Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands

Bibliographic Details
Main Author: Sjögren, Erik
Publication Date: 1997
Format: Article
Language: eng
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.3/1481
Summary: A vegetação epífila é típica das florestas tropicais húmidas. A presença extratropical de um grande número de briófitos epífilos nos arquipélagos da Macaronésia, Açores, Madeira e Canárias, torna-se, por isso, notável. Este artigo refere-se à flora e vegetação epífila dos Açores. O material em análise consiste em 963 amostras (568 epífilos) incluindo os epifilos preferenciais, na sua maioria hepáticas. Muitas destas espécies pertencem às famílias Lejeuneaceae e Radulaceae. As amostras foram colhidas entre 1965 e 1995, em todas as nove ilhas dos Açores. Estas amostras foram recolhidas de 30 plantas-suporte (ou forófitos) diferentes. Aqui fornece-se informação sobre a ecologia, sociologia e vulnerabilidade destas espécies de briófitos. Por outro lado, discute-se a sua alta frequência em locais já sugeridos para protecção, mas com base apenas em plantas vasculares endémicas. Entre as 89 espécies encontradas como epífilas, 21 são preferencialmente epífilas e 14 são endémicas, quer dos Açores, quer da Macaronésia, sendo membros mais ou menos frequentes da brio-comunidade epífila Cololejeuneo-Colurion: Cololejeuneetum azoricae Sjn. 78. As condições óptimas de habitat para estas espécies encontram-se entre os 700 a 1000 m de altitude (nas ilhas do grupo central). Dentro destes limites de altitude, tem sido encontrado o maior número de diferentes espécies forófitas colonizadas, bem como o maior número de espécies preferenciais epífilas associadas (médias de mais de 3,5 espécies). Os dados apontam como sendo forófitos preferenciais: (1) Blechnum, Trichomanes, Elaphoglossum (pteridófitos); (2) Ilex, Laurus (ávores/arbustos): (3) Hedera (herbaceas); (4) Thamnobryum (briófitos). Algumas áreas com floresta nativa endémica dos Açores (Juniperion brevifoliae), tem sido apontadas para áreas protegidas. A presença, nestas áreas, dos briófitos epífilos caracteriza-se por: (1) alta diversidade de espécies, (2) várias espécies de epifilos preferenciais também ocorrem como epífitos e como epixílicos, (3) um grande número de espécies forófitas, (4) possuírem um grande número de espécies endémicas açorico/macaronésicas, (5) possuírem um grande número de espécies com o status de rara, vulnerável ou em perigo, de acordo com o "Red Data Book of European Bryophytes" (algumas alterações o status são sugeridas neste artigo).
id RCAP_a831950c6d2a3cf0a1027a77a36c80da
oai_identifier_str oai:repositorio.uac.pt:10400.3/1481
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Epiphyllous bryophytes in the Azores IslandsBriófitos epífilos nas ilhas dos AçoresFlora EpífilaVegetação EpífilaEpiphyllous FloraEpiphyllous VegetationAçoresAzoresA vegetação epífila é típica das florestas tropicais húmidas. A presença extratropical de um grande número de briófitos epífilos nos arquipélagos da Macaronésia, Açores, Madeira e Canárias, torna-se, por isso, notável. Este artigo refere-se à flora e vegetação epífila dos Açores. O material em análise consiste em 963 amostras (568 epífilos) incluindo os epifilos preferenciais, na sua maioria hepáticas. Muitas destas espécies pertencem às famílias Lejeuneaceae e Radulaceae. As amostras foram colhidas entre 1965 e 1995, em todas as nove ilhas dos Açores. Estas amostras foram recolhidas de 30 plantas-suporte (ou forófitos) diferentes. Aqui fornece-se informação sobre a ecologia, sociologia e vulnerabilidade destas espécies de briófitos. Por outro lado, discute-se a sua alta frequência em locais já sugeridos para protecção, mas com base apenas em plantas vasculares endémicas. Entre as 89 espécies encontradas como epífilas, 21 são preferencialmente epífilas e 14 são endémicas, quer dos Açores, quer da Macaronésia, sendo membros mais ou menos frequentes da brio-comunidade epífila Cololejeuneo-Colurion: Cololejeuneetum azoricae Sjn. 78. As condições óptimas de habitat para estas espécies encontram-se entre os 700 a 1000 m de altitude (nas ilhas do grupo central). Dentro destes limites de altitude, tem sido encontrado o maior número de diferentes espécies forófitas colonizadas, bem como o maior número de espécies preferenciais epífilas associadas (médias de mais de 3,5 espécies). Os dados apontam como sendo forófitos preferenciais: (1) Blechnum, Trichomanes, Elaphoglossum (pteridófitos); (2) Ilex, Laurus (ávores/arbustos): (3) Hedera (herbaceas); (4) Thamnobryum (briófitos). Algumas áreas com floresta nativa endémica dos Açores (Juniperion brevifoliae), tem sido apontadas para áreas protegidas. A presença, nestas áreas, dos briófitos epífilos caracteriza-se por: (1) alta diversidade de espécies, (2) várias espécies de epifilos preferenciais também ocorrem como epífitos e como epixílicos, (3) um grande número de espécies forófitas, (4) possuírem um grande número de espécies endémicas açorico/macaronésicas, (5) possuírem um grande número de espécies com o status de rara, vulnerável ou em perigo, de acordo com o "Red Data Book of European Bryophytes" (algumas alterações o status são sugeridas neste artigo).ABSTRACT: Epiphyllous vegetation is typical of tropical rainforests. The extratropical presence of a large number of epiphyllous bryophytes on the Macaronesian Island groups of the Azores, Madeira and the Canary Islands is thus remarkable. The present paper deals with Azorean epiphyllous flora and vegetation. The material treated consists of 963 samples (568 epiphyllous) with presence of preferentially epiphyllous bryophytes, mostly hepatics. Several species belong to the families Lejeuneaceae and Radulaceae (sampling time 1965-1995 on all nine Azorean islands). The epiphyllous samples originate from 30 different host plants or phorophytes. Information has been provided on ecology, sociology and vulnerability of the species. The high frequency of epiphyllous bryophytes in localities suggested for protection has been discussed, the selection being in many cases only founded on presence of endemic vascular plants. Among the 89 species recorded as epiphyllous, 21 species are preferentially epiphyllous and 14 species are endemic either to the Azores or to Macaronesia. They are more or less frequent members of the endemic epiphyllous bryo-community, the Cololejeuneo-Colurion: Cololejeuneetum azoricae Sjn. 78. Optimal habitat conditions for epiphyllous bryophytes are between 700-1000 m (central island group). Within that altitude range have been recorded the largest numbers of colonized phorophyte species and as well the largest numbers of associated preferentially epiphyllous species in the samples (means of more than 3.5 species). The phorophytes recorded as preferentially colonized by the epiphyllous bryophytes are: (1) Blechnum, Trichomanes, Elaphoglossum (pteridophytes); (2) Ilex, Laurus (trees/shrubs); (3) Hedera (herbs); (4) Thamnobryum (bryophytes). A few areas with endemic native forest (Juniperion brevifoliae) have been considered for preservation in the Azores. The presence within these forest areas of epiphyllous bryophytes is characterized by: (1) high diversity of species, (2) several preferentially epiphyllous species also occur as epiphytic and as epixylic, (3) a large number of different phorophyte species, (4) a large number of Azorean/Macaronesian endemic species, (5) a large number of species with status as rare, vulnerable or endangered according to "Red Data Book of European Bryophytes" (several changes of status suggested in this paper).Universidade dos AçoresRepositório da Universidade dos AçoresSjögren, Erik2012-10-03T11:39:44Z19971997-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/1481eng0873-4704info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-07T10:08:38Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/1481Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T00:40:36.545531Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
Briófitos epífilos nas ilhas dos Açores
title Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
spellingShingle Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
Sjögren, Erik
Flora Epífila
Vegetação Epífila
Epiphyllous Flora
Epiphyllous Vegetation
Açores
Azores
title_short Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
title_full Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
title_fullStr Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
title_full_unstemmed Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
title_sort Epiphyllous bryophytes in the Azores Islands
author Sjögren, Erik
author_facet Sjögren, Erik
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório da Universidade dos Açores
dc.contributor.author.fl_str_mv Sjögren, Erik
dc.subject.por.fl_str_mv Flora Epífila
Vegetação Epífila
Epiphyllous Flora
Epiphyllous Vegetation
Açores
Azores
topic Flora Epífila
Vegetação Epífila
Epiphyllous Flora
Epiphyllous Vegetation
Açores
Azores
description A vegetação epífila é típica das florestas tropicais húmidas. A presença extratropical de um grande número de briófitos epífilos nos arquipélagos da Macaronésia, Açores, Madeira e Canárias, torna-se, por isso, notável. Este artigo refere-se à flora e vegetação epífila dos Açores. O material em análise consiste em 963 amostras (568 epífilos) incluindo os epifilos preferenciais, na sua maioria hepáticas. Muitas destas espécies pertencem às famílias Lejeuneaceae e Radulaceae. As amostras foram colhidas entre 1965 e 1995, em todas as nove ilhas dos Açores. Estas amostras foram recolhidas de 30 plantas-suporte (ou forófitos) diferentes. Aqui fornece-se informação sobre a ecologia, sociologia e vulnerabilidade destas espécies de briófitos. Por outro lado, discute-se a sua alta frequência em locais já sugeridos para protecção, mas com base apenas em plantas vasculares endémicas. Entre as 89 espécies encontradas como epífilas, 21 são preferencialmente epífilas e 14 são endémicas, quer dos Açores, quer da Macaronésia, sendo membros mais ou menos frequentes da brio-comunidade epífila Cololejeuneo-Colurion: Cololejeuneetum azoricae Sjn. 78. As condições óptimas de habitat para estas espécies encontram-se entre os 700 a 1000 m de altitude (nas ilhas do grupo central). Dentro destes limites de altitude, tem sido encontrado o maior número de diferentes espécies forófitas colonizadas, bem como o maior número de espécies preferenciais epífilas associadas (médias de mais de 3,5 espécies). Os dados apontam como sendo forófitos preferenciais: (1) Blechnum, Trichomanes, Elaphoglossum (pteridófitos); (2) Ilex, Laurus (ávores/arbustos): (3) Hedera (herbaceas); (4) Thamnobryum (briófitos). Algumas áreas com floresta nativa endémica dos Açores (Juniperion brevifoliae), tem sido apontadas para áreas protegidas. A presença, nestas áreas, dos briófitos epífilos caracteriza-se por: (1) alta diversidade de espécies, (2) várias espécies de epifilos preferenciais também ocorrem como epífitos e como epixílicos, (3) um grande número de espécies forófitas, (4) possuírem um grande número de espécies endémicas açorico/macaronésicas, (5) possuírem um grande número de espécies com o status de rara, vulnerável ou em perigo, de acordo com o "Red Data Book of European Bryophytes" (algumas alterações o status são sugeridas neste artigo).
publishDate 1997
dc.date.none.fl_str_mv 1997
1997-01-01T00:00:00Z
2012-10-03T11:39:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.3/1481
url http://hdl.handle.net/10400.3/1481
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv 0873-4704
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade dos Açores
publisher.none.fl_str_mv Universidade dos Açores
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833600645698945024