Monitorização das principais pragas da amendoeira em pomares da região de Trás-os-Montes

Bibliographic Details
Main Author: Rodrigues, Isabel
Publication Date: 2018
Other Authors: Bento, Albino, Reis, Carlos, Pereira, J.A.
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10198/21726
Summary: Em Portugal, a cultura da amendoeira tem ganho expressão crescente quer pela reconversão de pomares antigos ou de novas plantações em Trás-os-Montes, quer de novas plantações no Alentejo, em qualquer dos casos com material vegetal estrangeiro. Paralelamente tem-se assistido também a uma maior intensificação cultural, com maiores cuidados ao nível das fertilizações, rega e da proteção da amendoeira contra pragas e doenças. Este último aspeto é de particular importância uma vez que as pragas podem levar a uma redução quantitativa e qualitativa da produção e causar prejuízos significativos. Neste sentido, em dois amendoais da região de Trás-os-Montes, um localizado em Alfandega da Fé e outro em Mirandela, semanalmente de Abril a Setembro, tem-se procedido ao acompanhamento das principais pragas do amendoal, quer pela instalação de armadilhas com feromona sexual, para o caso da anársia (Anarsia lineatella Zeller) e grafolita, (Grapholita molesta (Busck)), quer pela técnica de pancadas, para a monosteira (Monosteira unicostata (Mulsant & Rey, 1852), e observação visual de órgãos atacados, para o caso dos afídios, (Myzus persicae Sulz., Brachycaudus amygdalinus Smith., Brachycaudus helichrysi Kalt.). Sempre que tal se justificou, foram colhidas amostras de órgãos da planta para observação complementar em laboratório com a exceção da monosteira em que semanalmente se procedeu à recolha de 20 folhas em 20 árvores para observação da existência de ovos, ninfas e adultos bem como do número de folhas com estragos visíveis. Os resultados obtidos indicam que para ambos os lepidópteros, anársia e grafolita, os níveis populacionais registados foram sempre muito baixos, o que não justificou nenhuma intervenção contra estas pragas. As populações de afídios mantiveram-se sempre em níveis que não causaram preocupação. A praga que maiores níveis populacionais atingiu foi a monosteira, tendo ocorrido em todo o período de amostragem, e registando uma maior incidência à medida que o verão se aproximou com um máximo de observação de ninfas e adultos se ser registado na segunda quinzena de Agosto. O número de folhas com estragos visíveis ocasionados pela monosteira foi aumentando ao longo do tempo e atingiu mais de 70% das folhas o que é indicativo da importância desta praga nos pomares de amendoeira da região.
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