Interrupção Voluntária da Gravidez : o acompanhamento social no processo de decisão

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Main Author: Sousa, Catarina Ribeiro da Cunha de
Publication Date: 2018
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.14/27136
Summary: A experiência de uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) é vivenciada e sentida por cada mulher de forma única e individual. No entender da investigadora, mais que uma questão médica, a IVG é uma questão social, onde o apoio que é proposto pelo quadro legal (Lei n.º16/2007), pode não responder suficientemente à complexidade da situação. A presente investigação tem como objectivo compreender o significado que as mulheres grávidas em discernimento atribuem ao apoio e suporte sentido ao longo do processo de decisão de uma IVG e, consequentemente, perceber qual o papel que o Serviço Social pode desempenhar durante este processo. Optou-se por realizar uma investigação de natureza metodológica qualitativa, repartida em dois momentos: um estudo exploratório num Hospital Público no distrito de Lisboa, com o objectivo de conhecer a realidade da IVG em contexto hospitalar; um estudo de caso de uma linha telefónica de emergência que pretende apoiar qualquer mulher grávida com dúvidas relativamente à sua gravidez. Foram realizadas entrevistas a seis mulheres que ligaram para essa mesma linha, e a seis profissionais da equipa técnica que atende os telefonemas da linha. De acordo com os dados recolhidos, considera-se que a decisão de interromper ou prosseguir a gravidez é influenciada por razões sociais, razões pessoais e razões relacionais. No caso de prosseguir a gravidez, os factores de influência prendem-se sobretudo com razões pessoais (expectativas e planos de vida), e no caso de interromper prendem-se maioritariamente com razões sociais (situação laboral e económica). É de notar a ambivalência de sentimentos e emoções vividos pelas mulheres nesta fase, e a solidão sentida pelas mesmas, o que reforça a necessidade de estas serem devidamente apoiadas e acompanhadas. Espera-se que um profissional que acompanhe uma mulher em discernimento crie uma relação empática com a mesma e que tenha como foco aquilo que são os seus desejos e motivações. Propõe-se que este faça eco e repita aquilo que a mulher vai expondo, de forma a que esta se possa ouvir a si própria e chegar à sua própria conclusão. A informação transmitida deve ter em conta o estado emocional da mulher e aquilo que ela está preparada para ouvir.
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