Consumo de medicamentos não sujeitos a receita médica: fatores associados

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Main Author: Santos, Mónica
Publication Date: 2018
Other Authors: Topa, Rafaela, Teixeira, Teresa, Pires, Tânia C.S.P., Pereira, Olívia R.
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10198/18142
Summary: Medicamentos não sujeitos a receita médica são aqueles que se destinam ao tratamento de patologias com grau de gravidade inferior e que podem ser adquiridos sem receita médica, devido à sua elevada segurança e eficácia. Contudo, o seu uso inadequado pode acarretar vários riscos, levando ao aumento da mortalidade, morbidade, reações adversas e interações medicamentosas. A grande disponibilidade destes medicamentos leva à automedicação, arriscando-se a retardar o tratamento de uma patologia de maior gravidade. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar o perfil de consumo de Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) e os fatores associados. O estudo é do tipo transversal, observacional e descritivo-correlacional. A população alvo foram os residentes nos concelhos de Baião, Porto de Mós e Santa Maria da Feira. A amostra, constituída por 390 indivíduos, foi do tipo acidental pelo que se considera não probabilística. O instrumento de recolha de dados que se utilizou foi um questionário. Para a análise estatística usaram-se medidas de tendência central e dispersão e aplicou-se o teste do qui-quadrado através do programa informático SPSS 23. Verificou-se que o género feminino é o maior consumidor de MNSRM (82,6%) e com a idade este consumo vai diminuindo. A idade mostrou diferenças estatisticamente significativas e relação ao uso de MNSRM (p-value = 0.040). A maioria dos inquiridos pratica automedicação (88,2%), pelo menos 4x/ano, devido a “pouca gravidade da situação” (66,2%). A gripe, constipação e tosse foram as situações que mais justificaram o uso de MNSRM (85,4%) e foram os analgésicos e antipiréticos (92,8%) os medicamentos mais utilizados. Quanto ao papel do profissional de Farmácia no aconselhamento de MNSRM verificou-se que os indivíduos solicitam aconselhamento (96,2%), que este é maioritariamente realizado com uma postura e linguagem adequadas, recolhendo todas as informações sobre o problema e mostrando boa disponibilidade para responder às dúvidas do utente. Os utentes confiam e seguem as recomendações dos profissionais de Farmácia aquando do aconselhamento. O consumidor de MNSRM é do sexo feminino, com idade entre os 18-24 anos e com o ensino secundário. Apresenta um conhecimento suficiente em relação aos MNSRM adquirido maioritariamente através dos profissionais de Farmácia.
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