Das unidades de análise no estudo das fronteiras
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Das unidades de análise no estudo das fronteirasescalas de um caso ibéricofronteiraPortugalEspanhaescalaUID/HIS/04209/2013Numa das suas digressões pela fronteira, em 1947, o antropólogo Jorge Dias, fundador da moderna antropologia portuguesa, encontrou um objeto de pedra que estava a ser usado para lavar roupa, na aldeia raiana portuguesa de Vilarelho da Raia, no concelho de Chaves. Estranhandoo, averiguou e verificou que era um metate, moinho usado pelos Incas e Astecas, antes da chegada dos europeus à América. Contaramlhe que trinta anos antes, um homem de Rabal, aldeia galega a duzentos metros de Vilarelho, ia a esta aldeia fazer chocolate. Moía o grão do cacau, com auxílio de um rebolo de pedra, misturava açúcar, manteiga e enformava em placas, vendidas depois pelas aldeias portuguesas das imediações3. Um objeto proveniente da América précolombiana, num povoado português da fronteira, incita à reflexão sobre movimentos de gente, de coisas, de ideias, no espaço, em processos longos. Este artigo de Jorge Dias torna intrigante a relação dos lugares e do tempo com o mundo, e questiona um objeto tardio da antropologia: a fronteira. Se o cerne da antropologia é a cultura, como compreendêla na fronteira, circunscrevendoa no espaço e no tempo? Ou seja, como aplicar ali uma prescrição que é ensinada nas aulas de métodos em antropologia: criar uma unidade de análise demarcada? Como abordar realidades e comportamentos que transbordam do formato pequeno e delimitado, para que a antropologia nos preparou? A fronteira é um objeto complexo, onde se cruzam cinco dimensões, que remetem para escalas diversas: (1) realidades locais, relativamente circunscritas: as aldeias e as cidades próximas, com as respetivas relações; (2) os fluxos que as cruzam, que podem ser ou não alheios aos lugares da fronteira; (3) as redes que se estabelecem e que percorrem o mundo, centradas em pessoas, frequentemente regionautas que estendem o seu raio relacional e de ação; (4) os reflexos locais das construções políticas, sociais e culturais que se expressam pelas nações (subestatais ou integradas num Estadonação); (5) as decisões políticas que abrangem dois ou mais Estadosnação, ou provindas de níveis supranacionais – como a União Europeia, por exemplo – com impacto local.Universidad de ExtremaduraInstituto de História Contemporânea (IHC)Departamento de Antropologia (DA)Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (IELT - NOVA FCSH)RUNGodinho, Paula Cristina Antunes2018-04-26T22:24:11Z20172017-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion16application/pdfhttps://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=694154por978-84-9127-004-1PURE: 3670822https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=694154info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-05-22T17:32:07Zoai:run.unl.pt:10362/35433Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T17:03:15.050640Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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