Vivendo o Envelhecer: uma perspectiva fenomenológica

• Main Author: Abrunheiro, Sérgio Filipe da Silva
• Publication Date: 2014
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://repositorio.esenfc.pt/?url=igKQPRiW
• topic: idoso; envelhecimento; institucionalização

Viver o envelhecimento é um processo individual que exprime a cultura e a história do tempo em que se vive, bem como o percurso singular da pessoa. Neste contexto, a abordagem a esse fenómeno enquadra-se no paradigma empírico-compreensivo, tendo-se realizado um estudo fenomenológico para aceder à experiência vivida do processo de envelhecer, de idosos frequentadores de centro de dia e lar. No presente estudo seleccionaram-se intencionalmente nove idosos, nomeadamente seis do género feminino e três do género masculino, utilizando-se na colheita de informação a entrevista pouco estruturada. Da vivência do envelhecimento dos participantes emergiram dois grandes temas, Vivendo um envelhecimento limitador e Vivendo um envelhecimento ajustado. No primeiro tema destacam-se os sub-temas: solidão, perdas (?corpo saudável?), recordar a dureza da vida passada e condição económica precária. No segundo tema incluem-se os sub-temas: sentimentos de utilidade, questões existenciais e manutenção da autonomia e independência. Os sub-temas interacção familiar e institucionalização, não foram associados exclusivamente a um dos temas, pelo duplo sentido que lhes é atribuído pelos participantes. Ambos, segundo os idosos englobam não somente aspectos limitadores, mas também elementos facilitadores do ajustamento ao processo de envelhecimento. Conclui-se que viver o envelhecimento significa experienciar um processo caracterizado por mudanças significativas que podem conduzir ao aparecimento de aspectos limitadores do percurso humano. Mas, viver o envelhecimento é também experimentar determinadas condições integradoras que facilitam o ajustamento a este processo. A sociedade, particularmente os profissionais de saúde, devem ?esvaziar-se? das concepções estereotipadas e atender à singularidade do idoso, procurando a excelência do cuidado.