Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 1999 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.12/835 |
Summary: | Mitos, fábulas, ornamento essencial do humano. E ritos, os seus constituintes fundamentais. Este trabalho constroi-se em torno de dois mitos e alguns ritos. Mitos tão ancestrais quanto fora de moda: o das sereias e o da histeria. Das semelhanças que os compõem - elementos que se destacam ao longo do texto - visita(m)-se a(s) história(s) e mistérios que conta(m). A visitação do primeiro é feita em tomo de um enigma, o enigma das sereias, que escutamos no seu canto e (d)enunciamos no seu modus vivente: Se te aproximas devoro-te; Se te afastas morro; Para ti existo. Em pano de fundo o tríptico vital, infinito e fascinante, do amor, do sexo, e da morte. A sedução encontra aí propósito e determinantes; o ambíguo, o secreto e incerto .... que exigem acção, que fazem agir. (A)traem. A visitação do segundo ilumina as invariantes ontológicas: uma doença ilógica; do corpo; das mulheres(?); do prazer... que se anuncia no excesso e no exuberante, teimosamente irredutível a qualquer jeito único de saber. Que (de)nuncia um outro-mesmo-mundo; interno, o mundo mental, o que torna real uma (ir)realidade. A teoria psicanalítica nos seus múltiplos construtos servir-nos-á de referência preferencial Nos ritos, Rosa, M., Teresa e Tomé; testemunhos da prática clínica, ilustram a evocação mítica. O enigma das sereias sempre como observatório. Uma sirene, feita de intensidade e intermitência, alerta do íntimo, prefigura um modo de ser feito ainda de urgência e fingimento. O tríptico vital incontornável assume-se à luz do exposto de singulares particularidades: A eterna insatisfação sexual, que a natureza de corpo dividido das sereias impõe, é envolta num labirinto narcísico onde se solicita e simultaneamente se interdita, para além do sexo, a separação da(s) origem(s) e o próprio amor. Todo o futuro é passado. Toda a diferença se converte em igualdade. Tragédia da morte. Por fim se situa a temática em torno da mediação entre proximidade e distância, identidade e alteridade e se colocam estes seres míticos como desígnios da imaturidade; ser(es) que se promete(m) para o outro. |
id |
RCAP_b02a8ab6da3c659610e24b9866896912 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/835 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritosPsicologia clínicaPsicanáliseHisteriaPsicopatologiaClinical psychologyPsychoanalysisHysteriaPsychopathologyMitos, fábulas, ornamento essencial do humano. E ritos, os seus constituintes fundamentais. Este trabalho constroi-se em torno de dois mitos e alguns ritos. Mitos tão ancestrais quanto fora de moda: o das sereias e o da histeria. Das semelhanças que os compõem - elementos que se destacam ao longo do texto - visita(m)-se a(s) história(s) e mistérios que conta(m). A visitação do primeiro é feita em tomo de um enigma, o enigma das sereias, que escutamos no seu canto e (d)enunciamos no seu modus vivente: Se te aproximas devoro-te; Se te afastas morro; Para ti existo. Em pano de fundo o tríptico vital, infinito e fascinante, do amor, do sexo, e da morte. A sedução encontra aí propósito e determinantes; o ambíguo, o secreto e incerto .... que exigem acção, que fazem agir. (A)traem. A visitação do segundo ilumina as invariantes ontológicas: uma doença ilógica; do corpo; das mulheres(?); do prazer... que se anuncia no excesso e no exuberante, teimosamente irredutível a qualquer jeito único de saber. Que (de)nuncia um outro-mesmo-mundo; interno, o mundo mental, o que torna real uma (ir)realidade. A teoria psicanalítica nos seus múltiplos construtos servir-nos-á de referência preferencial Nos ritos, Rosa, M., Teresa e Tomé; testemunhos da prática clínica, ilustram a evocação mítica. O enigma das sereias sempre como observatório. Uma sirene, feita de intensidade e intermitência, alerta do íntimo, prefigura um modo de ser feito ainda de urgência e fingimento. O tríptico vital incontornável assume-se à luz do exposto de singulares particularidades: A eterna insatisfação sexual, que a natureza de corpo dividido das sereias impõe, é envolta num labirinto narcísico onde se solicita e simultaneamente se interdita, para além do sexo, a separação da(s) origem(s) e o próprio amor. Todo o futuro é passado. Toda a diferença se converte em igualdade. Tragédia da morte. Por fim se situa a temática em torno da mediação entre proximidade e distância, identidade e alteridade e se colocam estes seres míticos como desígnios da imaturidade; ser(es) que se promete(m) para o outro.Instituto Superior de Psicologia AplicadaDias, Carlos AmaralRepositório do ISPARato, Fernando2011-09-03T14:02:24Z19991999-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/835porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-07T14:58:01Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/835Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:02:56.004146Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos |
title |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos |
spellingShingle |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos Rato, Fernando Psicologia clínica Psicanálise Histeria Psicopatologia Clinical psychology Psychoanalysis Hysteria Psychopathology |
title_short |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos |
title_full |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos |
title_fullStr |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos |
title_full_unstemmed |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos |
title_sort |
Sereias e outras histéricas: Mitos e ritos |
author |
Rato, Fernando |
author_facet |
Rato, Fernando |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Dias, Carlos Amaral Repositório do ISPA |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rato, Fernando |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Psicologia clínica Psicanálise Histeria Psicopatologia Clinical psychology Psychoanalysis Hysteria Psychopathology |
topic |
Psicologia clínica Psicanálise Histeria Psicopatologia Clinical psychology Psychoanalysis Hysteria Psychopathology |
description |
Mitos, fábulas, ornamento essencial do humano. E ritos, os seus constituintes fundamentais. Este trabalho constroi-se em torno de dois mitos e alguns ritos. Mitos tão ancestrais quanto fora de moda: o das sereias e o da histeria. Das semelhanças que os compõem - elementos que se destacam ao longo do texto - visita(m)-se a(s) história(s) e mistérios que conta(m). A visitação do primeiro é feita em tomo de um enigma, o enigma das sereias, que escutamos no seu canto e (d)enunciamos no seu modus vivente: Se te aproximas devoro-te; Se te afastas morro; Para ti existo. Em pano de fundo o tríptico vital, infinito e fascinante, do amor, do sexo, e da morte. A sedução encontra aí propósito e determinantes; o ambíguo, o secreto e incerto .... que exigem acção, que fazem agir. (A)traem. A visitação do segundo ilumina as invariantes ontológicas: uma doença ilógica; do corpo; das mulheres(?); do prazer... que se anuncia no excesso e no exuberante, teimosamente irredutível a qualquer jeito único de saber. Que (de)nuncia um outro-mesmo-mundo; interno, o mundo mental, o que torna real uma (ir)realidade. A teoria psicanalítica nos seus múltiplos construtos servir-nos-á de referência preferencial Nos ritos, Rosa, M., Teresa e Tomé; testemunhos da prática clínica, ilustram a evocação mítica. O enigma das sereias sempre como observatório. Uma sirene, feita de intensidade e intermitência, alerta do íntimo, prefigura um modo de ser feito ainda de urgência e fingimento. O tríptico vital incontornável assume-se à luz do exposto de singulares particularidades: A eterna insatisfação sexual, que a natureza de corpo dividido das sereias impõe, é envolta num labirinto narcísico onde se solicita e simultaneamente se interdita, para além do sexo, a separação da(s) origem(s) e o próprio amor. Todo o futuro é passado. Toda a diferença se converte em igualdade. Tragédia da morte. Por fim se situa a temática em torno da mediação entre proximidade e distância, identidade e alteridade e se colocam estes seres míticos como desígnios da imaturidade; ser(es) que se promete(m) para o outro. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999 1999-01-01T00:00:00Z 2011-09-03T14:02:24Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.12/835 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.12/835 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Superior de Psicologia Aplicada |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Superior de Psicologia Aplicada |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833600812090130432 |