Polimedicação nos idosos admitidos no serviço de urgência
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Publication Date: | 2024 |
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Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.11/9226 |
Summary: | Introdução: A polimedicação é definida pela OMS como o uso simultâneo de um número excessivo de medicamentos, assumindo-se uma situação de polimedicação major a toma de cinco ou mais princípios activos diferentes por dia. Objectivo: Apresentar os resultados relativos à polimedicação de idosos admitidos em Serviço de Urgência (SU). Metodologia: Apresentamos o resultado de dois estudos observacionais, retrospectivos e descritivos que incidiram sobre a fragilidade e agressividade nos cuidados de fim de vida em idosos admitidos em SU. No primeiro estudo analisamos 8082 episódios de urgência, de pessoas com 65 ou mais anos, em 2019, e no segundo estudo, 2555 episódios de urgência, de idosos residentes em ERPI, em 2019. Foram recolhidos dados de variáveis sociodemográficas e clínicas. Análise estatística com nível de significância de 0,05. Resultados: No primeiro estudo “Fragilidade e cuidados em fim de vida - Prevalência da Fragilidade e Agressividade dos Cuidados em Fim de Vida nos idosos admitidos num SU” cerca de 66% dos idosos que são admitidos no SU apresentam polimedicação major. No segundo estudo “Nursing home residents in the emergency department: Characteristics; Fragility and Aggressiveness in care” cerca de 92% dos idosos residentes em ERPI que recorrem ao SU estão polimedicados, com média de 9 princípios ativos diários, com um máximo de 22 princípios diários. Conclusão: A polimedicação aumenta o risco de interações e reações adversas. Além disso, na pessoa idosa potencia o risco de morbimortalidade, para além de diminuir a adesão ao regime terapêutico. Os resultados destes estudos são muito preocupantes e é por isso fundamental a sensibilização e formação para a desprescrição adequada, redefinindo os objetivos terapêuticos, ajustando a medicação às reais necessidades da pessoa. Além disso, levanta problemas éticas importantes relacionados com a obstinação terapêutica, quando se insiste na prescrição de medicação excessiva e desadequada. Em idosos residentes em ERPI com elevados níveis de fragilidade a situação ganha contornosalarmantes. |
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