A case of variable impoverishment in European Portuguese

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Pilar
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Freire, Telma
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/49390
Resumo: Este artigo estuda um caso de concordância variável em português europeu que se verifica numa área circunscrita do Norte de Portugal e tem uma distribuição particular: apenas afeta as formas verbais de Infinitivo Flexionado e do Futuro do Conjuntivo. Apresentam-se os resultados de um série de testes de gramaticalidade e um teste de leitura automonitorizada aplicados a falantes do dialeto relevante, que indicam que o fenómeno em causa não afeta os traços de Pessoa e não pertence à sintaxe estrita. Propõe-se uma anáiise baseada na ideia de que a neutralização dos traços de concordância é o resultado de operações que se aplicam no nível pós-sintático da gramaática. A abordagem adota a proposta de NEViNS e PARROTT (2010), que usa a noção de “regra variável” da sociolinguística variacionista (LABOV, l969) enquanto mecanismo enquadrado no modelo da Morfologia Distribuída (HALLE e MARANTZ, 1993), como forma de explicar a variação inter e intra-individual. A neutralização da concrdância verbal deve-se à aplicação probabilística de uma regra de Empobrecimento que elimina o traço [Plural] dos morfemas de concordância positivamente especificados para este traço. Uma vez que o que os contextos de Infinitivo Flexionado e de Futuro do Conjuntivo têm em comum é o seu expoente, o afixo /-r/, a regra de Empobrecimento deve ser capaz de “ver” a forma do item vocabular inserido no nó T, o que vem confirmar a posição definida em BOBALIJK, 2000 segundo a qual a Inserção Vocabular procede sequencialmente, de baixo para cima.
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