Constelações Decoloniais: O Pós-Museu Como Espaço de Interculturalidade e Resistência

Bibliographic Details
Main Author: Trindade, Elaine
Publication Date: 2024
Other Authors: de Lemos Martins, Moisés
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.21814/rlec.5739
Summary: Assim como uma constelação é formada por estrelas individuais que juntas criam uma representação significativa, a expressão constelações decoloniais sugere a interconexão de diversas imagens, práticas e movimentos decoloniais que, juntos, formam um quadro mais amplo e compreensivo de resistência. Sugere ainda a inclusão de múltiplas perspectivas, vozes e experiências de diferentes culturas. De modo semelhante às constelações, que são compostas por múltiplos pontos de luz, cada imagem, pensamento, perspectiva, contribui para mapear e navegar por territórios culturais e históricos periféricos ou suprimidos pelo colonialismo, recuperando e valorizando esses espaços através de uma abordagem decolonial. Neste estudo, adotamos uma perspectiva decolonial da interculturalidade (Martins, 2020; Mignolo & Walsh, 2018), entendida como um diálogo genuíno entre povos e instituições, procurando promover a igualdade de oportunidades. A abordagem da nossa investigação é qualitativa, fundamentada em pesquisa bibliográfica, explorando conceitos como interculturalidade, decolonialidade e pós-musealidade. Analisamos alguns museus que estão a transformar as suas exposições e narrativas, em prol de uma perspectiva decolonial. Exploramos algumas dinâmicas no African Museum, na Bélgica; no Pitt Rivers Museum, na Grã-Bretanha; e no Museu Virtual da Lusofonia, no Google Arts & Culture, com sede física em Portugal. Estes museus são apresentados como estudos de caso que exemplificam a aproximação ao paradigma do pós-museu.
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spelling Constelações Decoloniais: O Pós-Museu Como Espaço de Interculturalidade e ResistênciaDecolonial Constellations: The Post-Museum as a Space for Interculturality and ResistanceArtigos temáticosAssim como uma constelação é formada por estrelas individuais que juntas criam uma representação significativa, a expressão constelações decoloniais sugere a interconexão de diversas imagens, práticas e movimentos decoloniais que, juntos, formam um quadro mais amplo e compreensivo de resistência. Sugere ainda a inclusão de múltiplas perspectivas, vozes e experiências de diferentes culturas. De modo semelhante às constelações, que são compostas por múltiplos pontos de luz, cada imagem, pensamento, perspectiva, contribui para mapear e navegar por territórios culturais e históricos periféricos ou suprimidos pelo colonialismo, recuperando e valorizando esses espaços através de uma abordagem decolonial. Neste estudo, adotamos uma perspectiva decolonial da interculturalidade (Martins, 2020; Mignolo & Walsh, 2018), entendida como um diálogo genuíno entre povos e instituições, procurando promover a igualdade de oportunidades. A abordagem da nossa investigação é qualitativa, fundamentada em pesquisa bibliográfica, explorando conceitos como interculturalidade, decolonialidade e pós-musealidade. Analisamos alguns museus que estão a transformar as suas exposições e narrativas, em prol de uma perspectiva decolonial. Exploramos algumas dinâmicas no African Museum, na Bélgica; no Pitt Rivers Museum, na Grã-Bretanha; e no Museu Virtual da Lusofonia, no Google Arts & Culture, com sede física em Portugal. Estes museus são apresentados como estudos de caso que exemplificam a aproximação ao paradigma do pós-museu.Just as a constellation is made up of individual stars that, when together, create a meaningful representation, decolonial constellations suggests the interconnection of diverse decolonial images, practices and movements that together form a broader, more comprehensive picture of resistance. It suggests the inclusion of multiple perspectives, voices and experiences from different cultures. Similar to constellations, made up of multiple points of light, each image, thought, perspective contributes to mapping and navigating cultural and historical territories that are peripheral to or are suppressed by colonialism, recovering and valuing these spaces through a decolonial approach. In this research, we have adopted a decolonial perspective of interculturality (Martins, 2020; Mignolo & Walsh, 2018), which understands it as a genuine dialogue between peoples and institutions, seeking to promote equal opportunities. The methodological approach is qualitative, based on bibliographical research that explores the concepts of interculturality, decoloniality and post-museality. Throughout this article, we analyse some museums that are transforming their exhibitions and narratives in favour of a decolonial perspective. We explore the African Museum, in Belgium; the Pitt Rivers Museum, in Great Britain; and the Virtual Museum of Lusophony, on Google Arts & Culture, physically based in Portugal. These museums will be presented as case studies that exemplify the approach to the post-museum paradigm.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2024-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.5739por2183-08862184-0458Trindade, Elainede Lemos Martins, Moisésinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-12-20T08:00:20Zoai:journals.uminho.pt:article/5739Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T19:19:24.833590Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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