Hábitos orais das crianças dos 6 meses aos 6 anos da Póvoa de Lanhoso: trabalho de investigação
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Publication Date: | 2024 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10284/13367 |
Summary: | O objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos de sucção não nutritiva dos bebés/crianças do concelho da Póvoa de Lanhoso, visando identificar os fatores predisponentes, caracterizar a saúde oral, avaliar os conhecimentos dos responsáveis legais e identificar a tipologia da chupeta utilizada. Realizou-se um estudo descritivo observacional transversal, numa amostra de bebés/crianças entre os 6 meses e os 6 anos de idade que frequentavam as creches e os jardins de infância do concelho. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Universidade Fernando Pessoa (FCS/MMED–459/23, 22nov2023). Os dados foram recolhidos através da aplicação de um questionário aos responsáveis e do registo fotográfico das chupetas. A análise descritiva e inferencial foi realizada utilizando o software IBM© SPSS © Statistics vs. 29.0 (p<0,05) sendo as comparações efetuadas por testes não paramétricos. A amostra foi constituída por 388 responsáveis legais. A prevalência do uso da chupeta foi de 72,4% (IC95%: 67,7%-76,8%) e da sucção digital foi de 6,7% (IC95%: 4,4%-9,7%). O uso da chupeta ocorre, maioritariamente, para induzir o sono (84,3%), sendo que em 54,7% dos casos a chupeta não é removida após a criança adormecer. Também se verificou que a intensidade da sucção da chupeta varia de acordo com a idade, pois os bebés mais novos faziam uma sucção menos ruidosa (p<0,001) comparativamente com os mais velhos (p=0,024). A idade média do abandono deste hábito foi de 2,1 (DP: 0,8) anos. A maioria das crianças (61,1%), escovavam os dentes duas vezes ao dia e o número de vezes que ocorre tende a aumentar à medida que a criança cresce (p<0,001). Esta tarefa é maioritariamente realizada ou auxiliada por um adulto (65,7%). Quantificou-se que 47,2% ainda não tinham realizado a primeira consulta de Medicina Dentária e os que a fizeram não respeitaram a idade aconselhada (46,6%). A realização desta consulta na idade recomendada demonstrou um impacto positivo na frequência da escovagem dentária (p<0,001) e do fio dentário (p<0,001). A maioria dos responsáveis não conheciam os diferentes formatos de tetinas e escudos existentes (54,6%), observou-se uma relação entre o aconselhamento médico e o conhecimento dos responsáveis ao escolherem a chupeta (p=0,007). A tipologia de chupeta observada nesta amostra apresentou frequentemente as seguintes características: não serem de peça única (58,7%), tetina de silicone (87,3%) com formato aplanado (69,8%), escudo rígido (61,9%) e de plástico (58,7%), sendo a marca Chicco ® a predominante escolhida (41,3%). No presente estudo constatou-se uma elevada prevalência do uso da chupeta no concelho da Póvoa de Lanhoso, ao mesmo tempo que se evidenciaram lacunas nos conhecimentos sobre as atitudes relacionadas com este hábito, bem como, sobre os hábitos de higiene oral. A maioria das chupetas observadas neste estudo não estão de acordo com as recomendações das entidades de referência na área da pediatria. Torna-se evidente a necessidade da implementação de programas educacionais e campanhas de consciencialização sobre o uso da chupeta e sobre as práticas de higiene oral adequadas na comunidade estudada. |
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O objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos de sucção não nutritiva dos bebés/crianças do concelho da Póvoa de Lanhoso, visando identificar os fatores predisponentes, caracterizar a saúde oral, avaliar os conhecimentos dos responsáveis legais e identificar a tipologia da chupeta utilizada. Realizou-se um estudo descritivo observacional transversal, numa amostra de bebés/crianças entre os 6 meses e os 6 anos de idade que frequentavam as creches e os jardins de infância do concelho. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Universidade Fernando Pessoa (FCS/MMED–459/23, 22nov2023). Os dados foram recolhidos através da aplicação de um questionário aos responsáveis e do registo fotográfico das chupetas. A análise descritiva e inferencial foi realizada utilizando o software IBM© SPSS © Statistics vs. 29.0 (p<0,05) sendo as comparações efetuadas por testes não paramétricos. A amostra foi constituída por 388 responsáveis legais. A prevalência do uso da chupeta foi de 72,4% (IC95%: 67,7%-76,8%) e da sucção digital foi de 6,7% (IC95%: 4,4%-9,7%). O uso da chupeta ocorre, maioritariamente, para induzir o sono (84,3%), sendo que em 54,7% dos casos a chupeta não é removida após a criança adormecer. Também se verificou que a intensidade da sucção da chupeta varia de acordo com a idade, pois os bebés mais novos faziam uma sucção menos ruidosa (p<0,001) comparativamente com os mais velhos (p=0,024). A idade média do abandono deste hábito foi de 2,1 (DP: 0,8) anos. A maioria das crianças (61,1%), escovavam os dentes duas vezes ao dia e o número de vezes que ocorre tende a aumentar à medida que a criança cresce (p<0,001). Esta tarefa é maioritariamente realizada ou auxiliada por um adulto (65,7%). Quantificou-se que 47,2% ainda não tinham realizado a primeira consulta de Medicina Dentária e os que a fizeram não respeitaram a idade aconselhada (46,6%). A realização desta consulta na idade recomendada demonstrou um impacto positivo na frequência da escovagem dentária (p<0,001) e do fio dentário (p<0,001). A maioria dos responsáveis não conheciam os diferentes formatos de tetinas e escudos existentes (54,6%), observou-se uma relação entre o aconselhamento médico e o conhecimento dos responsáveis ao escolherem a chupeta (p=0,007). A tipologia de chupeta observada nesta amostra apresentou frequentemente as seguintes características: não serem de peça única (58,7%), tetina de silicone (87,3%) com formato aplanado (69,8%), escudo rígido (61,9%) e de plástico (58,7%), sendo a marca Chicco ® a predominante escolhida (41,3%). No presente estudo constatou-se uma elevada prevalência do uso da chupeta no concelho da Póvoa de Lanhoso, ao mesmo tempo que se evidenciaram lacunas nos conhecimentos sobre as atitudes relacionadas com este hábito, bem como, sobre os hábitos de higiene oral. A maioria das chupetas observadas neste estudo não estão de acordo com as recomendações das entidades de referência na área da pediatria. Torna-se evidente a necessidade da implementação de programas educacionais e campanhas de consciencialização sobre o uso da chupeta e sobre as práticas de higiene oral adequadas na comunidade estudada. |
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