Serviço de Apoio Domiciliário: práticas e dinâmicas na ótica do utente

Bibliographic Details
Main Author: Marinho, Helena Isabel Rodrigues
Publication Date: 2013
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/29499
Summary: Numa sociedade cada vez mais envelhecida, em que o apoio ao idoso surge como um problema prioritário, o SAD é, cada vez mais, visto como uma verdadeira alternativa à institucionalização do idoso, em determinados casos. Assim, o presente estudo tem como objectivo geral caracterizar os utentes do SAD, tendo subjacentes, o seu nível de funcionalidade, a tipologia de apoio recebida através do SAD, assim como o seu grau de satisfação relativamente à intervenção deste serviço. Para a efetivação dos objectivos propostos, optou-se por um estudo exploratório de natureza quantitativa e descritiva, selecionando para amostra 48 idosos beneficiários do Serviço de Apoio Domiciliário. A amostra caracteriza-se por ser maioritariamente do sexo feminino (56.3%), e a média de idades ronda os 80 anos de idade. Os níveis de escolaridade são baixos (81.3%) possui o 1.º ciclo do ensino básico), pelo que as profissões que desempenharam na vida ativa dizem respeito essencialmente o setor primário, justificando assim os baixos valores de pensão/reforma, auferidos pelos idosos da amostra. Para a recolha de dados, os instrumentos utilizados foram: (i) Questionário Sócio Demográfico; (ii) Escala de Atividades de Vida Diária de Lawton e Brody; (iii) ProSAD v.1 (parcial). Analisados os principais resultados do estudo, percebe-se que os idosos que compõem a amostra apresentam um nível de funcionalidade que não lhes permite reallizar todas as atividades diárias de forma independente. Desta forma, o SAD surge como um apoio indispensável na vida dos idosos, na medida que lhes permite a manutenção no domicílio, assegurando a realização das principais tarefas, sendo as mais usufruídas o serviço de refeição (85.4%; N=41) e os cuidados de higiene (39.6%; N=19 - banho completo e 22.9%; N=11 - higiene intima) em termos de ABVD e limpeza da habitação (10.4%; N=5) e tratamento de roupa (10.4%; N=5) no que respeita às AIVD. Tendo em conta a avaliação da satisfação dos idosos em relação ao SAD, designadamente em termos de tarefas prestadas, características funcionais e desempendo dos profissionais, o resultado é bastante positivo, evidenciando-se na generalidade, níveis elevados de satisfação. Em suma, os resultados obtidos neste estudo, traduzem a importância dos SAD na vida dos idosos, promovendo-lhes uma maior autonomia e independência no seu meio habitual de vida, e consequentemente um envelhecimento mais saudável. Contudo verificam-se algumas limitações, também referidas pelos idosos, designadamente no que respeita às restrições do horário de funcionamento do SAD (não garantem cuidados horas por dia, nem 7 dias por semana); ao reduzido tempo dispendido nas tarefas prestadas; à falta de investimento em serviços como o telealarme e serviços de saúde.
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