Os Judeus no espaço alemão e a procura de uma pátria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Maria Gil de
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/641
Resumo: A história dos Judeus é constituída por uma série de migrações. Inicia-se na Palestina, ou como os Judeus hoje designam, Eretz Israel. Sob o domínio romano foram expulsos da Palestina no ano de 135 d.C.1 e estabeleceram-se como comerciantes no antigo Império Romano. Devido ao anti-semitismo, fenómeno de longa data, cujas manifestações e motivos têm variado, consoante a época e o local, os Judeus mantiveram-se unidos durante séculos por uma crença e uma tradição comuns.Nos primeiros séculos depois de Cristo, os Judeus chegaram à Europa Central, que viria a constituir o espaço geo-político que é a Alemanha de hoje, via Galileia3. Estava-se ainda sob o domínio romano. Nas margens do Reno e do Danúbio, em Mainz, Speyer, Worms, Trier, Augsburg e Regensburg existiam colónias judaicas, onde viviam comerciantes e artesãos. Os Judeus já constituíam um povo, antes que os alemães tivessem começado a sê-lo4. Com efeito, o espaço físico alemão era alvo de constantes invasões e perseguições. As primeiras referências que temos relativamente aos povos que habitaram o solo alemão datam de 44 a.C. e falam de um povo guerreiro a quem Júlio César e o seu historiador Tácito deram o nome de Germanos. Estes eram uma fusão de Godos, Vândalos e Bardos. O solo alemão é depois invadido pelos Romanos, Hunos, Saxões, Bávaros e Alemânicos. Só a partir do século IX é que se começa a formar o Império Alemão. Cerca do ano 900, os Judeus estavam envolvidos no comércio com a Boémia. Ao contrário dos Cristãos, que eram maioritariamente agricultores, os Judeus viviam do comércio. Os soberanos queriam usar o comércio para engrandecer o seu poder e prometiam aos Judeus protecção, em troca de altos impostos. Este "privilégio" fez dos Judeus um povo dependente da vontade dos soberanos.
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