A percepção dos pais sobre a construção da autoestima dos filhos

• Main Author: Caldeira, Sabrina Guerreiro
• Publication Date: 2022
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/10284/11343
• topic: Desenvolvimento da autoestima; Modelos parentais; Parentalidade positiva; Práticas parentais; Programas parentais; Development of self-esteem; Parenting models; Positive parenting; Parenting practices; Parenting programs

O presente estudo qualitativo buscou identificar através da percepção de 6 mães portuguesas se existia relação entre a autoestima delas e o modelo parental em que foram criadas para a formação da autoestima de seus filhos. A amostra selecionada é composta por mulheres entre 34 e 46 anos em que pelo menos um dos filhos estivesse a frequentar o 1º ciclo em uma escola de Portugal. A pesquisa foi realizada no formato online e foram aplicados um Questionário de Caracterização Sociodemográfico, a Escala de Autoestima de Rosenberg (Rosenberg Self-Esteem Scale – RSES; Rosenberg, 1965a) validado por Santos (2008), o Questionário de Estilos e Dimensões Parentais- Versão Reduzida (Parenting Styles and Dimensions Questionnaire - Short Form) validado por Miguel, Valentim & Carugati (2009) e um Guião de Entrevista Semiestruturado de 11 questões realizado através da plataforma Google Meet. Os resultados revelaram que todas as mães aplicam o modelo de educação parental autoritativo. A maior parte delas foi criada por outro modelo parental e não desejam repetir os comportamentos dos pais na educação dos filhos. Demonstraram estar desenvolvendo uma autoestima elevada nos filhos utilizando conversas sobre a escola e exemplos de vida como forma de promoção da mesma. Realizaram estudos sobre parentalidade na gravidez. A maioria apresentou autoestima baixa na infância e adolescência e elevada na atualidade. As variáveis idade, escolaridade e estado civil e contexto social não evidenciaram diferenças significativas nos relatos. Os resultados vão ao encontro de grande parte das pesquisas que tratam da importância do modelo autoritativo na construção da autoestima. Amostra reduzida, ausência de presença masculina na mesma e a possibilidade de existência do viés de desejabilidade social nas respostas das mães constituem algumas das limitações nesta investigação. Espera-se que novos estudos na população portuguesa possam ser realizados com o intuito de aplicar intervenções que contribuam para o desenvolvimento saudável da autoestima de crianças e adolescentes.