Estrutura genética materna e evidência de adaptação local na abelha ibérica (Apis mellifera iberiensis Engel)
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| Publication Date: | 2015 |
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| Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| Download full: | http://hdl.handle.net/10198/18020 |
Summary: | Vários estudos morfométricos e moleculares têm agrupado as subespécies de Apis mellifera L. em quatro linhagens evolutivas: Africana (A), Médio Oriente (O), Europeia Oriental (C) e Europeia Ocidental (M). Na Europa Ocidental, a Ibéria alberga a abelha ibérica, A.m. iberiensis Engel. Estudos mitocondriais da abelha ibérica baseados na região intergénica tRNAleu-cox2 têm revelado um padrão de haplótipos de elevada complexidade, devido à origem híbrida ancestral Africana (A) e Europeia (M). Esta região mitocondrial é constituída por uma sequência não codificante, formada pelos elementos P (P0, P, P1) e Q (1 a 5 repetições), e tem sido usada para descrever as diferentes linhagens evolutivas. O genoma mitocondrial foi inicialmente considerado uma molécula neutral. Porém, estudos recentes têm indicado estar sob selecção. Para reavaliar a complexidade da estrutura genética materna e determinar sinais de selecção que favorecem a adaptação local, 711 colónias de A.m. iberiensis foram amostradas ao longo de três transectos norte-sul na Ibéria. A região tRNAleu-cox2 das 711 amostras foi sequenciada e analisada usando os softwares MEGA, PHYLIP e NETWORK. Por sua vez, os softwares MCHEZA e SAMβADA foram usados para detectar sinais de selecção na mitocôndria. Os resultados confirmaram a existência de um clino sudoeste-nordeste, o qual foi previamente reportado, assim como um maior número de colónias pertencentes à linhagem A do que à M. Um total de 164 novos haplótipos, 113 A e 51 M, foram identificados. A análise de selecção usando o MCHEZA revelou que os elementos P0 e o P estão sob selecção, enquanto o SAMβADA detectou que os elementos P0, P, P1, Q e QQ estão sob selecção associada à precipitação e longitude. Estes resultados realçam a complexa diversidade materna da abelha ibérica, a qual é influenciada pelo meio ambiente, e salientam que a Ibéria é uma fonte de diversidade genética para a abelha melífera. |
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Estrutura genética materna e evidência de adaptação local na abelha ibérica (Apis mellifera iberiensis Engel)tRNAleu-cox2,HaplótiposApis mellifera iberiensisAnálise de selecçãoVários estudos morfométricos e moleculares têm agrupado as subespécies de Apis mellifera L. em quatro linhagens evolutivas: Africana (A), Médio Oriente (O), Europeia Oriental (C) e Europeia Ocidental (M). Na Europa Ocidental, a Ibéria alberga a abelha ibérica, A.m. iberiensis Engel. Estudos mitocondriais da abelha ibérica baseados na região intergénica tRNAleu-cox2 têm revelado um padrão de haplótipos de elevada complexidade, devido à origem híbrida ancestral Africana (A) e Europeia (M). Esta região mitocondrial é constituída por uma sequência não codificante, formada pelos elementos P (P0, P, P1) e Q (1 a 5 repetições), e tem sido usada para descrever as diferentes linhagens evolutivas. O genoma mitocondrial foi inicialmente considerado uma molécula neutral. Porém, estudos recentes têm indicado estar sob selecção. Para reavaliar a complexidade da estrutura genética materna e determinar sinais de selecção que favorecem a adaptação local, 711 colónias de A.m. iberiensis foram amostradas ao longo de três transectos norte-sul na Ibéria. A região tRNAleu-cox2 das 711 amostras foi sequenciada e analisada usando os softwares MEGA, PHYLIP e NETWORK. Por sua vez, os softwares MCHEZA e SAMβADA foram usados para detectar sinais de selecção na mitocôndria. Os resultados confirmaram a existência de um clino sudoeste-nordeste, o qual foi previamente reportado, assim como um maior número de colónias pertencentes à linhagem A do que à M. Um total de 164 novos haplótipos, 113 A e 51 M, foram identificados. A análise de selecção usando o MCHEZA revelou que os elementos P0 e o P estão sob selecção, enquanto o SAMβADA detectou que os elementos P0, P, P1, Q e QQ estão sob selecção associada à precipitação e longitude. Estes resultados realçam a complexa diversidade materna da abelha ibérica, a qual é influenciada pelo meio ambiente, e salientam que a Ibéria é uma fonte de diversidade genética para a abelha melífera.Biblioteca Digital do IPBChávez-Galarza, JulioHenriques, DoraGarnery, LionelPinto, M. Alice2018-10-09T09:36:15Z20152015-01-01T00:00:00Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/18020porChávez-Galarza, Julio; Henriques, Dora; Garnery, Lionel; Pinto, M. Alice (2015). Estrutura genética materna e evidência de adaptação local na abelha ibérica (Apis mellifera iberiensis Engel). In I Congresso Nacional das Escolas Agrárias. Bragança. ISBN 978-972-745-198-2978-972-745-198-2info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-25T12:08:17Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/18020Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T11:34:49.848942Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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