Resiliência em mulheres portuguesas que sofreram ou sofrem de violência entre parceiros íntimos
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Publication Date: | 2022 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/50826 |
Summary: | Introdução: A resiliência assenta na capacidade de recuperação e superação perante situações adversas e geradoras de grande stress. A Violência entre Parceiros Íntimos (VPI) afeta tanto o homem como a mulher, no seio de uma relação de intimidade. Objetivo: o principal objetivo deste estudo foi identificar os principais fatores que influenciam a resiliência das mulheres portuguesas que mantiveram uma relação de VPI, tal como compreender se os motivos da perpetração por parte da mulher contra o parceiro foram utilizados como forma de defesa ou retaliação e, neste sentido, verificar a sua relação com a resiliência. Método: estudo observacional-descritivo transversal, em que 121 participantes do sexo feminino preencheram a Escala de Resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC) e a Escala de Táticas de Conflito Revisada (CTS-2). Resultados: As informações obtidas pela amostra indicam diferenças estatisticamente significativas entre a resiliência e as habilitações literárias da mulher (! = .19; p = .03), assim como, entre a resiliência e as negociações emocionais (r = .24; p = 0.1) e cognitivas (r = .28; p = 0.1) utilizadas pelo parceiro na resolução de conflitos. Por outro lado, verificaram-se associações negativas entre a resiliência e as agressões psicológicas severas perpetradas pela mulher contra o parceiro (r = -.21; p = .02). Verificou-se ainda que a perpetração da violência por parte da mulher é utilizada, em média, como defesa dos ataques verbais (2.74 ± 1.41) e físicos (1.92 ± 1.38) do parceiro e também como retaliação (1.67 ± 1.21). No entanto, a perpetração da violência utilizada pela mulher como forma de defesa contra os ataques físicos do parceiro apresenta uma associação negativa com a resiliência (r = -.17; p = .03), tal como a retaliação (r = -.19; p = .02). Conclusão: Os fatores que influenciam positivamente a resiliência dizem respeito às habilitações literárias da mulher e do interesse do parceiro na resolução dos conflitos. Por outro lado, os fatores que influenciam negativamente a resiliência estão ligados ao uso da violência psicológica e retaliação contra o parceiro e ainda ao fato das mulheres utilizarem a violência para se defenderem contra os ataques físicos do parceiro. |
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Introdução: A resiliência assenta na capacidade de recuperação e superação perante situações adversas e geradoras de grande stress. A Violência entre Parceiros Íntimos (VPI) afeta tanto o homem como a mulher, no seio de uma relação de intimidade. Objetivo: o principal objetivo deste estudo foi identificar os principais fatores que influenciam a resiliência das mulheres portuguesas que mantiveram uma relação de VPI, tal como compreender se os motivos da perpetração por parte da mulher contra o parceiro foram utilizados como forma de defesa ou retaliação e, neste sentido, verificar a sua relação com a resiliência. Método: estudo observacional-descritivo transversal, em que 121 participantes do sexo feminino preencheram a Escala de Resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC) e a Escala de Táticas de Conflito Revisada (CTS-2). Resultados: As informações obtidas pela amostra indicam diferenças estatisticamente significativas entre a resiliência e as habilitações literárias da mulher (! = .19; p = .03), assim como, entre a resiliência e as negociações emocionais (r = .24; p = 0.1) e cognitivas (r = .28; p = 0.1) utilizadas pelo parceiro na resolução de conflitos. Por outro lado, verificaram-se associações negativas entre a resiliência e as agressões psicológicas severas perpetradas pela mulher contra o parceiro (r = -.21; p = .02). Verificou-se ainda que a perpetração da violência por parte da mulher é utilizada, em média, como defesa dos ataques verbais (2.74 ± 1.41) e físicos (1.92 ± 1.38) do parceiro e também como retaliação (1.67 ± 1.21). No entanto, a perpetração da violência utilizada pela mulher como forma de defesa contra os ataques físicos do parceiro apresenta uma associação negativa com a resiliência (r = -.17; p = .03), tal como a retaliação (r = -.19; p = .02). Conclusão: Os fatores que influenciam positivamente a resiliência dizem respeito às habilitações literárias da mulher e do interesse do parceiro na resolução dos conflitos. Por outro lado, os fatores que influenciam negativamente a resiliência estão ligados ao uso da violência psicológica e retaliação contra o parceiro e ainda ao fato das mulheres utilizarem a violência para se defenderem contra os ataques físicos do parceiro. |
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