóstico diferencial médico-legal e intervalo post-mortem (intervalo entre a data da morte e a data da autópsia). A concentração média total de GHB em sangue foi de 6,7 g/L, com os valores a variarem entre 1,8 g/L e 15,7 g/L. Em termos de idade dos indivíduos, verificou-se uma descida da concentração do composto à medida que a idade aumenta, com uma média de 7,9 g/L para indivíduos com menos de 44 anos, 6,8 g/L para indivíduos com idades compreendidas entre 45 e 60 anos, e 5,7 g/L para o conjunto de indivíduos com idade superior a 60 anos. Relativamente ao diagnóstico diferencial médico-legal, os valores médios variaram entre 8,9 g/L e 5,1 g/L, consoante a causa de morte referenciada, nomeadamente acidente, causa natural ou suicídio. De notar que nenhum dos casos estudados constituía um contexto de homicídio. Finalmente, e considerando o intervalo post-mortem, foram encontrados valores médios que variaram entre 4,57 mg/L com 4 dias de PMI e 8,29 mg/L com 2 dias de PMI.
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