Personalidade e regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémica
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| Publication Date: | 2016 |
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| Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| Download full: | http://hdl.handle.net/10400.19/4576 |
Summary: | INTRODUÇÃO O regresso ao trabalhar tem sido considerado um problema de saúde pública e uma das principais metas da reabilitação cardiovascular porque tem benefícios económicos para a sociedade, em termos do aumento de produtividade e redução de custos, e também melhora o bem-estar individual e a segurança económica dos pacientes e suas famílias. Diversas variáveis médicas, psicológicas e sociodemográficas têm sido relacionadas com o regresso ao trabalho após cardiopatia isquémica, sendo atribuído um peso maior às variáveis sociopsicológicas. OBJETIVO Determinar a prevalência do regresso ao trabalho e relacionar a influência da personalidade no regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémica. MÉTODOS Estudo de carácter analítico, correlacional e transversal, realizado com 164 doentes com idade inferior ou igual a 65 anos, com diagnóstico clínico de cardiopatia isquémica, decorridos três a seis meses após a alta hospitalar. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário (caracterização sociodemográfica, escala de Graffar e o Inventário de Personalidade (Vaz-Serra, Ponciano e Freitas, 1980) autoaplicado na consulta de followup de cardiologia. Foi utilizado o teste de análise discriminante processado através do programa SPSS versão 20.0 para Windows. RESULTADOS Os doentes apresentaram uma média de idade de 54.2 anos ± 7.4 anos, 81.7% eram do sexo masculino, 96.3% eram “casados”, 41.5% pertenciam à Classe III da escala de Graffar. A prevalência do regresso ao trabalho foi de 58.5%. A análise discriminante pelo método stepwise permitiu a obtenção de um modelo final que permite a diferenciação dos dois grupos. O neuroticismo revelou-se como pedidor do regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémica. CONCLUSÕES Os resultados são consistentes com alguns estudos nacionais e internacionais, confirmando a relação entre personalidade e o regresso ao trabalho. O regresso ao trabalho após um evento cardíaco é um processo multidimensional que parece ser fortemente influenciado por fatores psicossociais, entre os quais a personalidade. Assim, ao identificar os traços da personalidade do indivíduo, nomeadamente o pensamento, os sentimentos, o comportamento, a forma de agir nas atividades do dia-a-dia, seria possível prever comportamentos associados ao processo de saúde e doença. |
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Personalidade e regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémicaPersonality and return to work of the patient after ischemic heart diseasePersonalidadeNeuroticismoExtroversãoRegresso ao trabalhoReinserção socioprofissionalCardiopatia isquémicaINTRODUÇÃO O regresso ao trabalhar tem sido considerado um problema de saúde pública e uma das principais metas da reabilitação cardiovascular porque tem benefícios económicos para a sociedade, em termos do aumento de produtividade e redução de custos, e também melhora o bem-estar individual e a segurança económica dos pacientes e suas famílias. Diversas variáveis médicas, psicológicas e sociodemográficas têm sido relacionadas com o regresso ao trabalho após cardiopatia isquémica, sendo atribuído um peso maior às variáveis sociopsicológicas. OBJETIVO Determinar a prevalência do regresso ao trabalho e relacionar a influência da personalidade no regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémica. MÉTODOS Estudo de carácter analítico, correlacional e transversal, realizado com 164 doentes com idade inferior ou igual a 65 anos, com diagnóstico clínico de cardiopatia isquémica, decorridos três a seis meses após a alta hospitalar. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário (caracterização sociodemográfica, escala de Graffar e o Inventário de Personalidade (Vaz-Serra, Ponciano e Freitas, 1980) autoaplicado na consulta de followup de cardiologia. Foi utilizado o teste de análise discriminante processado através do programa SPSS versão 20.0 para Windows. RESULTADOS Os doentes apresentaram uma média de idade de 54.2 anos ± 7.4 anos, 81.7% eram do sexo masculino, 96.3% eram “casados”, 41.5% pertenciam à Classe III da escala de Graffar. A prevalência do regresso ao trabalho foi de 58.5%. A análise discriminante pelo método stepwise permitiu a obtenção de um modelo final que permite a diferenciação dos dois grupos. O neuroticismo revelou-se como pedidor do regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémica. CONCLUSÕES Os resultados são consistentes com alguns estudos nacionais e internacionais, confirmando a relação entre personalidade e o regresso ao trabalho. O regresso ao trabalho após um evento cardíaco é um processo multidimensional que parece ser fortemente influenciado por fatores psicossociais, entre os quais a personalidade. Assim, ao identificar os traços da personalidade do indivíduo, nomeadamente o pensamento, os sentimentos, o comportamento, a forma de agir nas atividades do dia-a-dia, seria possível prever comportamentos associados ao processo de saúde e doença.Associação Católica de Enfermeiros e Profissionais de SaúdeInstituto Politécnico de ViseuDias, AntónioCunha, MadalenaRibeiro, OlivérioAlbuquerque, CarlosAndrade, AnaBica, Isabel2017-05-08T16:52:50Z2016-052016-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4576por0871-2379info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-06T13:59:56Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4576Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T00:12:04.369864Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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INTRODUÇÃO O regresso ao trabalhar tem sido considerado um problema de saúde pública e uma das principais metas da reabilitação cardiovascular porque tem benefícios económicos para a sociedade, em termos do aumento de produtividade e redução de custos, e também melhora o bem-estar individual e a segurança económica dos pacientes e suas famílias. Diversas variáveis médicas, psicológicas e sociodemográficas têm sido relacionadas com o regresso ao trabalho após cardiopatia isquémica, sendo atribuído um peso maior às variáveis sociopsicológicas. OBJETIVO Determinar a prevalência do regresso ao trabalho e relacionar a influência da personalidade no regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémica. MÉTODOS Estudo de carácter analítico, correlacional e transversal, realizado com 164 doentes com idade inferior ou igual a 65 anos, com diagnóstico clínico de cardiopatia isquémica, decorridos três a seis meses após a alta hospitalar. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário (caracterização sociodemográfica, escala de Graffar e o Inventário de Personalidade (Vaz-Serra, Ponciano e Freitas, 1980) autoaplicado na consulta de followup de cardiologia. Foi utilizado o teste de análise discriminante processado através do programa SPSS versão 20.0 para Windows. RESULTADOS Os doentes apresentaram uma média de idade de 54.2 anos ± 7.4 anos, 81.7% eram do sexo masculino, 96.3% eram “casados”, 41.5% pertenciam à Classe III da escala de Graffar. A prevalência do regresso ao trabalho foi de 58.5%. A análise discriminante pelo método stepwise permitiu a obtenção de um modelo final que permite a diferenciação dos dois grupos. O neuroticismo revelou-se como pedidor do regresso ao trabalho da pessoa após cardiopatia isquémica. CONCLUSÕES Os resultados são consistentes com alguns estudos nacionais e internacionais, confirmando a relação entre personalidade e o regresso ao trabalho. O regresso ao trabalho após um evento cardíaco é um processo multidimensional que parece ser fortemente influenciado por fatores psicossociais, entre os quais a personalidade. Assim, ao identificar os traços da personalidade do indivíduo, nomeadamente o pensamento, os sentimentos, o comportamento, a forma de agir nas atividades do dia-a-dia, seria possível prever comportamentos associados ao processo de saúde e doença. |
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