Modelação geográfica em SIG do risco de re emergência de Malária em Portugal Continental

• Main Author: Gomes, Eduardo
• Publication Date: 2011
• Other Authors: Capinha, César, Tenedório, José A., Rocha, Jorge, Almeida, Paulo, Rosário, Virgílio, Sousa, Carla
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/10451/58237
• topic: Anopheles atroparvus; Malária; Portugal continental; Modelação; SIG

Acrualmente registam-se mais de 240 milhões de casos de malária, que causam ca. de 1 milhão de óbitos anuais principalmente crianças de idade inferior a 5 anos (WHO 2008). Em Portugal, apesar do número de casos importados diagnosticados ser reduzido, cerca de 50 casos anuais nos últimos anos (WHO 2009), torna-se necessário examinar o risco actual de reintrodução da doença. Esta preocupação é reforçada com o facto de na Europa terem sido detectados casos de transmissão autóctone em países como Itália, Alemanha, Espanha e França (Alten 2007). De forma a efectuar esta avaliação para Portugal Continental foram analisadas 3 componentes de risco: (1) receptividade; (2) infectividade e (3) vulnerabilidade. Estes 3 parâmetros foram conjugados num modelo R0 indicativo do potencial malariológico de uma dada região ou país. (e.g. Alten et ai. 2007; Sousa 2008). Este modelo permitiu estimar a possibilidade de introdução da doença obtendo-se como resultado o número toral de casos de malária procedente de um caso infeccioso que seriam transmitidos pela população de mosquitos para os humanos que apresentem ausência de imunidade. No estudo aqui apresentado efectuou-se esta avaliação de risco considerando apenas Anopheles atroparvus, a única espécie de mosquito implicada na transmissão da malária durante o período em que esta doença foi endémica em Portugal.