Cascas não edíveis de frutas tropicais: novo conceito de sustentabilidade
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Publication Date: | 2021 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10284/10494 |
Summary: | Lichia (Litchi chinensis), longan (Dimocarpus longan) e rambutã (Nephelium lappaceum) são frutas exóticas provenientes da Ásia, recentemente introduzidas na Europa. Com o aumento da produção mundial destes frutos, muitos subprodutos são desperdiçados durante o processamento industrial, incluindo-se as cascas não edíveis dos mesmos. Para além do aporte nutricional reconhecido, pensa-se que os compostos bioativos presentes nestes subprodutos sejam os responsáveis pelas atividades biológicas já reconhecidas, tais como, antioxidante, anti-inflamatória, antineoplásica, anti-glicémica, antimicrobiana, entre outras. O objetivo deste estudo visou determinar e comparar o aporte nutricional e conteúdo de compostos bioativos, nomeadamente, fenólicos e flavonoides totais, no sentido de valorizar as cascas não edíveis de frutos para possíveis aplicações na indústria alimentar, farmacêutica e cosmética. Na caracterização nutricional das cascas foram analisados os teores de humidade, cinzas, proteína, gordura e hidratos de carbono pelos métodos AOAC. Os teores de proteína variaram entre 2,0 e 9,1 g/ 100 g sendo as cascas de longan a amostra com teor mais elevado. O teor de gordura total nunca excedeu os 1,8 g/ 100 g nas três amostras estudadas e o teor de minerais das cascas de longan mostraram-se os mais elevados (9,1 g/ 100g). Os hidratos de carbono obtidos nas três amostras, os quais incluem a fibra dietética, variaram entre 76,8 e 83,3 g/ 100 g, não tendo afetado, de forma significativa, o valor energético total das cascas estudadas. No que toca aos compostos bioativos verificou-se que as cascas da lichia apresentam teores superiores de fenólicos e de flavonoides totais (1578,08 mg EAG/ g e 55,10 mg EC/ g, respetivamente), observando-se diferenças significativas (p0,05) entre todas as amostras, ou seja, cascas de lichia, rambutã e logan. O teor de fenólicos totais foram sempre superiores ao teor de flavonoides totais em todas as amostras, observando-se uma concordância com outros estudos idênticos e já publicados. Este estudo mostrou o elevado potencial das cascas não edíveis de frutos cujo consumo tem vindo a aumentar, como ingredientes ativos para diferentes produtos, como alimentos, produtos farmacêuticos ou cosméticos. No entanto, estudos mais detalhados serão necessários para tornar a utilização dos mesmos mais sustentável. |
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Lichia (Litchi chinensis), longan (Dimocarpus longan) e rambutã (Nephelium lappaceum) são frutas exóticas provenientes da Ásia, recentemente introduzidas na Europa. Com o aumento da produção mundial destes frutos, muitos subprodutos são desperdiçados durante o processamento industrial, incluindo-se as cascas não edíveis dos mesmos. Para além do aporte nutricional reconhecido, pensa-se que os compostos bioativos presentes nestes subprodutos sejam os responsáveis pelas atividades biológicas já reconhecidas, tais como, antioxidante, anti-inflamatória, antineoplásica, anti-glicémica, antimicrobiana, entre outras. O objetivo deste estudo visou determinar e comparar o aporte nutricional e conteúdo de compostos bioativos, nomeadamente, fenólicos e flavonoides totais, no sentido de valorizar as cascas não edíveis de frutos para possíveis aplicações na indústria alimentar, farmacêutica e cosmética. Na caracterização nutricional das cascas foram analisados os teores de humidade, cinzas, proteína, gordura e hidratos de carbono pelos métodos AOAC. Os teores de proteína variaram entre 2,0 e 9,1 g/ 100 g sendo as cascas de longan a amostra com teor mais elevado. O teor de gordura total nunca excedeu os 1,8 g/ 100 g nas três amostras estudadas e o teor de minerais das cascas de longan mostraram-se os mais elevados (9,1 g/ 100g). Os hidratos de carbono obtidos nas três amostras, os quais incluem a fibra dietética, variaram entre 76,8 e 83,3 g/ 100 g, não tendo afetado, de forma significativa, o valor energético total das cascas estudadas. No que toca aos compostos bioativos verificou-se que as cascas da lichia apresentam teores superiores de fenólicos e de flavonoides totais (1578,08 mg EAG/ g e 55,10 mg EC/ g, respetivamente), observando-se diferenças significativas (p0,05) entre todas as amostras, ou seja, cascas de lichia, rambutã e logan. O teor de fenólicos totais foram sempre superiores ao teor de flavonoides totais em todas as amostras, observando-se uma concordância com outros estudos idênticos e já publicados. Este estudo mostrou o elevado potencial das cascas não edíveis de frutos cujo consumo tem vindo a aumentar, como ingredientes ativos para diferentes produtos, como alimentos, produtos farmacêuticos ou cosméticos. No entanto, estudos mais detalhados serão necessários para tornar a utilização dos mesmos mais sustentável. |
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