Análise da Fidelidade e da Validade na Arbitragem de Kumite em Karate-Do
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Publication Date: | 2013 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.15/996 |
Summary: | A investigação centrada nos árbitros tem sido pouca ou escassa, sendo praticamente inexistente na arbitragem de kumite em Karate. O presente estudo teve como objetivo, caracterizar o desempenho dos árbitros de Karate, na competição de kumite, quanto à sua validade, e ainda à fidelidade intra-observador e à fidelidade inter-observador. A presente investigação assentou na observação, por parte de árbitros de Karate da FPKS, de um combate de Karate com a duração de 2 minutos. Desse combate foi realizado um vídeo com a duração de 8 minutos que reproduzia o combate observado quer da posição do árbitro, quer da posição de cada um dos juízes. A recolha de dados foi efetuada em dois momentos, o primeiro com vista a analisar a validade e a fidelidade inter-observador e o segundo momento, com um intervalo mínimo de 60 dias para verificarmos a fidelidade intra-observador. Para a análise da validade foi constituída uma comissão de peritos, com o propósito de se obter uma medida critério. A observação do vídeo por parte da amostra foi feita individualmente pelos árbitros, em ambiente fechado, através do software Match Vision Studio, em que se fez o registo da observação. Utilizámos o índice de Bellack, para aferir a fidelidade intra e inter-observador e a validade. Aceitando-se um resultado igual ou superior a 80% como garante da fidelidade (Aranha, 2007, Siedentop, 1983). Foi utilizado o Qui-Quadrado para verificar se havia diferenças significativas na validade entre árbitros nacionais e regionais e em função da posição de observação (árbitro ou juiz). Os valores da fidelidade intra-observador (78,7%) e inter-observador (77,2%) estão próximos, o que nos diz que a variabilidade encontrada entre os diversos árbitros não é superior às variações que ocorrem num mesmo árbitro em dois momentos distintos. A validade, é baixa (72,2%), parecendo-nos existir uma diferença de critérios de avaliação entre os peritos e os árbitros, o que se deverá conseguir melhorar com formação específica na melhoria da uniformização dos critérios de decisão. Não encontrámos diferenças significativas entre as duas categorias de árbitros, nacionais e regionais, quer para a fidelidade intra-observador quer para a fidelidade inter-observador. No que se refere à validade, encontrámos uma diferença significativa (3,4%, Sig 0,004) entre os árbitros nacionais e aos árbitros regionais, sendo esta mais alta para os primeiros. A diferença entre o árbitro e os juízes, é significativa quer para a fidelidade intra-observador (9,9 %, Sig 0,002), quer para a validade (9,8%, Sig 0,004), sendo mais alta para os juízes. Podemos concluir que a validade esteve sempre mais baixa do que a fidelidade intra-observador e a fidelidade inter-observador, o que denota uma divergência de critérios de avaliação entre os árbitros e os peritos. A falta de fidelidade intra-observador parece ser a principal condicionante para um melhor desempenho. |
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A investigação centrada nos árbitros tem sido pouca ou escassa, sendo praticamente inexistente na arbitragem de kumite em Karate. O presente estudo teve como objetivo, caracterizar o desempenho dos árbitros de Karate, na competição de kumite, quanto à sua validade, e ainda à fidelidade intra-observador e à fidelidade inter-observador. A presente investigação assentou na observação, por parte de árbitros de Karate da FPKS, de um combate de Karate com a duração de 2 minutos. Desse combate foi realizado um vídeo com a duração de 8 minutos que reproduzia o combate observado quer da posição do árbitro, quer da posição de cada um dos juízes. A recolha de dados foi efetuada em dois momentos, o primeiro com vista a analisar a validade e a fidelidade inter-observador e o segundo momento, com um intervalo mínimo de 60 dias para verificarmos a fidelidade intra-observador. Para a análise da validade foi constituída uma comissão de peritos, com o propósito de se obter uma medida critério. A observação do vídeo por parte da amostra foi feita individualmente pelos árbitros, em ambiente fechado, através do software Match Vision Studio, em que se fez o registo da observação. Utilizámos o índice de Bellack, para aferir a fidelidade intra e inter-observador e a validade. Aceitando-se um resultado igual ou superior a 80% como garante da fidelidade (Aranha, 2007, Siedentop, 1983). Foi utilizado o Qui-Quadrado para verificar se havia diferenças significativas na validade entre árbitros nacionais e regionais e em função da posição de observação (árbitro ou juiz). Os valores da fidelidade intra-observador (78,7%) e inter-observador (77,2%) estão próximos, o que nos diz que a variabilidade encontrada entre os diversos árbitros não é superior às variações que ocorrem num mesmo árbitro em dois momentos distintos. A validade, é baixa (72,2%), parecendo-nos existir uma diferença de critérios de avaliação entre os peritos e os árbitros, o que se deverá conseguir melhorar com formação específica na melhoria da uniformização dos critérios de decisão. Não encontrámos diferenças significativas entre as duas categorias de árbitros, nacionais e regionais, quer para a fidelidade intra-observador quer para a fidelidade inter-observador. No que se refere à validade, encontrámos uma diferença significativa (3,4%, Sig 0,004) entre os árbitros nacionais e aos árbitros regionais, sendo esta mais alta para os primeiros. A diferença entre o árbitro e os juízes, é significativa quer para a fidelidade intra-observador (9,9 %, Sig 0,002), quer para a validade (9,8%, Sig 0,004), sendo mais alta para os juízes. Podemos concluir que a validade esteve sempre mais baixa do que a fidelidade intra-observador e a fidelidade inter-observador, o que denota uma divergência de critérios de avaliação entre os árbitros e os peritos. A falta de fidelidade intra-observador parece ser a principal condicionante para um melhor desempenho. |
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